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Produção industrial cai pelo 3º mês, mas acumulado é positivo em 1,9%

em Manchete
quinta-feira, 01 de novembro de 2018
Producao temproario

Producao temproario

A queda foi atribuida à redução nas exportações de veículos e ao ambiente de incerteza política e econômica.

Foto: ADVFV News

A produção industrial brasileira fechou setembro com retração de 1,8% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, registrando a terceira queda consecutiva e acumulando retração de 2,7%. Apesar do recuo, no ano a produção industrial ainda registra crescimento de 1,9%, assim como no resultado acumulado dos últimos doze meses: expansão de 2,7%. Os dados fazem parte da pesquisa que o IBGE divulgou na quinta-feira (1º).
No confronto com setembro do ano passado, a indústria caiu 2,0%, primeiro resultado negativo nesta comparação, após três altas consecutivas, que reflete resultados negativos em todas as quatro grandes categorias e em 16 dos 26 ramos industriais envolvidos na pesquisa. Ao comentar a retração da indústria, o gerente da pesquisa, André Macedo, atribuiu a queda à redução nas exportações de veículos e ao ambiente de incerteza política e econômica.
“A redução nas exportações de veículos e um ambiente de incerteza política e econômica freiam o investimento do empresário e as decisões do consumidor brasileiro”, disse. Destacou que a pesquisa verificou “um grande número de fábricas de automóveis com paralisações ou férias coletivas no mês”. O IBGE destacou o setor de bens de consumo duráveis que, ao recuar 5,5%, mostrou a queda mais acentuada em setembro, influenciada pela menor produção de automóveis, que manteve-se em queda acumulando perda de -6,4% desde julho.
Entre os nove ramos que ampliaram a produção em setembro, o mais relevante para a média global foi metalurgia, que avançou 5,4% após mostrar variação negativa de 0,2% em agosto. Apesar da queda de 1,8% da atividade industrial em setembro, o parque fabril do país fechou o período janeiro/setembro com crescimento de 1,9% frente a igual período de 2017, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 51,8% dos 805 produtos (ABr).