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Tecnologia 22/03/2016

em Tecnologia
segunda-feira, 21 de março de 2016

O papel da segurança da informação na transformação digital

Há anos a tecnologia vem mudando a relação entre consumidores e fornecedores. Não é raro encontrar pessoas que já preferem realizar serviços como pagar uma conta, chamar um táxi ou pedir uma pizza via aplicativo do que pelo telefone ou pessoalmente; e este comportamento só tende a aumentar. Em poucos anos a tecnologia irá transformar nossa forma de estudar, ir ao médico, se locomover, etc. Estamos todos vivendo a transformação digital

Transforma temporario

Márcio Kanamaru (*)

As mudanças são rápidas e as empresas de todos os setores estão sendo pressionadas a se reposicionarem para garantirem um espaço no mercado. Cada vez mais empresas inovadoras surgem, despertam a curiosidade do público e, em pouco tempo, tornam-se concorrentes vorazes, abocanhando os clientes das empresas com modelos mais tradicionais.

O processo de transformação digital, no entanto, não se resume apenas a aquisição de novas tecnologias, são necessários novos processos, novos modelos de negócios, novas experiências para o cliente através de um amplo ecossistema com capacidades de agregar valor ao seu negócio. É preciso inovação. Mas como garantir a segurança da informação quando boa parte do mercado se tornar digital?

Os ataques cibernéticos estão em constante crescimento e são cada vez mais sofisticados. De acordo com o último relatório do McAfee Labs, são descobertas 327 novas ameaças por minuto, ou mais de cinco por segundo. Roubo de dados corporativos e informações sobre clientes são os principais alvos dos cibercriminosos, que criam através destas ações a 28ª economia mundial ou algo em torno de US$ 600 bilhões anualmente.

Os investimentos em inovação realizados nas empresas dificilmente tem como foco a segurança, mas qualquer inovação traz consigo o desafio da segurança. A verdade é que nenhuma empresa quer ser notícia quando o assunto é falha na segurança, vazamento de dados ou indisponibilidade de serviços.

É preciso pensar a segurança como parte fundamental do negócio e não como apenas um projeto da área de TI. A segurança é na verdade um habilitador do modelo de negócios, e é preciso enxergar a totalidade de riscos aos quais o negócio está exposto e criar um processo mais integrado e seguro.

As tendências de cloud computing, big data, mobilidade, internet das coisas, irão forçar grandes e bruscas mudanças no meio corporativo. No futuro, todas em empresas serão empresas de tecnologia, ou pelo menos precisarão ter a tecnologia inserida em seu modelo de negócio. A segurança da informação precisa ser incluída no processo desde o início e evoluir como parte fundamental do negócio.

(*) É diretor geral da Intel Security no Brasil.

Sete motivos para sua PME ter um ERP

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Os sistemas ERPs são muito conhecidos e usados em todo o tipo de empresa. Isso porque trata-se de uma ferramenta de utilidade global para toda a organização. Facilita processos diários e até mesmo os grandes processos do fim do mês, como checagem de estoque, pagamentos e cobranças para fornecedores e clientes, e ainda por cima pode dar conta de suavizar o trabalho na hora de obrigações fiscais complexas como o IR.
Entretanto, o custo limita o uso dos ERPs, em empresas de pequeno e médio porte. Não que sejam ferramentas absurdamente caras, longe disso, afinal existem diversos modelos e preços. Porém, ao olhar o custo de um novo software versus as anotações em cadernos e planilhas do Excel, o modo manual e sem custo geralmente ganha. Mas será que isso é o melhor para a empresa?
É simples. Para ganhar agilidade nos processos e destacar-se em um mercado competitivo, é preciso investir, e esse investimento vai sim ter um custo, mas é preciso olhar os benefícios e retornos vindos dessa situação.
É por isso que listei aqui, sete motivos para que sua PME invista em um ERP, ajudando você empreendedor a tomar uma decisão que te permitirá ter uma estrutura firme para suportar o crescimento e não sofrer com processos simples:
1. Controle das informações de forma centralizada: o ERP tem a capacidade de centralizar e cruzar dados de todos os setores da sua empresa, evitando retrabalhos, gasto de tempo em buscas e processos pouco eficientes, além de garantir que nenhuma informação se perca e que você pague caro por isso no futuro.
2. Gerenciamento controlado de alterações na operação: a empresa cresceu, novos processos e clientes foram adicionados às rotinas diárias. O que você faz? Cria novas planilhas com novas abas, linhas e colunas, tenta adequar um processo que já funcionava bem a novas necessidades, mas corre o risco de destruir anos de uma operação funcional, sem contar que as informações serão pobremente armazenadas, muitas vezes atrapalhando ao invés de ajudar. Haverá gasto de tempo à toa, retrabalho e perda de dados, a coisa mais valiosa da empresa.
3. Gerenciamento global: o ERP permite olhar a empresa de uma forma unificada. Isso dá a possibilidade de criar planejamentos, estratégias de negócios e enxergar gargalos produtivos, problemas administrativos e localizar falhas. Esse olhar permitirá tomar ações mais assertivas que salvarão a empresa de problemas, e direcionarão ela para o crescimento.
4. Eliminação do retrabalho para atualização unificada: pra que perder tempo redigitando informações repetidas várias vezes em planilhas de funções diferentes? E o pior, ter de atualizar status de negócios em cada uma delas? O ERP faz isso automaticamente e com muito mais segurança.
5. Possibilidades: Nos dias de hoje a tecnologia logo se torna obsoleta, empresas crescem e precisam de flexibilidade, e as estratégias devem levar em consideração o pensamento a longo prazo. O ERP sana todos esses problemas, pois tendo um software de confiança, com uma equipe engajada, o sistema será sempre melhorado, atualizado, com personalização para as novas necessidades que chegarem e te permitirá contar com uma operação eficiente mesmo em longo prazo.
6. Tempo: quanto tempo leva para seu funcionário compilar todos os dados de uma planilha para lhe passar uma informação importante e estratégica da sua empresa? Com um ERP você tem acesso em tempo real a relatórios e gráficos personalizados para a tomada de decisão. Processos demorados como levantamento de estoque ficam extremamente rápidos e simples com o apoio de um sistema.
7. Segurança: Nem preciso falar que o risco de ter tudo no papel é imenso né? Mas engana-se quem acha que um backup na planilha do Excel é 100% confiável. Perder dados por danificação de documentos pode ser uma dor de cabeça enorme para o empresário por isso a utilização de softwares especializados como ERPs são extremamente importantes pois existe uma infra estrutura complexa por traz do sistema o que garante que você tenha todos os dados que precisa a qualquer momento.
Isso mostra como um ERP pode fazer a diferença no presente e no futuro. Não deixe sua empresa estagnar por medo de investir. Com investimento nos lugares certos você consegue ser eficiente e ter um grande retorno.

(Fonte: Rafael Olmos é diretor de operações na Omiexperience, empresa desenvolvedora do Omie, o primeiro e único ERP parceiro do contador).

As Oportunidades Profissionais em um Ambiente em Constante Inovação

Matthew Gharegozlou (*)

Quem quer que observe de perto o avanço da digitalização irá concordar com a aposta em um crescimento expressivo da demanda de analistas de dados e profissionais com habilidades em desenvolvimento em todas as esferas de negócio

Em toda parte que se olha, é possível constatar que não apenas o ambiente empresarial está cada vez mais acelerado, mas também que o ciclo de vida das próprias inovações é cada vez mais curto. Num ritmo antes inimaginável, a última tendência tecnológica mais atual pode atingir a maturidade, saturação e obsolescência em questão de poucos meses ou semanas.
Assim, as empresas precisam mesmo ser muito ágeis. O suficiente para tirar o máximo partido desses avanços tecnológicos num velocidade compatível com a sua própria e volátil duração.
As mudanças dinâmicas não são típicas apenas da tecnologia, mas ocorre também com as habilidades que são exigidas da força de trabalho. A questão que hoje se coloca ao profissional de tecnologia não é a necessidade de que ele aprenda tudo e domine várias práticas de disciplinas de um uma vez para melhor se posicionar no mercado.
As empresas e seus colaboradores precisam mesmo é garantir que estão constantemente aprendendo e melhorando suas competências para atender às demandas cada vez mais dinâmicas e executar a chamada transformação digital que os negócios em geral começam a demandar e que estão prestes a se realizar em todos os segmentos.
Isso não é, de forma alguma, uma tarefa fácil. Com a tecnologia evoluindo ao nosso redor a uma velocidade sem precedentes, e com tendências digitais com as quais nem sonhamos ainda, o potencial é quase infinito.
Uma grande variedade de oportunidades de trabalho já está começando a emergir ou evoluir a partir de funções existentes, que se tornarão mais essenciais e procuradas. Estas incluem Analista de Dados, Desenvolvedores Web e Especialistas em Integração, como apenas alguns dos exemplos.

Especialistas mais Requisitados
Com o grande volume de dados presumivelmente presentes em uma empresa, e com os diferentes processos que serão necessários para organizá-los e utilizá-los de forma eficaz, uma série de especialistas passarão a ser demandados para fazê-lo.
Um exemplo seriam os especialistas em integração, aqueles que permitam assegurar que as soluções de dados e análise de uma variedade de fontes distintas possam ser integradas com sucesso em uma estratégia global de transformação.
Ambientes como a IoT e a absorção de dispositivos “wearable” irão aumentar a responsabilidade desse profissionais e sua função dentro das organizações ao longo dos próximos dez anos. Tais experts serão obrigados a não só introduzir estas tecnologias no contexto do negócio, mas fornecer o aconselhamento sobre como abarcá-las e assegurar as habilidades para utilizá-las de forma eficaz.

O Desenvolvedor de experiência
Um papel que já é essencial e está em constante evolução é o do desenvolvedor de aplicações. Toda empresa tem um site e muitas têm seus vários aplicativos. Estes itens precisam não apenas ser mantidos atualizados e funcionais, mas se adaptar à evolução cada vez mais rápida do comportamento dos usuários.
Isso significa ser capaz de evoluir para múltiplos dispositivos e formatos, através de múltiplos canais. O desafio será combinar essas habilidades para oferecer uma experiência consistente e uniforme à medida que cada empresa adota uma abordagem “unicanal” para interagir com o mundo. Os desenvolvedores capazes de fazê-lo serão os mais procurados.
Lidando com o aumento no volume de grandes dados
Outro papel que tem sido muito discutido é o do Analista de Dados. Ele tem sido especialmente lembrado devido às oportunidades e desafios proporcionados pela crescente quantidade de grandes dados disponíveis nas organizações.
O problema com o uso de um termo genérico como “analista de dados” é que essa função é muito mais complexa, devido aos níveis de conhecimento necessários à compreensão, processamento e consolidação que são necessárias para se gerenciar os grandes dados ao longo de toda a corporação.
O papel do Analista de Dados abrange, portanto, uma variedade de posições, incluindo a de analista técnico, analista de marketing, analista financeiro e muito mais. Além disso, a função vai mudar fundamentalmente conforme esses profissionais forem utilizando ferramentas e técnicas mais sofisticadas do que as que vemos hoje.
O chamado”Excel Guru” ainda em voga até 2015, dará lugar, em breve, a uma nova geração de analistas capazes de implementar uma visão multidimensional de negócios com dados históricos; tendências e dados sociais; regras complexas e análises preditivas.
Aumentando o Ensino da Ciência da Computação nas Escolas
A fim de cobrir as múltiplas dimensões em que a tecnologia toca, e transformar todas as funções de negócios, a formação de especialistas em tecnologias de amanhã tem de ser versátil e granular. A sala de aula é o lugar óbvio para começar.
Isso significa mais investimento em ciência da computação e melhor absorção desses tipos de assuntos, que devem estar no centro de qualquer discussão em torno da educação. Como o Brasil tem um claro déficit em mão de obra qualificada, a disponibilidade de talento certo é cada vez mais valorizada.
Preparar as pessoas para a força de trabalho já não é apenas formar profissionais para a indústria convencional. Aliás, a própria manufatura de hoje é diferente da de algum tempo atrás. Estamos em uma época em que codificar é também uma atividade industrial.
Da mesma forma a prestação de serviços também é a nova forma de produção em massa, na qual o talento humano é a matéria-prima principal.
O que isso significa para o sistema de educação do Brasil?
No novo ambiente dos negócios digitalizados, o domínio de linguagens de programação, como JavaScript, equivale ao domínio das línguas usadas na execução dos negócios.
Segundo pesquisa mundial conduzida pelo Gartner e apresentada durante o Symposium/ITxpo 2015, 65% dos CIOs globais acreditam que há uma crise de talentos no mundo e, surpreendentemente, pouca inovação na área. Esse fato, de acordo com CIOs brasileiros, é ainda pior no Brasil, onde 81% acreditam que a situação está perto de atingir proporções de crise.
Considerando-se que, no ambiente da inovação permanente, ou da “disrupção permanente”, a massa global de profissionais encontra-se em nível semelhante, isto é, são todos novatos ou em vias de formação, o momento para o Brasil é reconhecer que este fato elimina parte de sua desvantagem competitiva. A hora é de aproveitar a janela de oportunidade e identificar as habilidades – e os treinamentos correspondentes – que melhor se adaptem às novas necessidades industriais e à nossa vocação de desenvolvimento.

(*) É vice Presidente da Progress para a América Latina.