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Segue o inferno astral de Zuckerberg

em Tecnologia
quarta-feira, 25 de maio de 2022

A Cambridge Analytica foi uma empresa que aplicava mineração e análise de dados para obter informações a serem utilizadas em campanhas eleitorais.

Vivaldo José Breternitz (*)

Ela esteve no centro de um grande escândalo quando teria usado dados obtidos de forma ilegal para influenciar eleitores nas eleições presidenciais americanas de 2016, das quais saiu vencedor Donald Trump.

Boa parte desses dados teria vindo de perfis mantidos por usuários do Facebook, que desde 2018 vem respondendo a uma ação judicial em que é acusado de ter permitido que a Cambridge tivesse acesso aos dados de mais de 70 milhões de americanos.

Agora, quem está na mira de Karl Racine, procurador-geral do Distrito de Columbia, como pessoa física, é Mark Zuckerberg, o chefão da Meta, a controladora do Facebook. Racine acusa Zuckerberg de ter tido participação direta na tomada de decisões que levaram ao vazamento dos dados, violando o CPPA – Consumer Protection Procedures Act.

De acordo com o CPPA, que visa proibir práticas comerciais desleais e enganosas, os indivíduos são responsáveis ​​pelas ações de uma empresa que eles controlam e nesses termos pretende que o CEO da Meta seja submetido a julgamento, podendo ser condenado ao pagamento de indenizações e outras penalidades.

Racine diz esperar que esse processo sirva como alerta, deixando claro que os líderes corporativos serão responsabilizados por suas ações.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT.