Umberto Tedeschi (*)
Dados divulgados pelo governo federal apontaram que, apenas nos quatro primeiros meses de 2021 foram abertas quase 1,4 milhão de empresas.
Um aumento de 17,3% em comparação com o mesmo período de 2020. Aos poucos a economia é retomada, tanto que apenas em junho o investimento das empresas em novos projetos, infraestrutura, compra de máquinas e ampliação de produção cresceu 17% em relação ao mesmo período do ano passado. Novos tempos pedem novas soluções e é de extrema importância ter uma empresa ajustada quando o assunto é controladoria.
O controller pode ser interno ou externo, mas sem dúvidas o melhor é optar pelo segundo perfil, já que um profissional terceirizado têm uma bagagem maior de experiência e geralmente conta com o apoio de um time externo. Isso sem dizer de contar com uma opinião isenta e um olhar ‘de fora’, facilitando a proposição de soluções inovadoras. A função de controladoria pode ser realizada em duas áreas da organização: fiscal/contábil e administrativa.
Na primeira opção o controller é responsável por todas as atividades relacionadas à área fiscal, incluindo a realização da contabilidade gerencial e de atividades financeiras dentro da empresa. Um controller financeiro geralmente se reporta ao CFO de uma empresa. As funções incluem também supervisionar os relatórios financeiros e executar as funções relacionadas ao controle da área trabalhista.
Sua atuação é semelhante a de um maestro, já que rege os times para que trabalhem juntos, em harmonia e buscando os mesmos objetivos. No ‘job description’ de um controller se incluem outras tarefas, entre elas a preparação de orçamentos e o gerenciamento de cronogramas importantes em toda a organização. Isso inclui a coleta, análise e consolidação de dados financeiros.
Embora o controller nem sempre tenha um budget próprio, sua posição monitora as variações, resume as tendências e investiga as deficiências orçamentárias, relatando as variações de orçamentos ou despesas para a gerência. Já na área administrativa o profissional não será responsável pelas áreas fiscais e financeiras, mas dará uma visão mais estratégica e plural do negócio como um todo. Ele entende e acompanha todos os trabalhos realizados dentro da organização.
Participa não só do planejamento de atividades, metas e planos, como também está próximo da sua execução, justamente para que não se perca a continuidade dos processos e passos de cada projeto. É uma ferramenta gerencial, já que potencializa os esforços dos times e possibilita que os colaboradores pensem em estratégias diferentes e inovadoras.
É seu trabalho zelar pelo bom andamento da empresa, gerenciando o relacionamento de todas as áreas, principalmente levando em conta o orçamento e os objetivos da organização. Esse profissional inclusive coleta os dados de cada setor (número de vendas, investimentos e custos) para o desenvolvimento do próximo planejamento orçamentário.
O controller administrativo também pode participar no recrutamento, seleção e treinamento de pessoal. O cargo exige avaliação dos resultados do trabalho, liderança dos colaboradores e execução de ações disciplinares, conforme necessário.
Deu para perceber a diferença entre o trabalho desses dois tipos de controller e o quanto esse tipo de profissional pode ajudar empresas dos mais diversos tipos e situações econômicas? Em organizações com dificuldades esse profissional terá um olhar inovador, ‘arrumando a casa’ e encontrando pontos de melhoria, enquanto em outras ele poderá ajudar a organizar e preparar a empresa para crescer e se tornar líder de mercado, por exemplo.
Pense neste assunto, é o futuro da sua organização que está em jogo!
(*) – É CEO da Abile Consulting Group, embaixador da Leader X, chairman of the board da Associação Brasileira de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (Abids) e membro fundador da Academia Européia da Alta Gestão.