151 views 3 mins

Governo Temer não é “ação entre amigos”, diz líder do DEM

em Manchete
quinta-feira, 09 de junho de 2016

Antonio Cruz/ABr

Líder do DEM, Pauderney Avelino, defende a cassação de Cunha.

Depois de deixar a reunião com o presidente interino Michel Temer, no Palácio do Planalto, o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse estar confiante de que o governo não está interferindo nas atividades legislativas em troca de um abrandamento da pena atribuída ao presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha. O futuro do peemedebista deve ser definido na próxima terça-feira (14) pelo Conselho de Ética, que há oito meses julga o pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar.
“Tenho a certeza de que não há interferência. O governo dele não é ação entre amigos. Ele é presidente da República e está no propósito de trazer normalidade política e crescimento para o país”, disse Avelino, já de volta à Câmara. O deputado tem sido um dos defensores mais aguerridos da cassação de Cunha. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o democrata é um dos principais críticos da consulta sobre o rito de cassação de parlamentares na Câmara que resultou em um parecer elaborado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) que pode amenizar a situação de Cunha.
Em função deste relatório, a CCJ agora é tida como novo alvo de manobras de aliados de Cunha por seus adversários, para quem o presidente afastado estaria comandando as trocas recentes na composição do colegiado. Em sua página no Twitter, Eduardo Cunha reagiu a reportagens sobre uma possível negociação com o Planalto sobre sua situação. “Quero desmentir com veêmencia informação divulgada pela Globonews de que alguém do governo tenha me procurado para tratar de qualquer coisa”, destacou.
Além de Pauderney Avelino, participaram da reunião de hoje os líderes Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Paulo Foletto (PSB-ES), e Arnaldo Jordy (PPS-PA). Imbassahy disse que o processo contra Cunha e sua condição de deputado afastado inclusive da presidência da Casa pelo STF são uma questão de “economia interna” e que Temer está ocupado com a condução das atividades do Executivo. “A despeito dessa confusão na Casa, estamos conseguindo votar matérias importantes”, afirmou (ABr).