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Geral 06/04/2018

em Geral
quinta-feira, 05 de abril de 2018
Departamento Científico de Neonatologia da SBP estima que a proporção ideal de leitos de UTI neonatal é de, no mínimo, quatro para cada grupo de mil nascidos vivos.

Faltam mais de 3 mil leitos de UTI neonatal no país, diz sociedade de pediatria

Departamento Científico de Neonatologia da SBP estima que a proporção ideal de leitos de UTI neonatal é de, no mínimo, quatro para cada grupo de mil nascidos vivos.

Levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostra que o país tem um déficit de 3.305 leitos de unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), específicos para o acolhimento de crianças que nasceram antes de 37 semanas e que apresentam quadros clínicos graves, ou que necessitam de observação

Segundo a entidade, no Brasil nascem quase 40 prematuros por hora, ou mais de 900 por dia. O Departamento Científico de Neonatologia da SBP estima que a proporção ideal de leitos de UTI neonatal é de no mínimo quatro para cada grupo de mil nascidos vivos. Existem atualmente 8.766 leitos do tipo no país, públicos e privados, que correspondem a 2,9 leitos por mil nascidos vivos.
Se considerados apenas os leitos oferecidos pelo SUS, a taxa cai para 1,5 leitos a cada mil nascidos vivos, levando em conta as 4.677 unidades disponíveis para essa rede. Por causa dessa realidade, a SBP vai lançar a campanha Nascimento Seguro, na abertura do 7º Simpósio Internacional de Reanimação Neonatal, que começou ontem (5), e vai até amanhã (7) em Foz do Iguaçu. A entidade alerta para a necessidade de garantir a presença de um pediatra nas salas de parto, para o atendimento imediato de intercorrências, e da qualificação de médicos e demais profissionais da saúde.
Também é defendida a humanização da assistência à mulher gestante, pela oferta de leito de internação e local para a realização do parto, com presença de equipe e estrutura adequadas; apoio ao aleitamento materno e realização de campanhas de esclarecimento sobre a importância da prevenção de doenças. Segundo o Ministério da Saúde, o número de leitos de UTI neonatal que atendem pelo SUS aumentou em aproximadamente 10% entre 2015 e 2018, totalizando 4.697 leitos disponíveis na rede pública em todo o Brasil.
O ministério acrescenta que o tempo de internação pode variar de 10 a 52 dias, dependendo das características da população assistida, e que a estimativa de 3 mil leitos se refere apenas a um serviço analisado. Segundo a pasta, cabe aos gestores estaduais e municipais definirem a quantidade de leitos de UTI neonatais que devem ser oferecidos à sua população (ABr).

PF deflagra operação para combater tráfico de drogas

Foram cumpridos um mandado de prisão temporária e seis de busca e apreensão, três em Santa Catarina e três no Rio Grande do Sul.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de ontem (5) a Operação Bebel para desarticular esquema internacional de tráfico de drogas que utilizava “mulas” – pessoas aliciadas para transportar bagagens com drogas – em voos no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foram cumpridos um mandado de prisão temporária e seis de busca e apreensão, em Santa Catarina,e outros três no Rio Grande do Sul. Cerca de 40 policiais participaram da ação.
As investigações começaram em janeiro de 2017 com a prisão de duas passageiras que traziam drogas nas bagagens. Com isso, foram reunidas informações e documentos que permitiram localizar e acompanhar os integrantes da organização criminosa. A quadrilha atuava em Florianópolis, Santa Maria, no Rio Grande do Sul; e no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
As “mulas” eram aliciadas pelos criminosos com a promessa de pagamentos em dólares para transportar uma mala até determinado país. A bagagem continha, normalmente, cocaína. No retorno da viagem, após um curto período de permanência, outra mala com drogas sintéticas seria entregue por traficantes sediados no país estrangeiro. O financiador do esquema já está preso em Santa Catarina, acusado pelos crimes de tráfico internacional de drogas e formação de quadrilha. Ele foi apreendido com 60 mil comprimidos de ecstasy (ABr).

Macarrão pode ser incluído em dieta saudável

Um estudo conduzido pelo Hospital Saint Michael, no Canadá, apontou que, diferentemente de outros pratos ricos em carboidratos, o macarrão não engorda. Pelo contrário, propicia perda de peso. Segundo os pesquisadores, as massas possuem baixo índice glicêmico, ou seja, provocam menores aumentos do nível de açúcar no sangue.
“O estudo revelou que o macarrão não contribui para o aumento de peso ou de gordura corpórea”, disse John Sievenpiper, um dos autores do artigo. “Na realidade, a análise mostrou uma leve perda de peso, então o macarrão pode ser utilizado em dietas saudáveis, como aquelas de baixo índice glicêmico”, acrescentou. O estudo foi realizado com 2,5 mil pessoas, que consumiram, em média, três porções de macarrão por semana durante três meses.
O relatório final aponta que os participantes perderam aproximadamente meio quilo durante o período da pesquisa. Mas os autores ressaltaram que os resultados são “generalizados” e que são necessárias novas pesquisas para determinar se a perda de peso também ocorre em outros tipos de dietas (ANSA).

Venezuelanos deixam Roraima rumo à São Paulo e Cuiabá

Refugiados venezuelanos se preparam para deixar Boa Vista com destino a São Paulo.

O processo de interiorização de imigrantes venezuelanos que estão em Roraima para outros estados começou hoje (6), com 267 imigrantes levados para São Paulo e Cuiabá por aviões da FAB, em uma iniciativa do governo federal e da ONU. Os imigrantes serão acolhidos em abrigos nos destinos. O processo de interiorização foi uma estratégia adotada para proporcionar melhores condições aos imigrantes venezuelanos que querem viver e trabalhar no Brasil. Com esse objetivo, o governo federal buscou vagas em abrigos de prefeituras, governos estaduais e na sociedade civil.
Os imigrantes que aderiram, de forma voluntária, ao chamado processo de interiorização aceitaram deixar Roraima para buscar oportunidades em outras localidades. Antes do deslocamento, todos foram devidamente imunizados em relação a doenças como sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche. Passaram por regularização migratória junto à Polícia Federal – por meio de solicitação de refúgio ou de residência temporária. Também foi verificada a adequação do perfil dos abrigados à localidade de destino.
A interiorização não terá custo para os venezuelanos. As viagens serão custeadas com os R$ 190 milhões liberados ao Ministério da Defesa por meio da medida provisória 823/2018, que trata da assistência emergencial e acolhimento humanitário das pessoas que deixaram a Venezuela. Segundo a Casa Civil da Presidência da República, responsável por coordenar o comitê federal, de caráter interministerial, que busca assegurar melhores condições aos estrangeiros do país vizinho, o critério aplicado nesse primeiro transporte foi a disposição dos próprios venezuelanos, que voluntariamente se dispuseram a partir, e a existência de vagas em abrigos nas cidades de destino (ABr).

Farmanguinhos começa a produzir remédio para transplantados

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) finalizou a produção dos primeiros lotes do medicamento tacrolimo, utilizado continuamente por pacientes transplantados de rim e fígado. A medicação era produzida pela indústria privada nacional Libbs Farmacêutica, mas por meio de um acordo de transferência de tecnologia passou a ser produzida por Farmanguinhos, que é vinculada à Fundação Oswaldo Cruz. A Fiocruz e a Libbs já tinham desenvolvido uma parceria de desenvolvimento produtivo do medicamento que gerou, em cinco anos, uma economia de R$ 980 milhões para os cofres públicos, por tornar a medicação mais acessível aos usuários do SUS.
A expectativa é de que a economia possa ser ainda maior com a continuidade da produção, após o credenciamento de Farmanguinhos na Anvisa como local de fabricação do remédio. Segundo a Fiocruz, atualmente cerca de 34 mil brasileiros fazem uso do medicamento, que é um imunossupressor, ou seja, reduz a atividade do sistema imunológico para que não haja rejeição dos órgãos após o transplante.
São realizados mais de 6 mil novos transplantes de rins e mais de mil de fígado anualmente no Brasil. O tacrolimo é usado por toda a vida de uma pessoa transplantada. Espera-se que outros medicamentos da mesma categoria terapêutica passem também a ser produzidos por Farmanguinhos. Um deles é o everolimo, utilizado em pacientes com câncer renal e que, assim como o tracolimo, consta na lista de medicamentos estratégicos do SUS (ABr).