Projeta-se a recuperação como resposta dos efeitos do corte de juros, da elevação da confiança e início das liberações de recursos do saque imediato do FGTS. Foto: Pixabay/montagem/reprodução
O governo aumentou ligeiramente a previsão para o crescimento da economia brasileira de 0,81% para 0,85%, neste ano. A estimativa de crescimento do PIB foi divulgada ontem (10), no boletim Macro Fiscal.
“Projeta-se a recuperação da atividade a partir de setembro, como resposta dos efeitos iniciais do corte de juros, da elevação da confiança e início das liberações de recursos do saque imediato do FGTS”, diz o relatório. A estimativa para a inflação, calculada pelo IPCA, passou de 3,8% para 3,6%, em 2019.
Segundo o boletim, a revisão para baixo na estimativa foi causada pela “descompressão” dos preço de alimentos. “Após choque de alta desses preços no primeiro trimestre, houve reversão parcial no segundo, com tendência mantida para os meses de julho e agosto”. O boletim também destacou os reajustes de combustíveis e energia elétrica e a “relativa estabilidade da inflação de serviços”.
A previsão para 2019 está abaixo do centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é 4,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que há 3 desafios a serem superados para a retomada do crescimento econômico de longo prazo: um importante, um urgente e um de conjuntura.
Ele classificou como importante a recuperação da produtividade da economia, que entre 2010 e 2017 recuou a uma taxa de 2,11%. “Se nós não recuperamos a produtividade da economia brasileira não haverá crescimento sustentável de longo prazo. Foram anos de políticas econômicas equivocadas que acabaram com o crescimento da produtividade no Brasil.
Sachsida classificou como desafio urgente o cenário fiscal. “A nova Previdência foi um passo fundamental, mas uma ampla agenda ainda é necessária para resolver esse desafio”, disse. E por fim, o terceiro desafio é a conjunta internacional, com “desaceleração generalizada” na economia mundial (ABr).