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Governo quer atrair investidores para mercado de refino de petróleo

em Manchete
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Marcelo Sayão/Efe

Marcelo Sayão/Efe

Refinaria Abreu e Lima faz parte do complexo do Suape, em Pernambuco.

O governo federal vai criar regras com o objetivo de atrair investidores estrangeiros para o mercado de refino de petróleo – hoje controlado quase que exclusivamente pela Petrobras. A refinaria Abreu e Lima, que opera com metade da sua capacidade em Pernambuco, deve ser aberta a parcerias privadas. A reorganização do setor vai ser definida pelo programa Combustível Brasil, lançado ontem (20) pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, no Recife.
A ideia é que o mercado tenha um papel maior na regulação do setor, de acordo com o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix. Desde a Lei que quebrou o monopólio da Petrobras na área, já era permitida a entrada de estrangeiros no refino, mas 20 anos depois mais de 95% do setor ainda está nas mãos da estatal.
“Hoje a gente está em uma situação diferente, a Petrobras está procurando atingir metas de desalavancagem, ter uma saúde financeira mais adequada. Tem um déficit de refino que há muito tempo não acontece e esse déficit tem que ser suprido. A gente tem que ter regras claras, robustas, que deem conforto para os investidores. Seja estatal, privado, os investidores vão vir”, afirma Félix.
A refinaria Abreu e Lima é encarada pelo governo como um dos principais potenciais de crescimento do refino nessa remodelagem. Hoje ela opera com parte de sua capacidade, já que as obras foram paralisadas. Segundo o ministro, 40% do óleo diesel S10 consumido no país é produzido no local. Atualmente ela é 100% estatal, pertencente à Petrobras.
O governo aposta alto na refinaria nessa remodelagem, segundo o secretário Márcio Félix. “Dentro do país, o local que tem maior perspectiva de curto prazo é Pernambuco. Com a conclusão do segundo módulo, que já está mais de 80% pronto, essa refinaria pode se tornar talvez até a maior do país. Mas esse ativo é da Petrobras. E com o arcabouço regulatório a empresa pode definir nos próximos meses como será feito” (ABr).