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Economia 25/02/2016

em Economia
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Porto de Santos terá investimentos privados de R$ 308 milhões

Barbalho: a crise econômica é algo distante dos portos brasileiros.

O ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, assinou um termo aditivo ao contrato com a empresa Rumo Logística, que atua no porto de Santos, que permitirá investimento de R$ 308 milhões, por parte da empresa, até 2018

O acordo é a renovação antecipada de contrato, que terminaria dia 6 de março. “Havia o risco de paralisar a operação de grãos. Festejamos mais esse investimento, que se soma à efetivação das ações planejadas dos terminais privados”, declarou o ministro.
Com a expansão das operações da companhia, a armazenagem de açúcar e outros produtos de origem vegetal cresce de 10 milhões de toneladas para 14,67 milhões. A capacidade aumenta a recepção de mercadorias de 17,68 milhões de toneladas para 29,7 milhões. A capacidade de embarque também cresce: 24%. Segundo Barbalho, a estimativa é de um crescimento de todo o setor portuário brasileiro de 103% entre 2015 e 2042.
O período leva em conta os processos de concessão e o tempo de renovação dos arrendamentos, que é de 25 anos. A projeção de investimentos é de R$ 51,28 bilhões, entre portos públicos e privados.
O ministro avalia que a crise econômica é algo distante dos portos brasileiros. “A palavra crise é proibida no setor”, declarou. ‘O setor acumula um crescimento nos últimos anos que ultrapassa 70% de 2003 até 2015”, acrescentou (ABr).

Brasileiros estimam inflação de 11,4%

Pesquisa revela que consumidor gastará mais para fazer compras.

Os consumidores brasileiros estimam uma inflação acumulada de 11,4% para os próximos 12 meses. O dado é do Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, de fevereiro deste ano, divulgado ontem (24) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A expectativa dos consumidores é 0,1% acima da estimativa em janeiro (11,3%). Essa é a taxa mais alta do indicador desde o início da série histórica, em setembro de 2005, de acordo com a FGV.
O indicador é calculado com base em entrevistas com consumidores que respondem: “Na sua opinião, de quanto será a inflação brasileira nos próximos 12 meses?”. A resposta é livre. A FGV informa, ainda, que o indicador se estabilizou no patamar de 11% e reflete o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que acumula alta de preços de 10,71% (segundo a medição de janeiro deste ano) (ABr).

Rebaixamento pouco afeta o crédito

O rebaixamento do Brasil a grau especulativo pela agência de classificação de risco Moody’s “altera pouco a situação do crédito” no país, segundo avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. O rebaixamento já era esperado pelo mercado financeiro. Entre as três maiores agências de classificação de risco, a Moody’s era a única que ainda não tinha tirado o grau de investimento, que estava em Baa3.
Para Maciel, o impacto no crédito oferecido pelos bancos é “indireto e difuso”. “Tende a ser marginal tendo em visto que impactos dessa natureza já foram absorvidos por reclassificações anteriores [pelas agências Standard&Poors e Fitch]. Não é isso que vai alterar o mercado de crédito no Brasil”, enfatizou. Maciel também argumentou que a fonte de recursos para o crédito oferecido pelos bancos no Brasil é doméstica e não externo (ABr).