Marketing digital: tendências 2017O mercado de Marketing Digital recebe inovações a todo momento. Para um profissional desta área, em meio à rotina atribulada comum a esses especialistas, acompanhar as novidades realmente não é fácil. Para ajudar nessa tarefa, no final de 2016, o SEMrush entrevistou os 20 principais especialistas de marketing digital para definir as principais tendências do mercado para o ano 2017 para que você possa considerá-las na hora de criar e implementar suas estratégias Maria Chizhikova Marques (*) Email Marketing Os consumidores estão se tornando mais exigentes, eles não querem apenas receber ofertas e promoções, eles querem receber conteúdo. E esse conteúdo deve ser relevante, cativante, gerar interesse e oferecer valor aos usuários. Também é muito importante repensar a quantidade de emails enviados semanalmente – nesse caso a estratégia “menos é mais” é a mais indicada. Troque 3 envios semanais por 1, mas envie e-mails relevantes e bem preparados. Uma boa dica é apostar na segmentação e oferecer conteúdos diferentes para cada grupo de usuários. Você pode segmentar o seu público por topo, meio ou fundo de funil ou pelo meio que fez o seu lead te conhecer (site, landing page, webinar, ebook etc) Mídias Sociais e RP A principal tendência para 2017 é a indexação do Conteúdo Social. Hoje em dia você já consegue encontrar um ou outro resultado do Twitter nos SERPs, e essa tendência aumentará bastante durante 2017. O Google está começando aproveitar todas as informações disponíveis nas redes sociais que podem servir de respostas para muitas pesquisas. O que isso significa para as empresas? A partir de agora a questão não será só otimizar o site, mas também melhorar a sua presença nas redes sociais. Para reforçar o seu engajamento aposte nos vídeos – eles estão rapidamente tornando o conteúdo predileto dos usuários, e a última atualização do Facebook – Facebook Live abre novas perspectivas de atrair e fidelizar seus usuários. SEO Com crescimento de setor mobile, a tecnologia AMP (accelerated mobile page) está em alto. AMP ajuda a tornar a navegação em dispositivos móveis mais ágil (as páginas em AMP carregam até 4 vezes mais rápido) o que auxilia na melhora da experiência do usuário e consequentemente o posicionamento orgânico. Experiência do usuário é uma outra tendência importante. Não basta só otimizar o seu site para as máquinas de busca, você também precisa proporcionar uma boa experiência para os visitantes. Rapidez de carregamento da página, encriptação de dados do certificado SSL, site mobile, navegação, layout – tudo isso melhora o desempenho do SEO do seu site. Certificado de segurança HTTPS também é um desses fatores e é uma tendência forte para esse ano. HTTPS é considerado uma estratégia de growth hacking, o conceito de moda que ganha novos adeptos todos os dias na esperança de crescer exponencialmente e com baixo investimento. Conteúdo A principal tendência em 2017 é a criação de conteúdo denso. O mercado está saturado de conteúdos parecidos, muitos deles sendo de baixa qualidade. A nova onda é o conteúdo que oferece grande quantidade de informação de maneira direta e objetiva. Mas isso não significa que a partir de agora só precisamos produzir textos. É a era de multimídia, onde infográficos e vídeos estão em alta. Vale lembrar que YouTube é o segundo mecanismo de pesquisa com mais buscas, assim, vale a pena criar conteúdo em vídeo e apostar também nesse canal. Mais uma tendência – personalização de conteúdo em busca de aumentar o engajamento e trazer melhores resultados. Hoje, mais do que nunca, temos vários recursos à nossa disposição, que nos permitem personalizar o conteúdo entregue para cada segmento de nossa audiência, e em 2017 eles começarão a ser amplamente usados pelos profissionais de marketing. E-commerce Segundo a Ebit, no final de 2017, mobile já deve representar 40% de todo o faturamento do ecommerce no Brasil. Para confirmar essa tendência, as redes sociais já ganharam uma maior integração com o e-commerce. Twitter e Facebook já tem botões “comprar agora”, assim que para aproveitar essa oportunidade, os e-commerces têm que se adaptar ao mobile, pois no Brasil quase 70% dos acesso ao Facebook são feitos a partir de smartphone ou tablets. Mais uma tendência da área de e-commerce – personalização de ofertas, produtos e listagens. Tendo oportunidade com as ferramentas modernas rastrear e monitorar comportamento de cada usuário, em 2017 finalmente podemos oferecer soluções personalizadas para cada segmento de usuários. Essas tendências mostram que o mercado de Marketing Digital tem optado por dar ênfase em uma boa experiência do usuário, levando em conta a personalização do conteúdo e o cuidado na hora de entregá-lo, sem excessos e sempre optando por conteúdo relevante sobre os negócios desenvolvidos pela empresa. (*) É Analista de comunicações do SEMrush. | Cinco questões que você precisa responder antes de expandir seu negócio
Quando uma empresa está indo bem é comum o empreendedor pensar em alternativas para escalar a sua ideia. As vantagens são evidentes, como a aumento da lucratividade e da notoriedade no mercado. Mas, para ter sucesso, é preciso estar atento a alguns fatores que devem estar alinhados a essa estratégia. Caso você se encontre nesse momento, confira a seguir quais questões você deve responder para expandir o seu negócio com qualidade e sustentabilidade. Atualmente, estou operando com 100% da minha capacidade? – Ter sucesso na empresa é o primeiro passo para a expansão. Por isso, antes de abrir uma nova unidade, você deve verificar o quanto sua operação é rentável, testada e adaptada ao sucesso de longo prazo. É essencial ter clareza quanto às dificuldades, formas de gestão e sazonalidade do negócio. Se depois dessa análise você perceber que a tríade conhecimento, tempo de mercado e lucratividade está equilibrada, você está no momento ideal para crescer. Qual modelo de expansão é mais adequado ao meu negócio? – Depois de validar o momento de expandir sua empresa, você precisa descobrir qual formato irá te atender melhor. Provavelmente, por estar em alta no mercado, o modelo de franquia será sua primeira opção. Mas, vale lembrar que você também pode crescer por meio de licenciamento, canais multimarcas, capital próprio ou, até mesmo, através de investidores estratégicos. Todos têm seus prós e contras e você deve balanceá-los de acordo com suas expectativas. Para que você tenha mais precisão nessa escolha, talvez seja interessante buscar a assessoria de uma consultoria. Para não ter dúvidas, o recomendado é investir em um estudo de franqueabilidade. Assim, você poderá atestar se a expansão pelo franchising é a sua melhor opção. Através da análise do seu planejamento estratégico, financeiro e operacional, esse estudo irá diagnosticar qual o potencial de expansão, replicação e lucratividade do seu negócio. Dessa forma, você poderá vislumbrar toda a estrutura que será necessária para ter sucesso nessa nova empreitada. O quão seguro(a) estou dessa decisão? – Independe de qual estratégia de crescimento você adotar, para concretizá-la será preciso investir tempo e dinheiro. Por isso, é essencial que você esteja completamente seguro(a) dessa decisão. Faça um bom planejamento, entenda os obstáculos e benefícios e, só depois te ter um plano de negócio bem formatado, tome a sua decisão. Caso você esteja inclinado em franquear sua empresa, essa segurança é ainda mais importante. Lembre-se que você estará lidando com pessoas que, muitas vezes, investirão o dinheiro de toda uma vida no nesse sonho. Qual papel irei assumir durante esse processo? – É normal o empreendedor fazer sua expansão em paralelo com o operacional da sua empresa, mas essa não é a atitude mais recomendada. Por isso, analise qual papel pretende assumir nesse processo. Se escolher estar à frente da franqueadora, por exemplo, será responsável pelo crescimento e suporte da rede. Por isso, mesmo estando no início da expansão, será difícil você garantir a qualidade da gestão na sua unidade enquanto precisa cuidar do investimento em marketing, entrevistas com franqueados, implantação de unidades e retirada de dúvidas. Como poderei validar a expansão? – Uma boa forma de fazer isso é estruturando uma operação modelo, pois assim você poderá dar mais segurança ao seu investidor. Ao optar pelo modelo de franquia, o ideal é você montar uma unidade com todo o layout padrão, funcionando como franquia e servindo como treinamento. Você pode estruturar esse modelo como uma unidade própria ou em parceria com algum conhecido ou franqueado, que tenha o perfil ideal para operar a franquia. Nesse caso, é recomendado você contribuir com parte do investimento inicial ou diminuir os custos para o franqueado por meio da taxa de franquia ou royalties. Tendo em mente todas as questões abordadas, sem dúvida, você estará muito mais preparado(a) para iniciar a expansão da sua marca. Além de pensar em fatores financeiros, se dedique muito aos operacionais. Inove, busque novas formas de gestão, realize treinamentos. Enfim, invista sempre no que for melhor para o seu negócio. (Fonte: Alex Vigatto Silva é economista e especialista na área de planejamento financeiro e estratégico de negócios, com experiência em mais de 100 projetos de franquias e varejo. É sócio administrador da GOAKIRA Consultoria Empresarial). Quatro Importantes Tendências para o Mercado de Trabalho em 2017Antonio Loureiro (*) Há alguns dias estávamos prestes a deixar para trás um dos anos mais difíceis dos últimos tempos. 2016 tirou o sono; o emprego e a paz de muitas pessoas, e apesar de termos sobrevivido, ainda há muito a fazer para retomar o que ficou estagnado e até um pouco perdido nos 365 dias do ano passado Mesmo assim, nem tudo foram trevas, 2016 foi, sem dúvida, o ano em que a corrupção do nosso país levou um grande tombo, investigações atingiram seu ápice e cada vez mais máscaras têm caído e o povo cobrado; outro grande evento foram os Jogos Olímpicos, já que, ainda que com ressalvas, mostrou que estamos aptos a receber e a suportar esse tipo de acontecimento. Claro que não poderíamos esquecer do polêmico impeachment de Dilma Roussef, o segundo no Brasil, e, mundialmente falando, a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Depois de tantos eventos fica a lição, segundo Mario de Andrade, “o passado é para refletir, não para repetir”. O que aprendemos com 2016 foi muito valioso, é chegada a hora de se atentar a cada lição, especialmente em um dos campos mais afetados por toda a crise, o do mercado de trabalho e da gestão de pessoas. Com tudo o que 2016 nos ensinou, o que esperar de 2017? Aproveitamento internacional de talentos Empresas globais têm olhando cada vez mais atentamente para seus talentos, a estratégia delas é identificar o melhor, independentemente do local em que se encontrem, e transferi-lo para um centro de desenvolvimento e inovação. Tais experiências podem ter prazo ou serem permanentes, mas no fundo, o que essas organizações buscam é garantir que o conhecimento do negócio não se perca, e criar um time diverso e expert na sua área de atuação. E cuidado para não cair no discurso de ‘barreiras culturais’, isso vai totalmente contra o pensamento dessas empresas, as quais vale lembrar, movimentam economias e geram riquezas, ou seja, seu papel é muito importante dentro dos países e Estados. Esse movimento começou há algum tempo, e tende, sem dúvida, ser reforçado esse ano, o que pode gerar, a longo prazo, problemas para economias ainda em desenvolvimento. Alemanha e Estados Unidos são, por exemplo, grandes potências no que diz respeito à importação de talentos. O fato é que, caso não se atentem para as promoções dos seus cidadãos, países como Brasil, Argentina, México, África do Sul e Índia, correm o risco de se tornar espectadores desse novo desenvolvimento e vão sofrer as consequências, cada vez mais nos tornaremos consumidores do que é produzido lá fora. Diversidade Seguindo a ideia do aproveitamento internacional de talentos, a diversidade é também um movimento-chave para o mercado de trabalho em 2017. As ações corporativas que buscam integrar homens e mulheres – além da diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, idade, deficiência – no mesmo time, ganharão ainda mais força esse ano, e apesar de estarmos há uma boa distância do mundo ideal, as organizações que já seguem essa onda estão, com toda a certeza, à frente e já colhem bons frutos pela escolha. As organizações precisam perceber que a diversidade dá acesso a informações que permitem criar e desenvolver melhor seus produtos, além de também compreender entender melhor outras culturas. Human Cloud Outro caminho que o mercado tem tomado é o do chamado ‘human cloud’, isso acontece quando profissionais independentes são contratados por projeto ou por tarefas e comandados remotamente. Por exemplo, um programador que atua em um projeto específico no Brasil, pode ser gerenciado por um coordenador que trabalha na Suíça, talvez na sede da empresa. A tendência indica cada vez mais o uso conhecimento de profissionais por meio de iniciativas não tradicionais. E ATENÇÃO, não confunda com o gig economy, outra importante direção do mercado, mas que endereça tudo o que é viabilizado por meio da tecnologia. No sentido do human cloud, as hierarquias estão ultrapassando continentes, mas ainda assim não mudando a relação de poder entre líder e liderado. Para se ter uma ideia, em 2015 o Staffing Industry Analysts já havia feito uma pesquisa sobre o tema, mostrando que companhias globais já tinham gasto entre U$ 2,8 bilhões e U$ 3,7 bilhões com mão de obra sob demanda. O movimento vai continuar e se intensificar. Atualização da mão de obra humana Sabemos que cada vez mais a computação cognitiva e a robótica têm tomado seu lugar no mercado, e ainda que muito se fale sobre a possibilidade desses robôs ocuparem ou não o lugar dos humanos, é preciso estar atento à necessidade de atualização constante que nós, humanos, precisaremos realizar. Pois uma vez que tais robôs são dedicados a atividades repetitivas, cabe a nós, buscar nos estudos a atualização que vai nos diferenciar dessas máquinas, incitar a criatividade e a inovação será mandatório num próximo – e não tão longe – momento. O mundo está mudando, e não apenas por meio da tecnologia, mas o mercado de trabalho acompanha esse fluxo e tende a trazer grandes novidades. A responsabilidade agora fica por parte das organizações, pois as que ainda não perceberam essa necessidade, podem perder e muito no caminho. (*) É sócio-fundador da Conquest One, consultoria brasileira de TI com atuação em Outsourcing e Hunting.
|