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Desafios atuais da imagem profissional

em Artigos
terça-feira, 13 de setembro de 2016

Fernanda Mendonça (*)

“Vista-se de qualquer jeito, os outros lembrarão do vestido. Vista-se impecavelmente, eles lembrarão da mulher” – Coco Chanel.

Como você gostaria de ser percebido no ambiente profissional? Que competências você gostaria que fossem citadas quando seu líder falasse sobre você? Estas são questões centrais antes de começar a questionar o dresscode (código de vestimenta) de sua empresa, de sua área ou mesmo de sua profissão, caso atue de forma autônoma.

Você não vai querer gerar dissonância cognitiva, ou seja, frustrar a expectativa que o seu interlocutor – seja ele seu cliente, seu líder ou o mercado em geral – tem em relação a você e criar uma barreira na sua carreira já na primeira impressão, vai? – A informalidade está cada vez mais presente no ambiente corporativo. Relações mais próximas, comunicação mais aberta e frequente. Até mesmo empresas vistas como tradicionais, que foram consideradas formais no passado, têm quebrado barreiras neste sentido.

Hoje se fala muito mais em exercer influência e liderar pelo exemplo do que em poder da hierarquia e autoridade do crachá. As organizações precisaram mudar em um tempo no qual é preciso horizontalizar, fazer mais com menos e ganhar agilidade. Do ponto de vista de imagem, quem um dia imaginou ver bancos abolirem a exigência do terno e gravata do dresscode? E o debate sobre a liberação das bermudas no verão tomando conta das redes sociais?

E não era apenas para agências de publicidade e empresas pontocom! Sim, as mudanças no modelo organizacional chegaram e impactaram o comportamento e o modo de vestir, como consequência, também a forma de se comunicar e de como se portar. Isso não significa que de uma hora para outra será possível adotar chinelos e bermudas para trabalhar. Existem limites (ainda que subliminares) e você, com mais informação, poderá usá-los a seu favor.

Entender o contexto, o interlocutor e conhecer suas expectativas são fatores que ajudam no momento da escolha de elementos relacionados a imagem como roupas, cores, acessórios, corte de cabelo, etc. de maneira mais estratégica, gerando proximidade, empatia e aumentando, consequentemente, seu poder de influência.

Existem ainda símbolos associados à autoridade, como a simbologia do poder e credibilidade com o uso de terno e gravata em tons escuros, acessórios nobres, tecnologia de ponta, até mesmo o tom grisalho dos cabelos dos executivos, assim como existem símbolos associados à criatividade, espontaneidade, dinamismo e tantas outras competências. Gerenciar estrategicamente a imagem e construir uma boa reputação significa fazer escolhas conscientes destes elementos.

É possível ainda ir além. Pergunte-se: quais são os atributos da marca da sua empresa? Ela é mais ou menos formal? Como ela quer ser percebida pelos clientes? Respondendo à estas questões, eis os pontos em que o dresscode pode ajudar. Quando bem elaborada, a forma de se vestir poderá servir como um guia completo de imagem, com orientações específicas, alinhadas ao DNA da empresa e que não será resumida a uma lista de peças de roupas certas e erradas.

Por isso, vale estudar, compreender e questionar, visando saber o que exatamente a empresa espera de você como profissional e depois é seguir em frente com suas decisões, que poderão aumentar significativamente as chances de uma ascensão profissional. Seja criterioso! E se a sua empresa não tem dresscode você vai precisar encontrar o seu próprio caminho neste terreno de imagem profissional.

Vale começar observando a missão, valores e diferenciais competitivos da empresa em que atua, seu público-alvo, quem é o cliente e qual o nível de formalidade das relações com este público.

Analise também a alta liderança: como ela se comporta, se veste, se comunica? Com estas informações em mãos e com a pesquisa certa, todas as ferramentas estarão à disposição para alinhar sua imagem e diferenciais e ainda, estar em concordância com a imagem visual que a marca de sua empresa representa.

(*) – Consultora da Atitude Positiva, Coach e Especialista em Imagem e Personal Branding.