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Crescimento sustentável do PIB depende de reformas, diz ministério

em Manchete Principal
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Crescimento temproario

Crescimento temproario

A nova Previdência é conadição necessária para o equilíbrio fiscal de longo prazo da economia, evitando uma nova década perdida. Foto: Getty Images/iStockphoto

Somente a realização de reformas estruturais, das quais a principal é a da Previdência, conseguirá fazer a economia crescer mais e de maneira sustentável nos próximos anos. A conclusão é de documento do Ministério da Economia, que divulgou relatório ontem (28) sobre o PIB entre os anos 1980 e a década atual. “Para que o PIB per capita volte a crescer de maneira sustentável, é necessário que as reformas estruturais ocorram.
A nova Previdência é condição necessária para o equilíbrio fiscal de longo prazo da economia, melhorando o ambiente de investimento e evitando uma nova década perdida”, destacou o documento. Ontem (28), o IBGE divulgou que o PIB cresceu 1,1% em 2018, no mesmo ritmo do crescimento de 2017. A expansão foi afetada pela greve dos caminhoneiros e pelas incertezas eleitorais e pelo agravamento das tensões internacionais ao longo do ano passado.
Segundo a secretaria, o crescimento dos gastos públicos nos últimos anos, e o desafio crescente para reequilibrar as contas do governo, impactaram as decisões sobre consumo e investimento. Para o ministério, as crises fiscal e política, que se agravaram a partir de 2015, estão fazendo o país atravessar uma “década perdida”, como foram os anos 1980.
As reformas estruturais que contenham o crescimento dos gastos públicos destravarão a economia ao criarem um círculo virtuoso pelo qual os juros cairão, estimulando a produção, o investimento e o consumo. A expansão da economia aumentará a criação de empregos, a renda e a arrecadação de tributos, melhorando a situação das contas do governo e contendo o crescimento da dívida pública.
“A aprovação da nova Previdência torna-se fundamental para a retomada do crescimento não apenas de longo prazo, como também dos próximos anos, uma vez que a trajetória esperada da dívida afeta o prêmio de risco de hoje, e com isso a taxa de juros, e, logo o crescimento atual”, ressaltou o relatório (ABr).