Ricardo Althoff (*)
A última pesquisa realizada pela GEM, Global Entrepreneurship Monitor, realizada em 2015 e patrocinada pelo Sebrae, apontou que cerca de quatro entre 10 adultos brasileiro já possuem um negócio próprio ou estão iniciando um.
A taxa de empreendedorismo só cresce, e dobrou para 39,3% atingindo seu maior índice em 14 anos. Empreender é o espírito de nossa época. Nesse cenário uma das oportunidades de maior potencial é justamente um mercado pouco explorado, o da educação. Essa é uma área promissora, principalmente por não ser tão explorada e possuir uma perspectiva de mudança a seu redor.
Devido às diversas alterações e recentes turbulências que o setor educacional vem sofrendo, vivemos uma época em que novos caminhos se abrem. É época de abandonar o antigo mindset do mercado, que era se limitar a lecionar, dirigir, coordenar, etc., e abraçar a ideia de que vivemos a oportunidade de crescimento profissional que se estende além da sala de aula. Esse pensamento talvez não seja tão comum entre profissionais da educação.
Alguns podem afirmar que isso se deve a falta de meios de investir em algo tão grande e complexo quanto abrir uma escola. Outros que a formação profissional de educação nem sempre passa perto do empreendedorismo. Bom ambos estão errados. Cada vez mais se observa cursos de pós graduação focados em negócios e gestão, sem contar na inclusão de empreendedorismo nas grades de pedagogos e linguistas.
No que tange ao investimento alto, muito mudou graças às mudanças trazidas pela internet. Há alguns anos, a Sistema Firjan organizou um estudo em todo o país cujo objetivo era prever as perspectivas do uso da tecnologia nas salas de aula nos próximos cinco anos. O trabalho intitulado “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report” foi realizada em 2012, com previsão até 2017.
Os resultados não podiam ser mais promissores e adequados ao novo contexto de empreendedorismo. Não só o uso da internet como ferramenta de ensino se ampliou, como o mercado cresceu em possibilidades graças a isso. A forma de aprender está ligada ao digital, à interdisciplinaridade, à interação. Muitos cursos já ao menos mesclam práticas EAD – isso quando não são completamente realizados de forma digital.
Ensinar a distância, seja curso, aula comum, complementar, reforço, todas essas possibilidades não são só dos alunos para que tenham facilidade e conforto, é do empreendedor de abrir um leque de negócios diferente. As plataformas de ensino e reforço online são, sem dúvida, uma alternativa para educadores que queiram ampliar sua renda, iniciando sua própria escola na web.
A ideia é trocar o ensino puro, pela administração de plataformas que já contam com apoio educacional competente e que possam ser garantidas pelo administrador, dado seu know how. Isso permite o educador lucrar em uma área que lhe é familiar, sem precisar atuar como professor, tendo uma forma paralela de renda, totalmente desvinculada de uma marca ou instituição. Uma marca própria.
A área tem crescido para vários lados, basta aproveitar o tempo de mudança e novos começos e abraçar a possibilidade.
(*) – É CEO da Seu Professor Empreendedor & Negócios (www.seuprofessor.com.br).