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Tecnologia 26/09/2017

em Tecnologia
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
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Você está cuidando bem (dos dados) do seu cliente?

Grandes redes varejistas, pequenos empresários, prestadores de serviço, e mesmo as pessoas comuns se aproveitam das vantagens da Internet para o comércio

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Marcus Almeida (*)

É possível alcançar clientes geograficamente distantes e oferecer a comodidade da compra em qualquer horário. Para atrair o cliente e garantir o sucesso da loja on-line as estratégias usadas são diversas: produtos exclusivos, artigos feitos sob demanda, disponibilidade de estoque, preços atrativos, canais de comunicação, um site bonito e fácil de navegar, pagamento facilitado, entre outros. Todos querem oferecer a melhor experiência possível para o cliente.

No entanto, existem outras questões fundamentais para todos os que mantêm um site de compras na internet: O seu site é seguro? As transações são criptografadas? Os pagamentos são monitorados? Você sabe onde os dados estão armazenados? O que aconteceria se o seu banco de dados fosse atacado e cibercriminosos tivessem acesso aos dados dos seus clientes?

Informações como logins e senhas usadas em sites de e-commerce, assim como números de cartões de crédito, são muito valiosos para os cibercriminosos. Essas informações são vendidas na dark web e podem render um bom dinheiro a quem conseguir roubá-los. Em posse dessas informações, os criminosos podem clonar cartões de crédito e efetuar compras usando os dados de outras pessoas. Por esse motivo as redes de varejo e os sites de compras são alvos constantes de ciberataques.

Atualmente é bastante fácil criar um e-commerce, qualquer pessoa pode contratar o serviço de uma plataforma e iniciar sua loja virtual. Existem até mesmo ferramentas gratuitas para isso. Somado a isso, temos o costume de achar que se contratamos um serviço de tecnologia ele deve se responsabilizar por tudo. Mas isso não é verdade. O dado da empresa é responsabilidade da empresa e não de quem o está armazenando. A plataforma ou software que você contrata é responsável por manter a estrutura em funcionamento, mas os dados que trafegam por lá precisam ser devidamente protegidos.

Ao optar por comprar em determinada loja o cliente está confiando no fornecedor e, se souber que os seus dados foram roubados e usados em fraudes, jamais voltará a fazer negócio com a empresa, seja ela pequena ou grande. Um grave incidente cibernético pode afetar a reputação da empresa de forma irreversível.

Na União Europeia está sendo criada uma nova regulamentação que irá mudar a forma como as empresas lidam com os dados dos clientes. Dentre outras mudanças, as empresas serão responsabilizadas e terão que arcar com as consequências caso não protejam os dados dos usuários de forma apropriada e venham a sofrer ataques. Isso também afetará os países que têm ligações comerciais com a União Europeia.

Novas regras de mercado relacionadas à segurança dos dados do consumidor são necessárias e não tardarão a chegarem por aqui também. Com o constante aumento de ataques cibernéticos, em breve, a segurança dos dados vai se tornar uma vantagem competitiva para o varejo. Só quem estiver de acordo com as normas e oferecer transações realmente seguras para os clientes conseguirá seguir em frente.

O varejista precisa entender que ele também é responsável pelos dados dos seus clientes e, além de uma loja virtual eficiente, precisa oferecer um ambiente realmente seguro para não ser responsabilizado pelas perdas.

(*) É gerente de Inside Sales & SMB da McAfee.

Mais de 120 mil profissionais usam aplicativos para encontrar clientes em São Paulo

GetNinjas temproario

O tempo anda cada vez mais escasso para todo mundo. O conforto e a comodidade que startups, por meio de plataformas delivery, oferecem com serviços essenciais são boas saídas para unir o útil ao agradável. Afinal, quem não gosta da praticidade de contratar um serviço em apenas alguns cliques? No estado de São Paulo, o GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do Brasil, está cada vez mais inserida na realidade do profissional autônomo.
A empresa reúne, em um mesmo ambiente, mais de 250 mil profissionais cadastrados em mais de 200 tipos de serviços em todo país, entre eles: encanador, pedreiro, eletricista, jardineiro, personal trainer, diarista, professores particulares, cabeleireiros, enfermeiros, churrasqueiro, entre outros. Pelo GetNinjas, o cliente descreve o serviço e prazo que precisa e recebe o retorno de até três profissionais, que por sua vez, fazem o contato direto com o interessado, fechando a contratação do serviço por telefone ou Whatsapp.
No estado de São Paulo, os serviços mais solicitados são de assistência técnica, aulas, reformas e reparos, eventos, serviços domésticos e moda e beleza. Dos serviços realizados, 38% são feitos por mulheres e 62% por homens. A maioria dos paulistas cadastrados, cerca de 53%, têm entre 18 e 34 anos; 41%, de 34 a 54 anos e 6% de 44 a 65 anos (vide gráfico).
Os hábitos de consumo passaram a estar diretamente ligados à internet. Em São Paulo, 89% do acesso à rede é feito via celular e 11% por desktop ou notebook. Outros dados que ganham destaque, 72% dos profissionais cadastrados na base do GetNinjas, que atendem no estado paulista, possuem ensino superior completo, 7% pós-graduação e apenas 24% estão solteiros.
Por meio do perfil do profissional no GetNinjas, os clientes têm acesso às avaliações realizadas de atendimentos anteriores para identificar o profissional mais adequado à sua necessidade. Além disso, os profissionais passam por uma verificação de seus documentos, medida de segurança adotada para manutenção de uma base de profissionais confiáveis. Com o recurso de geolocalização do aplicativo, o profissional tem a facilidade de atender diversos clientes em um mesmo bairro ou bairros próximos em um mesmo dia, já que a plataforma tem uma delimitação geográfica de acordo com a necessidade do profissional, o que acaba diminuindo o custo de sua operação, com deslocamento, por exemplo.
Com a crise econômica do Brasil, o GetNinjas se tornou uma excelente alternativa para os profissionais que querem, além de flexibilidade na rotina, aumentar sua renda e a liquidez do seu negócio.

Futuro do transporte: carros autônomos voadores mais próximos da realidade

projeto-de temproario

Os carros autônomos ainda nem tomaram conta das ruas e já estão chegando no céu. A velocidade com que a tecnologia tem caminhado é, muitas vezes, surpreendente. A Udacity, conhecida como a Universidade do Vale do Silício, fundada por Sebastian Thrun, uma das maiores autoridades em robótica e inteligência artificial do mundo, tem como missão acompanhar essa velocidade e, por isso, está anunciando o primeiro curso de carro autônomo voador no mundo.
Muitas empresas já estão investindo fortemente nessa tecnologia. Foi divulgado recentemente que a Toyota planeja estrear seu carro voador na Olimpíadas de 2020. Um artigo do The Economist também abordou o assunto, ao falar sobre “táxis autônomos voadores”, observando que as empresas, incluindo a Airbus, Uber e Kitty Hawk, estão trabalhando nessa tecnologia.
“Estou convencido de que, no futuro, a maioria do transporte acontecerá pelo ar. Em poucos anos, carros voadores serão um dos assuntos mais quentes no mundo”, anuncia Thrun. O objetivo deste novo Nanodegree – como são chamados os cursos da Udacity – é formar a geração de profissionais que construirá o transporte de amanhã.
O currículo do curso está sendo desenvolvido com grandes referências na área aeroespacial, dentre eles Nicholas Roy, fundador do Project Wing do Google X e Professor de Aeronáutica e Astronáutica do MIT. Raffaello D’Andrea, Angela Schoellig, e o próprio Sebastian Thrun são outros nomes envolvidos. A primeira turma tem início em 2018.
Carros autônomos para todos
Enquanto os carros autônomos voadores estão em fase de pesquisa e desenvolvimento de protótipos, os carros autônomos terrestres já estão sendo construídos no mundo todo. Visando diminuir a barreira de entrada de novos profissionais neste segmento, a Udacity também anunciou um segundo curso na área: o Nanodegree Introdução a Carros Autônomos. Ele permite que qualquer pessoa com experiência de programação mínima vivencie as emoções de construir os carros do futuro.
No mundo, a Udacity já possui mais de 10 mil estudantes na área de carros autônomos. Destes, 60 já conseguiram um emprego em grandes companhias como BMW, NVIDIA, Lockheed e Bosch.
Alexandre Nogueira é um dos brasileiros a realizar esse programa e avalia que a complexidade do tema não deve ser um impeditivo para alguém iniciar seus estudos na área. “A mistura da teoria com a prática do curso foi muito enriquecedora. Com isso, a Udacity conseguiu tornar algo que parece tão complexo, como um carro autônomo, em algo simples”, afirma.
A inscrição para o Nanodegree Introdução a Carros Autônomos já está aberta e pode ser feita no site. http://bit.ly/2hihR3V]

Tudo o que é sólido desmancha no ar…

Mauro Herson (*)

Ninguém tem dúvidas que o ambiente corporativo está cada vez mais “mutável”, seja por conta do advento de novas tecnologias, seja pelas mudanças comportamentais das novas gerações

Embora a célebre frase: “Tudo o que é sólido desmancha no ar” tenha sido cunhada por Marx há 150 anos, sua atualidade continua indiscutível. Neste cenário dinâmico, parece contraditório, ou mesmo extremamente temerário, que hoje em dia a área de RH, responsável pela gestão de pessoas, passe ao largo de refletir sobre o futuro. Isto é, gerenciar os riscos, identificando, analisando, avaliando, tratando e comunicando – o que pode atrapalhar (ameaças), ou mesmo ajudar (oportunidades).
Normalmente, riscos são associados ao setor Financeiro (bancos, seguradoras, empresas de crédito), à área de Engenharia (projetos), à área hospitalar ou mesmo ao Comércio (conjuntura econômica). Usualmente, a Gestão de Risco é aplicada onde o risco para o capital é mais evidente. Embora exista uma linha tênue entre a área de Recursos Humanos e o capital, é fato que o setor embute riscos que podem causar relevantes ônus financeiros às organizações, tanto direta quanto indiretamente (custo de imagem, por exemplo).
Na área de Remuneração em RH há sempre o risco de aumento de custos decorrentes de exigência dos sindicatos e negociações coletivas. Já no gerenciamento de Folha, alguns riscos parecem, de forma equivocada, que não se refletem em prejuízos financeiros, como o da contratação de funcionários sem as atribuições adequadas à função; a possibilidade de autuação pelo Ministério de Trabalho; o recebimento de reclamações trabalhistas; e a terceirização de mão de obra em atividades-fim (terceirização ilícita) etc. O não gerenciamento adequado destes riscos pode causar despesas não previstas e elevadas como demissão/recolocação de pessoal, pagamento de multas e custos advocatícios, isso sem levar em conta a quantidade de homens/hora despendido para estas tarefas em detrimento de outras mais eficazes à organização.
No gerenciamento das relações trabalhistas e sindicais, salta aos olhos o risco do passivo trabalhista no caso de descumprimento da lei. Uma gestão adequada pode reduzir, através da definição e cumprimento de uma pauta adequada de ações (acordos coletivos diretos entre empresa e sindicato, busca de diálogo permanente com os sindicatos de classe, busca de avaliação e apoio jurídico, dentre outras ações) as ameaças. Quanto à Segurança e Medicina do Trabalho, as vantagens em gerenciar adequadamente riscos relacionados a acidentes de trabalho se traduzem em menor custo, melhor qualidade de vida para os colaboradores e maior disponibilidade de pessoal.
Em Recrutamento & Seleção, o custo da organização pode ser elevadíssimo caso seja contratado um colaborador que não tenha aderência ao código de Ética/Conduta da empresa, com reflexo em condenações e multas que podem chegar a atingir 20% do faturamento de acordo com a Lei Anticorrupção, por exemplo.
Não escolher corretamente um candidato, tanto internamente quanto externamente, expõe uma empresa a riscos que devem ser gerenciados, com acompanhamento constante e definições de ações (por exemplo: explicitar ao candidato o novo ambiente de compliance que este irá encontrar, identificar nas entrevistas se o candidato possui perfil comportamental aderente à cultura da organização ou identificar pelo currículo os ambiente éticos anteriores) que mitiguem a possibilidade de ocorrência do problema. Já em treinamento, um dos riscos a ser monitorado é o da perda do investimento realizado em capacitação, em virtude do desligamento de um colaborador (neste caso a implantação de cláusulas de multa seria uma das ações possíveis para enfrentar esse risco).
Uma faceta pouco considerada pelos executivos gestores de RH é a relevância dessas avaliações de risco para embasar discussão de orçamento da área. Não ter recursos humanos suficientes e/ou devidamente capacitados para lidar com o amplo universo de objetivos a serem atingidos, pode refletir em aumento substancial de valores a serem aportados para correção dos problemas. Trazer à pauta um correto mapeamento dos riscos constitui, portanto, tarefa imprescindível do gestor.
A grande variedade de temas que o RH abrange e o fato de ser um intenso interlocutor entre vários agentes da organização, impõe à área a responsabilidade de olhar o futuro. Se esta tarefa é relevante ao próprio gestor da área como instrumento para discussão orçamentária, cabe à organização cumprir o papel de periodicamente cobrar que a área apresente, de forma transparente, seu mapa de riscos, as ações que estão planejadas e sendo executadas para mitigar os danos decorrentes de incidentes negativos, assim como aquelas previstas para aproveitamento de oportunidades (por exemplo, simplificação na legislação trabalhista, novas soluções tecnológicas de gestão de desempenho).
Neste mundo onde a constância é a mudança, uma coisa é certa: é preciso antecipar o futuro e estar preparado para ameaças conhecidas e desconhecidas­.

(*) É sócio-fundador da RSI Redes (www.rsiredes.com.br).