Presidenta Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas do Palácio do Planalto. |
A presidente Dilma Rousseff disse, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que a situação da Previdência é o assunto que mais preocupa o governo neste momento. Ela destacou que a reforma da Previdência deve ser estudada de forma técnica e política. Segundo ela, há duas alternativas para lidar com o déficit da Previdência: o aumento da idade mínima para aposentadoria e a continuidade da fórmula 85/95.
Dilma disse que pretende promover em curto prazo o leilão dos blocos do pré-sal. Em princípio o pré-sal continua “extremamente vantajoso e viável” para o Brasil. “Obviamente, se o preço continuar caindo, todo mundo vai rever o que fará”, acrescentou. Sobre o desemprego, a presidente disse que o esforço do governo federal visa impedir o aumento nos índices. “A grande preocupação do governo é o desemprego. É o que nós olhamos todos os dias, é aquilo que requer atenção do governo”.
Com relação a Operação Lava Jato, Dilma fez uma crítica aos vazamentos das investigações. Disse que as últimas denúncias que têm sido divulgadas na imprensa sobre pedidos de doações a campanhas eleitorais para o PT “são repetições”, afirmou.
Na sua avaliação, os vazamentos de quebra de sigilo telefônico que envolvem ministros do seu governo, como Jaques Wagner, bem como as delações premiadas, precisam ficar mais claras. “A gente não sabe quem diz, quem falou e se é garantido. Para nós, a pergunta nunca vem muito clara. Quem diz, é verdade que diz. Quem garante que diz? E disse aquilo mesmo? Em que contexto?”.
Com relação a Petrobras, a empresa “tem se adaptado” às dificuldades econômicas enfrentadas e não descarta a adoção de uma política por parte do governo para salvá-la. Perguntada se a União poderia ajudar a estatal a se capitalizar, Dilma não respondeu de forma direta, mas disse que o governo vai continuar analisando os desdobramentos da queda no preço do petróleo para decidir o que fará (ABr).