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Felicidade corporativa: a importância dos CHOs nas companhias

em Mais
sexta-feira, 04 de fevereiro de 2022

A crise sanitária da Covid-19 redefiniu os conceitos de cuidados com os funcionários para as empresas, reforçando que as pessoas devem ser a prioridade das organizações. Com isso, passaram a investir nos Diretores de Felicidade com o objetivo de promover o bem-estar da equipe e do ambiente, bem como desenvolver o colaborador, oferecendo liberdade alinhados aos valores da instituição.

O que lá no começo do período da escravidão era chamado de Relações Industriais foi se atualizando para incluir, cada vez mais, benefícios ao trabalhador. Passou a ser conhecido como Departamento Pessoal, Departamento de Recursos Humanos, e agora as companhias começaram a enxergar que a cultura e o cuidado com o funcionário são essenciais.

Com isso, a chegada da figura do CHO (Chief Happiness Officer) – ou Diretor de Felicidade, na tradução literal – vem para agregar ao âmbito corporativo. O conceito foi criado em 2003, pela Woohoo Partnership, instituição dinamarquesa, que desenvolveu um sistema de satisfação do trabalhador, o que deu origem ao termo.
Com isso, empresas focadas em seus funcionários resolveram investir nesse cargo para intensificar seus propósitos.

Exemplo disso é a Ativy, um ecossistema de soluções e transformação digital para corporações da América Latina, que percebeu a importância do departamento para seu propósito de humanizar empresas para empoderar pessoas e elencou a Danielli Ramos como sua CHO. “Costumo dizer que pessoas não são ativos de uma empresa, mas sim a essência da companhia. Para estar realizado no trabalho é preciso ter reconhecimento e valorização.

Para nós, a empresa não é somente os computadores, o escritório bem localizado, uma marca reconhecida, porque nada disso importa se não tivermos pessoas. São elas que dão vida aos negócios. Tem que haver comprometimento e empatia, porque não se trata apenas do que elas estão recebendo, e sim como estão se sentindo. Cada um que entra aqui traz consigo histórias, tem família, sonhos, desejos, independentemente do seu nível hierárquico ou função. É sobre ouvir seus colaboradores”, explica Danielli.

A felicidade corporativa vem sendo tão comentada, que uma pesquisa iniciada em 2018 pelo Instituto Feliciência apontou que há uma relação positiva entre as condições de felicidade de uma pessoa dentro e fora da organização. Ou seja, como seres integrais, vivemos um ciclo. As condições de felicidade que vivemos em nossas vidas pessoais afetam o nosso trabalho, e vice-versa, feito que irá resultar, diretamente, no nosso conforto, satisfação, disposição, segurança, saúde e bem-estar.

Por isso, outra empresa que não perdeu tempo foi a Homer, plataforma que oferece soluções tecnológicas aos corretores de imóveis de todo o Brasil, a CEO Lívia Rigueiral acumula, igualmente, a função de diretora de felicidade. “Esta palavra é parte do nosso cotidiano, um dos nossos setores se chama Felicidade do Corretor, em que nós o ajudamos a planejar o seu sucesso. Este sucesso pode ser ter uma renda estável, fazer uma viagem legal ou colocar o filho em uma faculdade bacana”, explica Rigueiral.

Se para os parceiros externos existe um setor exclusivo para a felicidade, da porta para dentro não poderia ser diferente. O foco é entregar para o time um ambiente de trabalho tranquilo, com liberdade, autonomia na tomada de decisão e flexibilidade de tempo, o que se estende às férias.

“Todo mundo pode tirar os dias de férias que quiser, não é fechado. Cada um pode tirar os dias que quiser. Claro que é combinado com a equipe, mas temos pessoas muito comprometidas. Se as pessoas podem trabalhar até mais tarde quando precisam, porque não podem deixar de trabalhar quando estão a fim de descansar?”, raciocina a CEO.

Por fim, Ramos conclui que “não podemos afirmar que do dia para a noite todos os funcionários estarão felizes com o trabalho só porque a empresa aderiu a um novo cargo. Mas podemos reforçar que é possível transformar o ambiente corporativo para que seja mais leve, saudável e inclusivo. É preciso compreender seus colaboradores, enxergar suas habilidades, remanejar funções de acordo com elas, trabalhar as dificuldades… é isso que faz um CHO”, finaliza. – Fonte e outras informações: (https://nr7.ag/).