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CEOs sul-americanos acreditam no crescimento das empresas nos próximos 3 anos

em Espaço empresarial
segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Apesar das preocupações e dificuldades impostas pela pandemia, 53% dos CEOs da América do Sul, entrevistados pela KPMG, mostraram-se confiantes no crescimento, nos próximos três anos, das empresas que presidem. Outros 27% não acreditam neste avanço para o mesmo período enquanto 20% estão indecisos com o futuro. Já no cenário global, 68% confiam na melhoria dos resultados. Esta é uma das análises apresentadas na pesquisa CEO Outlook 2020 realizada nos meses de julho e agosto.

Foram consultados líderes de 11 setores da economia de países dessa região, incluindo o Brasil. Quanto ao nível de expansão dos negócios, o levantamento mostrou que 39% dos CEOs sul-americanos esperam ganhos entre 0,01% e 2,4%. Outros 27% creem em alta de 2,5% a 4,9%, enquanto 2% vislumbram avanço entre 5% e 9,9%. A pesquisa também aponta que 11% têm uma expectativa negativa, que varia entre 4,9 a 0,01%. Para 21%, não haverá variação.

O presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, Charles Krieck, salienta que a expectativa de crescimento nos próximos três anos é bem semelhante entre os CEOs da região e os globais. “Isso mostra que, mesmo com pandemia ainda em curso, e com riscos geopolíticos em alguns países, os negócios estão evoluindo gradativamente, sinalizando um cenário geral positivo para investimentos”, afirma.

Os CEOs também foram questionados sobre fatores que possam ameaçar o crescimento. De acordo com a pesquisa, 24% dos sul-americanos apontaram, com destaque, as mudanças climáticas, enquanto 18% mostraram-se preocupados com a questão da segurança cibernética. Em comparação com os executivos globais, o principal temor está relacionado à falta de talentos para suprir de maneira adequada posições nas empresas (20%), seguindo-se problemas com a cadeia de fornecedores (18%).

. Aceleração digital imposta pela pandemia – Segundo o levantamento, 32% dos CEOs sul-americanos apontaram que a digitalização das operações e a criação da próxima geração de modelo operacional evoluíram drasticamente, apresentando avanços que levariam anos para ser alcançados. Com relação ao mesmo tema, 36% dos executivos disseram que esse processo foi acelerado em questão de meses. Ressalta-se que 61% salientaram que a criação de um novo modelo de negócios digital e no fluxo de receita avançou em questão de meses.

A pesquisa também aponta que 87% dos CEOs sul-americanos aceleraram a criação de uma expectativa digital para os clientes. Outro fator é que 57% dos executivos da região avançaram muito na questão da contratação de mais pessoas para lidar com os sistemas de automação e inteligência artificial. Por fim, 23% disseram que, para atingir os resultados, foi necessário vencer o obstáculo da falta de visão sobre futuros cenários operacionais.

. Antidiscriminação, antirracismo e sustentabilidade – O estudo também abordou ações referentes a projetos relativos à inclusão de diversidades. A maioria (82%) dos executivos sul-americanos está confiante quanto às medidas antidiscriminação e antirracismo que as organizações vêm adotando, diferentemente da visão global, na qual 73% admitiram não estar tão otimistas.

A pesquisa apontou, ainda, que 72% dos CEOs da América do Sul estão planejando anunciar medidas que deverão adotar contra o racismo contra 51% dos entrevistados globais. Com relação a novas estratégias de sustentabilidade ambiental, o levantamento mostra que 71% pretendem garantir que os ganhos conquistados durante a atual crise sejam preservados. Além disto, 62% dos CEOs sul-americanos estão promovendo mudança no foco no componente social dos programas nessa área (AI/KPMG).