Alckmin, na sabatina promovida pela revista Veja. Foto: Rovena Rosa/ABr |
O candidato à Presidência Geraldo Alckmin, disse ontem (19) que é necessário fazer uma reforma política. Segundo ele, a grande fragmentação partidária fragiliza as siglas e não corresponde a divergências ideológicas reais. “Nós estamos com um modelo totalmente artificial, todos os partidos fragilizados, inclusive o meu”, admitiu ao participar da sabatina promovida pela revista Veja. “Nós temos 35 [partidos], é um pandemônio”.
Além de limitar o número de siglas, Alckmin quer adotar o voto facultativo, a eleição distrital, onde os deputados são escolhidos a partir de áreas eleitorais, e a adoção da cláusula de desempenho, norma que determina que os partidos devem eleger um mínimo de parlamentares para terem acesso a recursos como o fundo partidário e propaganda gratuita.
Alckmin disse também que pretende privatizar diversas estatais, inclusive grande parte da Petrobras. “O que a Petrobras tem de expertise? Pesquisa e exploração de petróleo em águas profundas. É isso que ela deve fazer. Todo o restante, privatiza”, disse. A segurança pública será uma das prioridades. “Vou pegar as 150 cidades mais violentas do Brasil, levar os melhores investigadores, gestores, tecnologia, uma força tarefa”. Ele disse que quer criar uma guarda nacional permanente.
O candidato também se posicionou enfaticamente contra a legalização das substâncias consideradas ilegais atualmente. “Não tem ainda uma comprovação de que se legalizar, vai melhorar. Você não tem qualquer comprovação de que traga qualquer benefício e pode até acabar aumentado o consumo” (ABr).