Indicado para assumir o Ministério da Justiça, o procurador de Justiça do Ministério Público, Wellington César Lima e Silva, disse ontem (1º) que não há “indicativo” de alteração no comando da Polícia Federal a curto prazo.
Segundo ele, a PF continuará trabalhando da mesma forma como hoje, e ao Ministério da Justiça caberá “acompanhar e supervisionar o natural andamento”.
“Tive uma reunião preliminar com ministro José Eduardo Cardozo e com o diretor-geral [da Polícia Federal] Leandro Daiello. Tive a melhor das impressões, e a única palavra é tranquilidade, normalidade, e seguirmos nosso caminho. As instituições no Brasil estão maduras ao ponto de não sofrerem variações com mudanças dos atores. A Polícia Federal continuará com seu trabalho como vem desenvolvendo até hoje”, disse Wellington.
Ao conversar com jornalistas, quando saía do Ministério da Justiça, Wellington Silva evitou responder diretamente se houve pressão para que Cardozo deixasse o cargo, e disse ver com naturalidade as críticas de entidades de classe, como delegados da polícia à sua indicação.
“Houve entidades favoráveis, outras que revelaram natural preocupação. Acho que a preocupação é compreensível, e verão, em pouco tempo, que é injustificável”, afirmou.
De acordo com Cardozo, a escolha de Wellington não foi uma forma de proteger o PT das investigações feitas pela PF no âmbito da Operação Lava Jato. “Além disso, a orientação da presidenta Dilma é clara. Sempre foi e continuará sendo: cabe o cumprimento da Constituição e da lei. O novo ministro se encaixa perfeitamente nesse perfil, é uma pessoa que eu tenho respeito e uma admiração profunda, portanto, são críticas infundadas”, avaliou (ABr).