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Tecnologia 08/08//2019

em Tecnologia
quarta-feira, 07 de agosto de 2019
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O decreto do Plano Nacional IoT foi assinado. E agora?

Estava na fase de definição do tema deste artigo, quando foi assinado o decreto nº 9.854. de 25 de junho de 2019, que instituiu o “Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas”, conforme descrito na abertura do documento.

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Agora temos a base oficial que dá direcionamento e estímulo à continuidade das ações em andamento, como o BNDES Projetos Piloto de IOT e suas linhas de crédito, assim como as atividades conduzidas pela Finep, Embrapii, Senai, Sebrae, ABDI e os institutos de ciência e tecnologia. Foto: Gestiona

Werter Padilha (*)

A comemoração no ecossistema foi grande, pois era grande a expectativa em torno de sua oficialização, assim como analisei no texto Plano Nacional de Internet das Coisas Precisa sair da retranca. Afinal, desde 2017, o mercado e a sociedade brasileira aguardavam esse decreto. Por isso, o assunto do artigo não poderia ser outro.
O Plano Nacional de IoT (IoT.br) é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), do Ministério da Economia (ME) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em conjunto com a sociedade civil – empresas, academia, agências de fomento e outros órgãos -, e participei ativamente da sua elaboração como representante da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software no conselho consultivo, após muitas reuniões, consultas públicas, pesquisas e relatórios, que estão disponíveis para download. E, como tendemos a ser ansiosos, novas perguntas surgiram: o decreto do IoT.br foi assinado. E agora? Quais são os próximos passos?
Primeiramente, o decreto traz uma definição do que é IoT e seus devices (“sistemas de comunicação máquina a máquina”, com exceção de máquinas de cartão de crédito e débito); explica como funcionará a Câmara IoT; reitera quais são as quatro verticais prioritárias (agronegócios, saúde, cidades inteligentes e indústria) e explica, em seu segundo artigo, que Internet das Coisas diz respeito à “infraestrutura que integra a prestação de serviços de valor adicionado com capacidades de conexão física ou virtual de coisas com dispositivos baseados em tecnologias da informação e comunicação existentes e nas suas evoluções, com interoperabilidade”. Resumindo, temos bases para conferir mais segurança jurídica aos projetos e iniciativas baseados em IoT.
E, falando das iniciativas em IoT, agora temos a base oficial que dá direcionamento e estímulo à continuidade das ações em andamento, como o BNDES Projetos Piloto de IOT e suas linhas de crédito, assim como as atividades conduzidas pela Finep, Embrapii, Senai, Sebrae, ABDI e os institutos de ciência e tecnologia. Antes disso, tanto as iniciativas governamentais quanto as privadas, estavam trabalhando projetos relacionados à IoT sem uma base regulamentar, especialmente quanto às questões tributárias. Lembro ainda que temos no Congresso o Projeto de Lei 7.656/2017, de autoria do deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) que propõe zerar taxas para incentivar o IoT, que já está aguardando parecer do Relator na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC).
Quanto à Anatel e suas certificadoras, em meu ponto de vista, terão o desafio de agilizar seus processos de homologação e certificação para os devices de IoT, a fim de evitar que a burocracia postergue os lançamentos e, consequentemente, afete os negócios em um segmento no qual a possibilidade de obsolescência de um equipamento tende a ser mais rápida, em alguns casos.
Importante ainda lembrar que o IoT.br está alinhado aos objetivos e ações definidas na Estratégia Brasileira para a Transformação Digital, oficializada pelo Decreto nº 9.319, de 21 de março de 2018. A Câmara Nacional IoT retoma suas atividades e em decorrência das verticais priorizadas, já temos a Câmara Nacional da Indústria 4.0, criada em abril de 2019, em uma ação interministerial do MCTIC e Ministério da Economia (ME), da qual tenho participado e garanto que muitas ações boas e estruturadas virão brevemente. E neste mês de julho, o governo instituirá a Câmara Nacional do Agro 4.0, uma ação conjunta do Ministério da Agricultura e MCTIC e, muito em breve, virão as Câmara Saúde 4.0 e Cidades 4.0. E, se considerarmos a recente assinatura do acordo histórico de livre comércio, fechado entre o Mercosul e a União Europeia, ouso dizer que não me recordo de termos, nos últimos anos, condições tão propícias para “fazermos acontecer” de forma tão consistente.
Por isso, tenho dito que vejo o decreto não como um fim, mas como a retomada do “jogo” para que o Brasil se posicione na vanguarda do ecossistema mundial de IoT. A tendência é que muitas inovações comecem a aparecer rapidamente no mercado B2B e B2C, com novas soluções para todas as verticais citadas e introduzindo mais tecnologias IoT no cotidiano dos consumidores.

(*) É Coordenador do Comitê de IoT da ABES.

100 vagas de tecnologia em São Paulo

A TOPMIND, uma das principais empresas de prestação de serviços de TI no Brasil, anuncia a expansão de sua equipe em São Paulo (SP) e abre 102 vagas para profissionais de Tecnologia da Informação (TI), suporte e área comercial.
As oportunidades abertas são para as posições de Gerente Comercial Pleno, Analista de Suporte, Analista de Estrutura N1/N2, Analista de Infraestrutura, Analista de Processos de TI Junior, Consultor de SAP PP MM Pleno e Sênior, Consultor de SAP SD, Analista de Network Voice, Coordenador de Comunicação Unificada, Consultor de SAP PP-PI Sênior, Analista Programador .Net e C#, Designer 3D, Consultor de SAP MM Pleno, Arquiteto de dados para projeto de Big Data, Analista Power BI e Analista de Sistemas GeneXus.
Candidatos interessados em participar dos processos seletivos devem possuir conhecimentos específicos de suas áreas de atuação, além de habilidades em pontos como comunicação e relacionamento interpessoal. “Estamos em busca de profissionais cada vez mais qualificados e preparados para os desafios trazidos à tona pela era digital. Nosso objetivo é qualificar e aprimorar os serviços entregues aos clientes, garantindo mais agilidade e conhecimento de forma recorrente”, diz Sandra Maura, CEO da TOPMIND.
Para a vaga de Consultor SAP SD Pleno, a TOPMIND procura profissionais graduados em Ciência da Computação, Matemática ou Sistemas de Informação. A empresa prioriza candidatos com cinco anos de experiência em implementação de projetos na área de tecnologia, inglês avançado e que tenham atuado com dados mestres, conceitos básicos de Bancos de Dados, e nota fiscal eletrônica.
Outras vagas, como o cargo de Analista de Estrutura N1/N2 Pleno, requer formação em TI ou áreas correlatas. Esta posição exige ainda, inglês avançado, vivência com suporte a aplicativos de desktop em ambientes LAN, conhecimentos práticos em funções do usuário do ACTIVE, conformidade SOX, Framework ITIL e suporte de sistemas ERP e CRM. Os interessados à vaga de Designer 3D, por sua vez, necessitam de conhecimentos em desenvolvimento de Software, programação C# e Phyton, além de experiência com direção de arte, edição de vídeo, criação de animações, desenvolvimentos de conteúdo de pesquisa e inglês avançado.
A companhia oferece contratação CLT para todas as posições, incluindo benefícios compatíveis com o mercado. Além disso, o profissional conta com a possibilidade de crescimento dentro de uma empresa que tem atuação em todo o Brasil e em expansão para outros países.
Os candidatos interessados devem enviar seus dados e o currículo atualizado para o e-mail [email protected] ou acesse: (www.topmind.com.br/trabalhe-conosco).

ideathon com jovens de comunidades para propor soluções tecnológicas a desafios sociais

A organização social Recode realiza, na próxima sexta-feira (09/08) e sábado (10/08), na Estação Hack do Facebook, uma série de três ideathons com 180 jovens moradores de periferia de São Paulo para cocriar soluções digitais voltadas à desafios sociais de suas comunidades. Os grupos terão 4 horas para desenvolver ideias com o apoio de mentores do setor privado e do terceiro setor, e o melhor projeto de aplicativo ou plataforma poderá ser desenvolvido ao longo do programa de empregabilidade em tecnologia da organização.
A mentoria aos futuros talentos em programação inclui representantes da Accenture, Coteminas, Movimento Web Para Todos, Movimento Bem Maior, Fatec Osasco e secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de SP. Eles irão compor o júri de avaliação do “pitch” dos jovens, levando em consideração a relevância, a inovação e o impacto da solução digital proposta.
“São jovens altamente motivados que perceberam o potencial da tecnologia para criar soluções para os desafios mais urgentes da sociedade, tendo desta vez a sustentabilidade como foco. Isso é empoderamento digital a favor da formação de futuros profissionais conectados com as necessidades do nosso tempo”, celebra Rodrigo Baggio, empreendedor social e presidente da Recode.