O governo pode estudar a criação de um subsídio direto ao diesel caso a guerra entre Rússia e Ucrânia se prolongue, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. Acompanhado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Guedes disse que o corte de impostos aprovado pelo Senado ajudará a segurar o impacto da guerra neste momento.
“Vamos nos mover de acordo com a situação. Se isso [a guerra entre Rússia e Ucrânia] se resolver em 30 ou 60 dias, a crise estará mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita e vira uma escalada. Aí sim, você começa a pensar em subsídio para o diesel”, disse Guedes. Na sua avaliação, a aprovação do projeto de lei complementar que corta tributos sobre os combustíveis é suficiente para amenizar o impacto do conflito sobre as bombas.
“Por enquanto, a ideia é o seguinte. O primeiro choque foi absorvido. Agora vamos observar e nos mover de acordo com a situação”, comentou. Tanto Guedes como Albuquerque negaram qualquer intenção de mudar a política de preços da Petrobras, apesar do aumento de preços anunciado. “O reajuste que houve na Petrobras é um procedimento da própria empresa. Desde a lei do Petróleo, o mercado é livre. Foi o que aconteceu hoje”, justificou o ministro de Minas e Energia.
O Senado aprovou projeto que zera, até o fim do ano, o PIS e a Cofins sobre o diesel, o gás de cozinha e o querosene de aviação. O texto também muda a forma de cobrança do ICMS sobre gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação. Os senadores também aprovaram projeto que cria um fundo para compensar altas extremas dos preços dos combustíveis, formado por dividendos da Petrobras à União, excesso de arrecadação e outros ativos financeiros do governo. Guedes disse que a utilização desse mecanismo, por enquanto, não está nos planos do governo (ABr).