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Como a Advocacia Multitarefa deve atuar com as startups

em Artigos
quarta-feira, 04 de março de 2020

Paulo Akiyama (*)

Inicialmente, vamos definir rapidamente o que é uma Startup, palavra que está sendo utilizada com frequência no mundo empresarial.

Uma Startup é uma empresa formada por um grupo de pessoas a procura de um modelo de negócio. Trabalham em condições de incerteza, por tratar o projeto de ideias inovadoras e que não existem no mercado. Esses projetos buscam criar um negócio que quebra a barreira do tradicional visando a inovação disruptiva, termo muito usado que se resume às últimas tecnologias de forma a impactar o mercado, e transformar hábitos.

Advogar para uma startup significa ter um profissional do direito, com amplo conhecimento de gestão de negócios, de forma a poder se iterar dos objetivos deste segmento que atua o seu cliente. Precisa ter conhecimento geral do direito, ser ágil nas decisões, e propor soluções aos impasses que surgem no dia a dia.

Chamamos, portanto, de Advocacia Multitarefa, pois não há um ramo específico do direito para assistir uma Startup, mas sim, a capacidade de entender o projeto do seu cliente e assim criar soluções jurídica.
Quem advoga para uma Startup deve ter conhecimento profundo de contratos, tributação, propriedade intelectual, trabalhistas e demais áreas do direito.

Certamente este advogado deve trabalhar “pensando fora da caixa” oferecendo ao seu cliente soluções estratégicas que atendam a necessidade e não dependam de decisões judiciais ou uma decisão do legislativo.

Deve este advogado estar despido da formalidade, ser objetivo na sua comunicação, esquecendo o juridiquês, deve ter habilidade de priorizar necessidades, porque esta lidando com empresas promissoras, na sua maioria com recursos financeiros limitados e com um crescimento muito rápido, portanto, deve este profissional escalonar os gastos de seu cliente de acordo com a necessidade.

É preciso que tenha espírito de parceria e preparo para exercer a advocacia em um ambiente totalmente desafiador e dinâmico. Ninguém é capaz de saber tudo no direito, então este profissional, além de ser parceiro de seu cliente, deve ter parcerias formadas com outros escritórios, para gerir o atendimento.

Concluímos que o advogado que desejar trabalhar neste nicho de mercado deve estar preparado para enfrentar um ambiente totalmente desafiador e dinâmico, mas que lhe trará resultados e aprendizado.

(*) – Formado em economia e em direito, é palestrante, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados que atua com ênfase no direito empresarial e direito de família (www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br).