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Como combater o vício de seus colaboradores em “bets

em Manchete Principal
domingo, 06 de outubro de 2024

Com o crescimento exponencial dos jogos de apostas online no Brasil, o vício em “bets” tem se tornado uma preocupação social significativa, afetando tanto a saúde mental quanto a estabilidade financeira de muitas pessoas.

Dados recentes mostram que somente neste ano de 2024, os brasileiros chegaram a gastar entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões em apostas online, causando um super endividamento de famílias e perdas irreparáveis quando se olha para a saúde mental e financeira das pessoas que se viciaram nessa modalidade de jogos.

Diante desse cenário, as empresas desempenham um papel crucial não só no bem-estar econômico de seus funcionários, mas também na sua saúde física e mental. Esse papel se torna ainda mais relevante quando olhado sob a perspectiva do Capitalismo Consciente, que defende uma atuação mais ética e responsável das empresas na sociedade.

Proteger e educar seus colaboradores contra os perigos dos jogos de apostas é um reflexo dessa filosofia empresarial. De acordo com Hugo Bethlem, chairman do Capitalismo Consciente Brasil, a educação preventiva é uma das primeiras medidas que as empresas podem adotar.

“Oferecer programas de conscientização sobre os riscos associados ao vício em apostas, assim como sinais de alerta, pode ajudar a prevenir que os colaboradores caiam nesse ciclo. Workshops, palestras e campanhas internas podem ser eficazes para disseminar o conhecimento sobre os danos financeiros e psicológicos que as apostas descontroladas podem causar.

Dados alarmantes mostram que mais de 70% dos apostadores são de baixa renda e que ainda estamos vendo um desvio de finalidade do Bolsa Família, saindo da mesa para o jogo, mais de R$ 3 bi no mês de agosto, conforme notícias veiculadas essa semana”, conta Bethlem, ao afirmar que a transparência sobre esse tema cria um ambiente mais seguro e empático, onde os funcionários se sentem apoiados a buscar ajuda caso necessário.

Além da educação, as empresas têm como alternativa fornecer apoio psicológico e financeiro aos seus colaboradores. Programas de assistência ao funcionário (EAPs) podem incluir aconselhamento financeiro e terapias para aqueles que lutam contra o vício em jogos.

“O acesso a psicólogos e terapeutas pode ser um recurso valioso, proporcionando um espaço seguro para que os colaboradores discutam seus problemas de maneira confidencial. Essa abordagem preventiva e de suporte é um reflexo direto dos valores do Capitalismo Consciente, no qual o bem-estar dos funcionários é visto como um ativo estratégico, e não como um custo adicional”, complementa Bethlem.

O ambiente de trabalho também pode ser um fator importante na proteção contra o vício em apostas. Empresas conscientes podem criar políticas internas que desencorajam o uso de plataformas de apostas em qualquer horário, não é um problema apenas do trabalho, mas da vida.

As empresas podem promover atividades que reforcem valores positivos, como a prática de esportes, o desenvolvimento pessoal e o lazer saudável, sem apostas financeiras. Isso contribui para conscientizar, evitando desviar a atenção para práticas potencialmente prejudiciais e reforça as práticas do bem-estar dentro da organização, alinhada com os princípios de uma cultura consciente.

Por fim, o papel das empresas vai além da proteção individual dos colaboradores, abrangendo sua responsabilidade social como agentes de transformação. Empresas alinhadas ao Capitalismo Consciente devem atuar como influenciadoras no combate aos males causados pelo vício em apostas, promovendo uma cultura de conscientização não apenas internamente, mas também externamente, por meio de suas redes e comunidades.

Ao tomar ações que beneficiem seus colaboradores e a sociedade como um todo, as empresas não apenas protegem seus recursos humanos, mas também se posicionam como agentes ativos na construção de uma sociedade mais ética e equilibrada.

Apoiamos as iniciativas das entidades de classe e empresas que já estão engajadas no combate à disseminação, impondo limites na propaganda e nos meios financeiros para apostar, como cartões de crédito para pagar apostas. Cabe ao legislativo impor essas regras, mesmo sabendo que há tantos interesses por trás.

“O alinhamento das empresas ao Capitalismo Consciente exige uma postura ativa e preventiva frente ao vício em apostas online, por meio de educação, suporte emocional, criação de ambientes de trabalho saudáveis e um compromisso com a responsabilidade social. Esse modelo de gestão promove um impacto positivo tanto dentro quanto fora das organizações, mostrando que o lucro e o bem-estar social podem caminhar juntos”, finaliza Bethlem.

Fonte e mais informações: (https://ccbrasil.cc/).