Mad Max: será esse o futuro da internet?A expansão da internet decorrente do aumento vertiginoso de usuários que acessam a rede em todas as partes do mundo, utilizando uma infinidade de aplicativos para a solução dos problemas mais triviais aos mais complexos, inauguraram uma nova etapa na história da humanidade. Nela, ninguém é capaz de prever sequer as cenas do próximo capítulo, dada a complexidade do enredo, do contexto e da abrangência dos interesses envolvidos Dane Avanzi (*) Nesse tabuleiro de xadrez, o internauta ocupa várias posições. Ao mesmo tempo em que é Rei e Rainha (enquanto consumidor) na seara do ecossistema dos gigantes da tecnologia, bancos e startups, é também um mero peão, quando o assunto se trata da proteção de direitos conquistados ao longo dos séculos. O principal deles, a garantia da privacidade, hoje relegada a um plano secundário pelas empresas do ecossistema que não estão suficientemente estruturadas para garantir um ambiente saudável e seguro aos internautas, bem como pelos governos (porque a jurisdição da internet é global). Segundo pesquisa da Grant Thornton, renomada consultoria internacional de auditoria contábil e fiscal, ataques cibernéticos estão causando graves prejuízos às empresas do mundo todo, a um custo global estimado em pelo menos US$ 315 bilhões, nos últimos 12 meses. A pesquisa realizada com mais de 2.500 líderes empresariais, em 35 economias, diz que mais de uma em cada seis companhias pesquisadas foi alvo de um ataque cibernético no ano passado. Indícios de que “há algo de podre no reino da Dinamarca”, parafraseando Monteiro Lobato, vieram do Tribunal de Justiça da União Européia que anulou, no início deste mês, uma série de regras necessárias ao funcionamento de aproximadamente 4.500 empresas que possuem base de dados de seus clientes arquivados fora das fronteiras da União Européia, nos EUA, por exemplo. Considerando que muitos desses dados são relativos a privacidade de seus cidadãos, um novo ordenamento jurídico está sendo elaborado e, possivelmente, estará em vigor ano que vem. Aqui no Brasil, o Marco Civil da Internet aguarda regulamentação sobre como serão feitas a guarda de dados relativas aos acessos da internet de seus usuários. Como qualquer outra nação muito há para ser definido, mas pouco se debate sobre as questões estruturais da internet. Cabe aqui um parenteses, de que a internet é um fenômeno relativamente novo, possui no Brasil pouco mais de 20 anos e sua expansão ocorreu a margem de mecanismos legais e em paralelo com a imersão de uma nova sociedade, a Sociedade da Informação. Esta nova sociedade estabeleceu um novo sistema de relações entre as pessoas. Criou novos serviços e tem vida própria, alheia a formalidades do mundo jurídico. Em face disso, a pergunta que não quer calar é: como o Estado brasileiro pretende lidar com as questões que envolvam a privacidade de seus cidadãos? Quais ações práticas estão sendo tomadas para a proteção da privacidade das pessoas e das empresas? E quanto a Cyber security, quais boas práticas o governo está implementando? A Justiça da União Européia dá sinais de preocupação, ao rever um acordo firmado desde o ano 2000, e sinaliza que algo deve ser feito pensando no futuro. Como Jurista entendo que a questão da informação hoje abrange o âmbito pessoal, empresarial e também governamental, e deve ser percebida como vital, em razão da alta relevância e estratégia para a soberania do Estado. Tais questões envolvem um duplo desafio. Elencar prioridades e ações de cybersecurity e de garantia a privacidade dos internautas brasileiros, que concomitantemente estejam em ressonância com boas práticas globais, que possibilitem a interface com políticas congruentes desenvolvidas em outros blocos político-econômicos e outros Estados. Caso esse tema não seja priorizado, pelo Brasil e outros países, e tratado em um fórum neutro que estimule a criação de normas de conduta globais que disciplinem as empresas da internet, Estados e internautas, prevalecerá o vale tudo e a insegurança na internet crescerá proporcionalmente a sua expansão. Haverá um “Mel Gibson” para nós salvar? (*) É advogado, empresário de telecomunicações e presidente da Aerbras – Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil. A melhor proteção mobile do Brasil, segundo a AV-TESTO PSafe Total Android, aplicativo de segurança mobile da PSafe, atingiu a pontuação máxima nos testes realizados com malwares pela AV-TEST – maior entidade certificadora de apps de segurança do mundo. Durante o processo de avaliação, ocorrido entre agosto e outubro, foram testadas mais de 7 mil amostras de arquivos. | Novo aplicativo facilita o uso do transporte público e funciona offlineAcaba de chegar nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, o TRAFI, o mais completo aplicativo de suporte ao usuário de transporte público do mundo. Além de possuir a mais atualizada malha de transporte das duas capitais, a ferramenta é a primeira deste segmento a oferecer o serviço em modo off-line. Criado inicialmente como um site por um grupo de estudantes de diversos países da Europa, e com investimento em torno de 6.5 milhões de euros, o TRAFI está presente na Turquia, Rússia, Lituânia, Letônia e Estônia. O Brasil é o primeiro país de fora do Velho Continente a receber o aplicativo, graças às novas políticas públicas aplicadas nas grandes cidades brasileiras, que chamaram a atenção dos criadores da ferramenta. Reputação – a moeda do futuroTatiana Pezoa (*) A Reputação sim será a moeda de maior valor no futuro Dólar! Sim essa palavra tem assustado bastante e causado estragos na economia brasileira. Existem outras formas de pagamento, como o euro, iene, dólar neozelandês e até mesmo o Bitcoin – moeda virtual. Mas qual dessas será a moeda de maior valor no – futuro? Eu digo que a resposta é simples: nenhuma delas! A Reputação sim será a moeda de maior valor no futuro. Isso é ainda mais relevante no nosso meio digital. Vivemos na era da conectividade, porém, em um mar de e-commerces que oferecem produtos e serviços online, a reputação de cada uma delas passou a ser a principal moeda na hora de conquistar um cliente. Hoje, com o avanço tecnológico, coisas que antes eram possíveis de transferir apenas no mundo real – sinceridade é uma delas! – passaram a ser possíveis também aos consumidores no mundo virtual. No varejo físico, o fato dos consumidores terem um contato real com o produto e o vendedor, aliados a poderem experimentar, manusear e até mesmo testar um produto, sempre foram diferenciais que garantiram o sucesso e a preferência da compra. E de uma década para cá no e-commerce também: a presença de reviews e recomendações de consumidores reais, que verdadeiramente passaram pela experiência de compra de um produto, fazem as vezes dos vendedores, trazendo o que era intangível (opiniões, reputação e sinceridade) em algo muito mais tangível e, porque não dizer, necessário. (*) É CEO da Trustvox, certificadora de reviews online e vencedora do prêmio Ecommerce Brasil de Inovação 2015. |
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