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Jair Bolsonaro diz que reforma da Previdência fará cortes “substanciais”

em Manchete Principal
quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
Bolsonaro temproario

Bolsonaro temproario

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante reunião Bilateral como o Primeiro Ministro do Japão, Shinzo Abe. Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (23) que a reforma da Previdência que será enviada ao Congresso trará “substanciais” cortes nos desembolsos previdenciários e estabelecerá uma idade mínima de aposentadoria. Paralelamente, ele confirmou que o plano de privatização está quase pronto. As declarações do presidente foram feitas durante entrevista exclusiva à emissora de televisão da Bloomberg, empresa internacional de notícias, em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial.
Segundo o presidente, há uma “consciência” no país que as reformas em discussão, como a da Previdência e a tributária, são “vitais”. Bolsonaro disse que a aprovação da proposta é praticamente certa por causa da situação econômica do país.
De acordo com a publicação da Bloomberg, Bolsonaro disse que há esforços para modernizar o Mercosul e permitir que o Brasil faça acordos comerciais separados do bloco.
Segundo a reportagem, o presidente fez questão de responder sobre as investigações relacionadas às movimentações financeiras atípicas envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). De acordo com Bolsonaro, se for comprovado que o filho errou, “terá que pagar o preço” pelas ações atribuídas a ele.

Trump e Bolsonaro reconhecem Guaidó como novo presidente da Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acaba de reconhecer Juan Guaidó como novo presidente da Venezuela. Em uma nota, Trump disse que usará “todo o poder econômico e diplomático dos EUA para pressionar pela restauração da democracia da Venezuela”. O republicano também “encorajou outros países do Hemisfério a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela”. Em sua conta oficial, o presidente norte-americano escreveu que “os cidadãos da Venezuela sofreram muito tempo nas mãos do regime ilegítimo de Maduro”.
Por sua vez, o presidente Jair Bolsonaro também anunciou ontem (23), diretamente de Davos, em sua conta no Twitter, que reconhece Juan Guaidó como o presidente “encarregado” da Venezuela. “O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”.
O opositor e líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou ontem (23) presidente “encarregado”, assumindo o governo no lugar de Nicolás Maduro. Guaidó fez o anúncio diante de centenas de apoiadores, em um manifestação em Caracas. Vários protestos vêm ocorrendo pela Venezuela, organizados pela oposição e com grande participação popular, os quais pedem o fim do governo Maduro.
“Sabemos que haverá consequências”, destacou Guaidó, mas justificou a decisão pelo “fim da usurpação, por um governo de transição e por eleições livres”. Ele é um dos principais líderes da oposição e adversário de Maduro. Já disse publicamente que pretende convocar novas eleições, o que lhe rendeu o apoio da Organização dos Estados Americanos (ANSA).