O Word, uma das mais populares ferramentas de computação, está completando 40 anos.
Vivaldo José Breternitz (*)
Foi criado pela Microsoft e lançado em setembro de 1983, tendo rapidamente ocupado o lugar do WordPad, que era o processador de texto mais usado na época.
O Word é usado para criar, editar, visualizar e compartilhar arquivos com outros usuários e possui versões para computadores pessoais, smartphones e outros dispositivos.
O aplicativo vem evoluindo constantemente, com modificações no logotipo, na interface com o usuário e melhorias nas capacidades e funções oferecidas. O software também mudou de nome: nasceu como Multi-Tool Word e logo em seguida passou a chamar-se Word, como é conhecido até hoje.
O Multi-Tool Word foi criado para o sistema operacional DOS; seus desenvolvedores, Charles Simonyi e Richard Brodie, criaram o aplicativo com o conceito WYSIWYG – “What You See Is What you Get”, em português “O que você vê é o que você terá”, ou seja: aquilo que aparece na tela é aquilo que será impresso.
Sua primeira versão, chamada Multi-Tool Word 1.0, era oferecida gratuitamente aos assinantes da revista The PC World Software Review.
Naquela época, a revista InfoWorld percebeu que o lançamento do Word era um passo em direção ao surgimento de um conjunto de aplicativos muito próximos, e disse que o programa tinha semelhanças com o MultiPlan, que era a planilha de cálculo da Microsoft, lançada em 1982 e que mais tarde, evoluindo, passou a chamar-se Excel.
No lançamento, a ferramenta permitia aos usuários abrir até oito janelas, cada uma com um arquivo diferente e mover blocos de texto entre os arquivos. Também suportava várias fontes e funcionalidades avançadas, como notas de rodapé, subscritos, sobrescritos e rolagem horizontal.
O Word chegou ao ambiente Windows em 1989, mas foi com o Windows 3.0, lançado em 1990, que ele realmente decolou. A Microsoft lançou versões do Word para DOS até 1993. Nessa época, a empresa começou a batizar o Word com base na numeração da versão do Windows, como Word 95 e Word 97.
A empresa continuou refinando o Word, corrigindo vulnerabilidades e adicionando novas funções, como sugestões e atalhos para tornar melhor a experiência do usuário.
Mais recentemente, Microsoft integrou ao Word o Copilot, uma ferramenta de inteligência artificial generativa que também foi incorporado a outros produtos da empresa, como o Excel e o PowerPoint; a ideia é que o Copilot aumente a produtividade dos usuários dos aplicativos.
Quarentão forte e saudável, o Word deve continuar nos ajudando ainda por muito tempo.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.