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Tecnologia 23/07/2019

em Tecnologia
segunda-feira, 22 de julho de 2019
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Não se preocupe, a Inteligência Artificial não vai tirar o seu emprego

Os humanos nunca se tornarão obsoletos porque a nossa mente criativa é diferente da mente acionada por algoritmos

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Montagem: TudoCelular.com

Shawn Rogers (*)

Para a maioria, a Inteligência Artificial (IA) e a influência que ela exerce sobre a força de trabalho humana é um tema altamente controverso. Muito tem sido escrito sobre este assunto ao longo dos últimos anos e é possível identificar duas escolas de pensamento: a favor ou contra o uso dessa tecnologia. No entanto, na Pesquisa de Inovação 2018 TIBCO CXO, promovida pela TIBCO, os executivos entrevistados concordam que o elemento humano proporciona a fundação para o sucesso da IA.
A IA encontrou seu espaço em empresas de diversos setores contribuindo para aumentar receitas, serviços e muito mais. Enquanto esta tecnologia está se tornando cada vez mais difundida, o elemento humano continuará sendo importante. A pesquisa descobriu que posições de trabalho baseadas em atividades repetitivas e não criativas serão complementadas por tecnologias de inteligência artificial (pense em carros sem motorista, por exemplo).
No best-seller listado pelo New York Times, “Uma Mente Inteira”, o autor Daniel Pink discute por que as pessoas orientadas pelo lado direito do cérebro irão dominar o futuro em meio à era da automação. A chave para a sobrevivência serão os traços inerentemente humanos que as pessoas com essa característica contam, como criatividade, empatia e predominância de significado. Em outras palavras, à medida que a tecnologia da IA avança, os seres humanos continuarão a desempenhar um papel significativo em agregar valor à tecnologia no que se refere a seus empregos.
Enquanto muitas empresas estão explorando a Inteligência Artificial e o Machine Learning, outras tantas não estão muito preocupadas com o que acontecerá do ponto de vista do trabalho. Dos mais de 600 entrevistados na pesquisa, apenas 9% acham que a IA causaria perda significativa de emprego. Por outro lado, 27% acreditam que isso levaria a um crescimento significativo de empregos.
A pesquisa trouxe outras respostas. Em torno de 37% dos entrevistados acham que a IA impactará em algum crescimento no emprego, cerca de 18% dizem que a perda de emprego será equilibrada pelo crescimento do emprego e cerca de 9% acham que a IA causará alguma perda de emprego.
Então, o que está causando a resistência à IA quando se trata de nossos empregos? Medo. Há um fator de medo em torno da inteligência artificial e do aprendizado de máquinas que faz com que as pessoas reajam de forma apreensiva quando se trata de seus empregos. Pesquisadores estão estudando isso, mas o que pode ser concluído até agora é que, a longo prazo, a IA criará empregos, e não os destruirá.
Resumindo, os humanos e a IA se combinam para fazer a máquina decisória definitiva. Os humanos nunca se tornarão obsoletos; a mente criativa de um humano é diferente da mente acionada por algoritmos. Isso levará a uma melhor percepção. Além disso, o uso adequado da AI para tarefas mais simples libera as pessoas para serem mais criativas. E às vezes, a IA pode realizar essas tarefas rotineiras e repetitivas de maneira melhor e mais eficiente do que os humanos.
Precisamos usar a IA para nos ajudar, não para nos atrapalhar. Sua adaptação no trabalho não deve trazer medo, mas sim uma oportunidade de mudar para melhor. Com a implementação adequada da inteligência artificial, as empresas podem atender melhor às demandas dos clientes, aos objetivos de negócios e às metas, melhor do que nunca.
Quando se trata do futuro do trabalho e do surgimento da IA, não temos nada com o que nos preocupar. Se houver alguma coisa, o foco deve ser mais na curva de aprendizado sobre como trabalhar com inteligência artificial do que no medo de que isso elimine nossos empregos. Trabalhar a favor da AI em vez de contra pode nos levar a várias oportunidades criativas que de outra forma não teríamos.

(*) É Diretor de Estratégia para Analytics da TIBCO


A nuvem passageira de um mundo híbrido

Será que vai chover no final de semana? É só dar uma olhada na nuvem! Mas não precisa ir à janela para ver o céu. É na nuvem computacional, cuja capacidade é tamanha a ponto de permitir, dentre milhões de outras coisas, previsões meteorológicas cada vez mais assertivas e de locais mais distantes.
A maioria das pessoas que utiliza computadores e smartphones tem uma visão pessoal das finalidades para as quais desejam se utilizar da nuvem. Utilidades tais como armazenar fotos e arquivos, usar softwares, assistir a filmes e séries, utilizar bancos digitais e muitas outras novas integrações que surgem todos os dias para contribuir com a nossa rotina.
Empresas e instituições também se beneficiam muito do armazenamento em nuvem. Basta comparar a nuvem pública com um hotel, por exemplo. Paga-se pela utilização do serviço sem ter qualquer preocupação com manutenção da infraestrutura, pessoal, fornecedores e todo o resto.
Uma realidade cada dia mais latente no nicho corporativo nacional, já que, segundo o estudo “Desempenho Global sobre Computação em Nuvem”, feito pela BSA The Software Alliance mostra um salto do Brasil entre os 24 países que lideram o mercado de Tecnologia da Informação no planeta. O país, que estava na 22ª colocação em 2016, terminou 2018 em 18º lugar. Não é para menos. Pesquisa da Frost&Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, aponta que 41% das empresas brasileiras já investem em algum modelo de cloud computing e outras 42% devem investir até o final de 2019.
No cenário corporativo, a primeira fase da computação em nuvem trouxe a possibilidade de utilizarmos capacidade computacional de outro local, pagando pelo consumo. Isso mudou positivamente a dinâmica para todos, sejam clientes ou fornecedores diretos e indiretos. Mas nem tudo são flores. Uma das belezas do mundo corporativo é que cada empresa tem sua própria impressão digital, suas peculiaridades e, justamente por isso, a adoção da nuvem pública nem sempre é fácil, adequada ou sequer possível.
Pensou-se, então, em infraestruturas híbridas, onde era possível mover o que era adequado para nuvens públicas e, ainda assim, manter outra parte dentro das empresas. Esse cenário mostrou-se interessante, pois ao mesmo tempo que impulsionava a adoção da nuvem pública, permitia ao negócio determinar com liberdade e conforto o que não deveria sair de “dentro de casa”.
Agora, estamos avançando para outra fase. A nova geração da computação híbrida fornece serviços de infraestrutura que entregam planejamento e capacidade computacional sob demanda, combinando a agilidade e gestão de infraestrutura da nuvem pública com a segurança e o desempenho da infraestrutura local. Ou seja, dentro das empresas.
Na prática, os fornecedores irão avaliar e traçar uma previsão de carga computacional e, ao inserir na companhia os equipamentos necessários, monitorá-la e gerenciá-la. E terão disponível, inclusive, capacidade expansível para consumo por crescimento, cobrada como excedente. Esse modelo endereça vários pontos da clássica discussão sobre “investimento em infraestrutura local versus utilização”, além de trazer conforto para empresas que não querem ver todas as suas informações armazenadas fora de suas estruturas.
O fato inegável é que a computação, hoje, caminha cada vez mais orientada aos ambientes híbridos, em diversos sabores, combinações e proporções. Na era do Big Data, as tecnologias emergentes que estão entrando no mercado (como computação executada em memória – Memory Driven Computing -, computação quântica, processadores neuromórficos e redes hiper-rápidas) contribuem para ampliar cada vez mais o leque de opções em um futuro cada vez mais híbrido em todos os aspectos de nossa vida, corpo e dia a dia.

(Fonte: Ricardo Becker é empresário da área de tecnologia, nascido na cidade de Cuiabá, formado pela Universidade Federal de Mato Grosso em Ciências da Computação, especialista em Continuidade de Negócios e Recuperação de Desastres e CEO do Grupo Becker).

Maior feira científica do País recebe projetos de incentivo à inovação industrial

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) está presente na 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até o dia 27 de julho, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. O evento reúne, por sete dias, acadêmicos, cientistas, estudantes, setores governamentais e diversas entidades debatendo o que há de mais novo nos avanços da ciência. O tema deste ano é ”Ciência e Inovação nas Fronteiras da Bioeconomia, da Diversidade e do Desenvolvimento Social”.
O Diretor-Presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães, participará de uma mesa redonda, na próxima quarta-feira (24), onde explicará o modelo de negócio da organização e o papel desempenhado no incentivo à inovação nas indústrias brasileiras, aumentando a sua capacidade produtiva e competitiva. Já são mais de 700 projetos apoiados pela instituição.
Os participantes têm a oportunidade de conhecer durante o evento dois destes projetos. O primeiro, trata-se do desenvolvimento de um novo processo produtivo para o cultivo e fermentação de bactérias voltado à produção de queijos finos. A demanda veio de uma empresa da indústria de laticínio como uma oportunidade de negócio, pois percebeu a falta de insumos de boa qualidade para produção em larga escala e decidiu inovar com o apoio da EMBRAPII. A Unidade EMBRAPII ISI Biomassa entrou com o conhecimento em microbiologia de seus pesquisadores para a viabilização da proposta.
O segundo projeto é um sensor customizado para identificação de pragas em lavoura de soja desenvolvido pela Unidade EMBRAPII IF Goiano. A tecnologia utiliza imagens áreas e conta com banco de dados e Inteligência Artificial para recomendação de manejo, o que permite redução de custos e aumento a eficiência na produção.