Por Lucia Camargo Nunes*
O que já sabemos sobre o novo SUV Fastback
Com estreia esperada para outubro, a Fiat divulga em doses homeopáticas informações sobre seu novo SUV Fastback, com fabricação em Betim (MG).
Trata-se de um SUV-cupê, de rabeira alongada, que usa a mesma do Pulse. Possui capô alto e traseira levemente levantada próxima ao porta-malas, além das lanternas e faróis que invadem as laterais.
Os prováveis conjuntos mecânicos são os turboflex 1.0 de 130 cv com câmbio CVT e 1.3 de 185 cv acoplado à transmissão automática de 6 marchas.
Por dentro, o painel contará com duas telas – uma de instrumentos e outra do multimídia – com conexão sem fio de smartphones. A segurança virá reforçada, com assistências semiautônomas, como piloto automático adaptativo e frenagem automática de emergência, entre outros.
O Fastback será posicionado acima do Pulse, com equipamentos que o vão diferenciar do irmão menor. Se o formato indicava que poderia ser um concorrente do Nivus, agora é quase certo que o novo SUV será páreo para Hyundai Creta, Volkswagen T-Cross e até o novo Honda HR-V e seu “primo” Jeep Compass (Jeep e Fiat fazem parte do mesmo grupo Stellantis).
Novo momento da Honda com o HR-V 2023
Após mudar todo seu portfólio em meses e manter apenas os novos City Hatchback e City (sedã) no showroom, a Honda reinicia seu novo momento no Brasil com a chegada da segunda geração do HR-V em duas fases.
O SUV, produzido em Itirapina (SP), foi redesenhado e ganhou novos motores, além de ter os conteúdos atualizados.
A grade com filetes horizontais diferencia as versões aspiradas das turbo (que têm grade em forma de colmeia). Parece maior, mas os centímetros que cresceu vêm de elementos do design. Por dentro, o espaço é o mesmo, a não ser o do porta-malas, que perdeu 83 litros e passa a oferecer apenas 354 litros.
Agora, em agosto, chegam às lojas as versões equipadas com o motor aspirado 1.5 flex de 126 cv (o mesmo do City), com ajustes para otimizar aceleração no SUV. O câmbio é CVT. A escolha ao trocar o antigo 1.8 de 140 cv tem mais a ver com atender às novas leis de emissões e melhorar sua eficiência do que priorizar desempenho. Com gasolina, na cidade, faz 12,7 km/l. Na estrada, 13,9 km/l.
Para quem quiser pisar mais fundo, haverá as versões turbo. Em outubro, as lojas recebem duas configurações com motor turboflex 1.5 de 177 cv, também com câmbio CVT. O consumo deste já sobe um pouco: 11,3 e 12,6 km/l (com gasolina, cidade/estrada), mas ainda assim parece ser divertido de acelerar.
As versões aspiradas do HR-V custam R$ 142.500 (EX) e R$ 149.900 (EXL). Já as turbo terão preços de R$ 176.800 (Advance) e R$ 184.500 (Touring). Os preços são baseados em Brasília, e podem variar conforme o ICMS do Estado. Importante sublinhar que a Honda equipa todas as versões com o pacote Sensing de segurança, um diferencial e tanto.
Uma picape de meio milhão de reais
A Jeep lança no Brasil a nova picape Gladiator Rubicon. Não, ela não vem para competir no mundo das picapes tradicionais, queridinhas do mundo agro. A começar pelo preço, a proposta é ser um veículo de nicho e status e não de volume. Em versão única custa R$ 515.913 (o preço pode variar conforme o ICMS de cada Estado).
Baseada no jipe Wrangler e importada dos EUA, ela tem uma conotação de aventura, de chegar onde nunca outro veículo conseguiu ir. Sob o capô, o motor V6 de 3,6 litros entrega 284 cv e 35,4 kgfm de toque acoplado ao câmbio automático de 8 marchas.
Por transportar menos de 1 tonelada ficou impedida, pela legislação, de vir com motor diesel. A caçamba é pequena, acomoda 1 mil litros ou 674 kg de carga. O que conta na picape Jeep é sua capacidade de reboque: 3.138 kg.
Teto, portas e para-brisa podem ser removidos, mas rodar sem essas duas últimas não é permitido no Brasil. A Jeep oferece como acessório portas tubulares.
O multimídia é de 8,4” com sistema de áudio premium. Algumas sacadas são boas: sob os bancos há porta-objetos com chaves e um sistema de escoamento de água para lavagem. A caçamba conta com 4 ganchos e uma útil tomada de 220 volts. A porta da caçamba pode ser colocada em três posições: fechada, parcialmente aberta e totalmente aberta.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br. E-mail: [email protected]