Não aguenta? Bebe leite. Digo, Latte Macchiato.

em #tenhacicatrizes, Empreendedores Compulsivos
quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Alessandro Saade


O mercado continua em ebulição!

O mercado que surge pós pandemia é pujante e dinâmico. Não tem receita de bolo e demanda rápida reação aos movimentos dos consumidores e concorrentes. Isso faz o mercado produzir resultados bem interessantes. Boralá?

E a Starbucks assumiu o controle da operação da rede Subway no Brasil.

Apesar da brincadeira no título, o mercado de franquias de alimentação no Brasil é coisa muito séria.

Dados de 2020 apontam que a rede Starbucks fatura R$ 250 milhões por ano no Brasil, por meio de uma rede de mais de 100 lojas, localizadas em 17 cidades.

Já a Subway, no mesmo ano de 2020, contabilizou o fechamento de 133 lojas nos doze meses anteriores, previu a abertura de 30 lojas em novas localidades e deu mais atenção ao delivery que já havia crescido no ano anterior.

O movimento das duas redes era bem distinto imediatamente antes do início da pandemia. E o resultado se consolida com o movimento de aquisição de uma rede pela outra.

As estratégias são completamente diferentes, desde portfolio, passando pelo posicionamento da marca preço e sua respectiva segmentação de público e experiência ou jornada dos seus clientes.

Se é difícil para os grandes, imagine para os pequenos. Com menos recursos e menos acesso a estratégias e capacitação, tocar um negócio PME não é tarefa simples.

Olhando para este mercado, o WhatsApp lançou um pacote destinado às PMEs para aumentarem suas vendas pelo aplicativo. O objetivo é permitir que um único número de celular cadastrado possa ser usado por mais de um aparelho na interação com clientes. Um grande ganho para melhorar o atendimento remoto, garantindo uma melhor experiência dos consumidores.

Nada de extraordinário, afinal, quem não dá atenção a um mercado 175 milhões de pessoas no mundo, que trocam mensagens diariamente com uma conta WhatsApp Business. Mais de 1 bilhão de pessoas conectadas toda semana, e mais de 40 milhões de pessoas acessam catálogos virtuais de empresas, todos os meses. E o Brasil representa 25% disso tudo!

Ainda falando de franquia …

PremiaPão é uma microfraquia, fundada em 2015, que tem como negócio a oferta de publicidade nos saquinhos de pão das padarias. O grande diferencial da rede é que todo saquinho da PremiaPão vem com prêmios. Hoje a rede tem 100 franqueados e em 2021 chegou ao faturamento de R$ 7 milhões, mas os planos são bem arrojados: terminar 2023 com 500 unidades e atingir R$ 9 milhões.

E a ação já começou, com o desenvolvimento de um aplicativo para interagir com os anúncios em realidade aumentada e estratégias de captação de franqueados baseadas no porte de cidades. Na capital paulista não deu muito certo. Mas entende que a segmentação por porte de cidades foi uma escolha acertada.

Ainda falando em franquias, a Zee.Dog, anunciou a entrada oficial segmento de franchising. A marca oferece produtos para animais de estimação e seus humanos, e lançou um modelo de franquias com valores a partir de R$ 350 mil, com lojas de 40 a 100 metros quadrados.

A ideia é sair do virtual, onde os consumidores já estão habituados a comprar produtos da Zee.Dog online, e trazê-los para o varejo físico. Também abrirão um super espaço em São Paulo, com quatro andares e 750 metros quadrados, integrando diferentes espaços para compradores e seus animais de estimação, servindo como ponto de encontro e até mesmo coworking. Será que vai dar certo?

Não é franquia, mas vai movimentar o mercado

Apesar de não ser franquia, está competindo na mesma arena e sob as mesmas influências. É imperativo destacar a fusão entre a BR Malls e a Aliansce, criando um grupo gigante, composto de 69 shoppings centers e quase 40 bilhões de reais em vendas.

O movimento é reflexo da mudança do comportamento do consumidor, que caminhou para as compras online e mais ainda, pós dois anos de pandemia e reclusão. Se antes viver da locação dos espaços era difícil, entendo que agora seja impossível. Será necessário gerar novas experiências nos shoppings, gerando receita com o fluxo de clientes, entretenimento e conveniência, alimentação e espaço de coleta de compras online.

É sentar, pegar a pipoca e assistir. Vai ser bonito de acompanhar.

Alessandro Saade – Fundador dos Empreendedores Compulsivos, é também executivo, autor, professor, palestrante e mentor.  Possui mais de 30 anos de experiência atuando com grandes empresas e startups brasileiras, tornando-se referência no universo do empreendedorismo no Brasil. Formado em Administração pela UVV-ES, com MBA em Marketing pela ESPM e mestrado em Comunicação e Mercados pela Cásper Líbero, especializou-se em Empreendedorismo pela Babson College e em Inovação por Berkeley. Atualmente é Superintendente Executivo do ESPRO, instituição sem fins lucrativos que há 40 anos oferece aos jovens brasileiros a formação para inserção no Mundo do Trabalho.