O uso da Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade em diversas áreas de atuação e no cibercrime não é diferente. Afinal, através dela é possível analisar grandes volumes de dados, identificar vulnerabilidades e lançar ataques de maneira autônoma e em tempo real.
Segundo um relatório da Norton Cyber Safety Insights, houve um aumento de 32% nos ataques cibernéticos baseados em IA entre 2021 e 2023, e essa tendência preocupa especialistas, pois dificulta significativamente a detecção e a prevenção de ameaças. Isso porque, um estudo da Cybersecurity Ventures aponta que 90% das violações de dados em 2022 tiveram como ponto de entrada ataques de engenharia social, muitos deles potencializados pela Inteligência Artificial.
“A inteligência artificial tem sido uma grande aliada no desenvolvimento de software e outras soluções tecnológicas. No entanto, essa mesma capacidade tem sido aproveitada por hackers, permitindo o desenvolvimento de malwares mais sofisticados, sistemas de phishing aprimorados e a repetição automatizada de ataques.
O conceito de aprendizado profundo, em especial, facilita a evolução desses ataques, proporcionando agilidade no desenvolvimento de novas ameaças e ataques mais elaborados”, destaca Erik de Lopes Morais, COO da Penso Tecnologia, empresa especializada em soluções de TI.
Em contrapartida, ao mesmo tempo que os avanços tecnológicos oferecem ferramentas poderosas para defesa, também criam oportunidades sem precedentes para os cibercriminosos. “Falando agora sobre o uso da IA como defesa ou segurança ofensiva, assim como os hackers utilizam para desenvolver seus softwares e aprimorar suas práticas, nós também temos a capacidade de usá-la para defesa.
Hoje em dia, existem vários sistemas de detecção de comportamentos, conhecidos como SIEM, XDR, EDR, entre outros termos que definem esse tipo de produto de defesas”, aponta o COO da Penso Tecnologia.
Além disso, a inteligência artificial está transformando rapidamente diversos setores, potencializando tanto oportunidades quanto desafios. No entanto, essa mesma velocidade e eficiência que tornam a IA tão promissora também trazem preocupações, especialmente no que se refere ao aumento da complexidade dos crimes cibernéticos.
“A IA tem uma enorme capacidade de acelerar a evolução do cenário atual de forma muito rápida. É importante lembrar que a tecnologia, especialmente a TI, já apresentou um crescimento exponencial, ou seja, houve uma progressão contínua de evolução, com inovações se dobrando a cada ano.
Agora, com a IA, esse processo será um acelerador sem precedentes, pois as máquinas operam 24 horas por dia, com uma capacidade de desenvolvimento constante.
As IAs, de modo geral, conseguem realizar ações repetitivas com uma velocidade muito maior do que a humana. Por isso, acredito que veremos um salto tanto positivo quanto negativo. Não podemos esquecer que, ao falar sobre a evolução da cibersegurança, também estamos abordando os avanços no crime cibernético.” finaliza Erik. – Fonte e mais informações: (https://www.penso.com.br/).