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quarta-feira, 09 de agosto de 2023

Lucia Camargo Nunes (*)

Vendas de carros sobem 19% sobre junho

Com o melhor julho desde 2020, a indústria automotiva colheu bons resultados após o desempenho acima da média de emplacamentos, ainda residuais dos descontos da MP 1.175 na primeira quinzena do mês.

Nos 15 dias posteriores, o efeito foi diluído, mas as vendas se mantiveram elevadas pela estratégia de várias marcas que bancaram a manutenção de descontos.

Os licenciamentos em julho somaram 225.600 autoveículos (leves e pesados), alta de 19% sobre junho e 24% sobre o mesmo mês de 2022.

Os estoques que em maio estavam em 250 mil unidades caíram a um patamar abaixo de 200 mil.

Após a paralisação de fábricas, com lay-off e férias coletivas, houve recuo de -3,3% na produção em julho em relação ao mês anterior, com 183 mil unidades.

No acumulado do ano, a produção de 1,315 milhão de unidades está praticamente igual ao mesmo período de 2022, com alta de 0,3%.

Já em vendas, foram 1,224 milhão de unidades, 11,3% a mais que no ano passado.

A Anfavea aponta um cenário mais favorável para a indústria nos próximos meses, baseada em tendências de queda no desemprego e nas taxas de juros, melhoria do rating Brasil, alta do PIB nacional e global e também no avanço de vendas de veículos leves em todo o mundo.

Concessionários buscam formas de manter mercado aquecido

A Fenabrave, que reúne os concessionários em todo o país, celebrou o bom resultado de julho. “O sucesso das MPs é inquestionável principalmente para veículos flex aspirados de entrada, que formaram a grande maioria das negociações, dando acesso a um consumidor que não alcançava um veículo 0 km. O desafio, a partir de agora, é encontrar formas para manter este mercado aquecido, e o crédito é um dos principais desafios”, analisou Andreta Jr, presidente da entidade.

O executivo defende, no entanto, que haja um plano permanente para sustentar a recuperação do setor automotivo. “Estamos finalizando um estudo e esperamos apresentá-lo ao governo em breve”, disse.

Confira os 10 modelos mais vendidos até julho

1º Fiat Strada60.933
2º Chevrolet Onix54.370
3º Volkswagen Polo54.193
4º Hyundai HB2046.128
5º Chevrolet Onix Plus42.138
6º Volkswagen T-Cross40.587
7º Fiat Argo39.079
8º Fiat Mobi39.024
9º Hyundai Creta35.262
10º Jeep Compass35.056

Fonte: Fenabrave

Hyundai amplia oferta do HB20 com 4 novas versões

A Hyundai lança mais 4 versões para o HB20 produzido em Piracicaba (SP). A versão Sense Plus conta com maçanetas externas e retrovisores na cor do veículo, além de acabamento preto fosco nas molduras das portas e também na coluna B. Custa R$ 82.890.

A Limited Plus 1.0 MT traz painel de instrumentos digital, chave presencial, console central revestido em couro e maçanetas externas cromadas. O modelo que custa R$ 91.090 mantém itens de destaque da versão Limited.

A opção Comfort Plus TGDI AT, por R$ 105.590, oferece câmera de ré, acendimento automático dos faróis e volante com regulagem de altura e profundidade.

E a Platinum Safety TGDI AT adiciona pacote de segurança com frenagem automática, assistente de permanência e centralização em faixa, farol alto adaptativo e detector de fadiga por R$ 113.290. Outra novidade dessa versão são os bancos de couro na cor preta com acabamento perfurado.

Futuros Fiat e Jeep híbridos e elétrico chegam a partir de 2024

Antes de chegar a um modelo 100% elétrico, a Stellantis apresentou três plataformas que farão essa transição no país.

A Bio-Hybrid traz um novo dispositivo que substitui o alternador e o motor de partida, mais evoluído que os híbridos leves, porque entrega maior desempenho e economia de combustível. Dois modelos podem trazer essa tecnologia em 2024 e especula-se que sejam o Fiat Pulse e o Jeep Renegade.

A plataforma Bio-Hybrid e-DCT prevê dois pequenos motores elétricos que serão alimentados por bateria de 48 Volts. O sistema vai ser otimizado para atuar em modos térmico, elétrico ou híbrido. Deve estrear em 2025 com Fiat Fastback e Jeep Compass.

A plataforma Bio-Hybrid Plug-in tem bateria de lítio-íon de 380 Volts, recarregada por regeneração nas desacelerações, alimentada pelo motor térmico do veículo ou por uma tomada. O Jeep Commander pode ser o primeiro a receber essa plataforma no fim de 2025.   

E uma quarta plataforma prevê um carro 100% elétrico para 2026, derivada de uma plataforma monobloco existente em um modelo a combustão.

(*) É economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. E-mail: [email protected]