Em 2024 a NASA pretende lançar a missão Artemis II, cujo objetivo é fazer com que uma espaçonave com 4 tripulantes orbite a Lua, como preparação para futuros pousos na superfície de nosso satélite.
Vivaldo José Breternitz (*)
Esta será a primeira espaçonave tripulada a deixar a órbita baixa da Terra desde que, em 1972, a missão Apollo 17 levou astronautas à superfície da Lua.
A missão Artemis deverá capturar imagens em vídeo de alta definição e a NASA pretende utilizar um novo sistema de comunicações via laser para transmitir esses vídeos à Terra.
A possibilidade de transmitir vídeos desse tipo via laser é bastante interessante, tendo em vista estarem sendo pensadas missões que poderão levar os humanos a pontos ainda mais distantes que a Lua, sendo necessárias para isso comunicações em altíssima velocidade. A rapidez com que esses vídeos chegarão à Terra e sua qualidade muito maior em relação ao material produzido pelas missões Apollo, são as principais vantagens trazidas pela nova tecnologia.
A viabilização desse novo meio de comunicação não é tarefa fácil, apesar de estarem sendo trabalhadas medidas como a instalação de uma rede 4G na Lua, que vem sendo desenvolvida pela Nokia, o que deve acontecer ainda em 2023, com o uso de um foguete da SpaceX; espera-se que os próximos astronautas a pousarem na Lua utilizem essa rede.
Já se passaram mais de 50 anos desde que a humanidade foi à Lua pela última vez, e as missões Artemis são uma oportunidade de mais uma vez de pisarmos na superfície de nosso satélite, abrindo novas oportunidades de exploração espacial, com o possível estabelecimento de bases que poderão viabilizar a ida a outros planetas.
Depois da Artemis II, no final de 2025, está programada a missão Artemis III, que deverá levar astronautas à superfície da Lua.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
