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Tecnologia 21/03/2018

em Tecnologia
terça-feira, 20 de março de 2018

Uso de etiquetas eletrônicas em uma estratégia Omnichannel?

Com a expansão dos canais de relacionamento, o imediatismo tornou-se regra e não mais diferencial no processo de decisão de compras dos clientes, que preferem a interação virtual para consultas de promoções e, principalmente, aquisição de produtos


Denise Lefol de Paiva (*)

Uma amostra dessa mudança de comportamento está no crescimento do comercio eletrônico no Brasil. Em mais um ano difícil para economia nacional, o e-commerce se destacou na comparação com o varejo físico e registrou um crescimento de 12% em relação a 2016, com faturamento de R$ 59,9 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM). E o número de consumidores que fizeram compra on-line também cresceu. De acordo com a Ebit, consultoria especializada em comércio virtual, temos hoje cerca de 25 milhões de compradores virtuais.

Mas o diálogo entre consumidor e empresa precisa da resposta para uma questão primordial: como integrar off-line e on-line? Com o incremento das redes sociais como componente importante dessa comunicação e a facilidade de comprar pela internet, surgiu a necessidade de convergir todas essas ferramentas em um único canal. É nesse momento que entra o conceito de Omnichannel.

Mais do que uma junção de estratégias para conquistar novos clientes, Omnichannel é uma mudança de processos e comportamento no modelo de consumo. O consumidor passou a comprar em qualquer meio. Pode iniciar a compra na internet e retirar na loja, fazer a compra pelo e-commerce e receber em casa; consultar pelo telefone e finalizar pela internet. Estamos experimentando uma mudança geral de processos.

No mundo, há bons exemplos de projetos Omnichannel, como Amazon e Wal-Mart, para serem observados. E no Brasil? O conceito ainda está caminhando por aqui, mas já conseguimos sentir uma movimentação de empresas com intuito de criar estratégias de negócios baseadas em integração completa de formas de atender o cliente. E uma das soluções mais procuradas para viabilizar esses projetos são as etiquetas eletrônicas, que entre outros benefícios, também permitem atender a necessidade de ter preços sincronizados.

Baseadas no conceito de canal único de compras, as ações promocionais precisam, necessariamente, acompanhar a dinâmica de preços. Imagine o consumidor que visualizou um produto na loja física e ao acessar o e-commerce da loja 3 minutos depois, percebe que entrou uma promoção on-line do mesmo item. O preço da prateleira ainda está mais caro, afinal, nenhum colaborador teve tempo de atualizar o preço na etiqueta de papel e o consumidor não leva o produto na hora e o varejista perde uma venda momentânea. No mundo ideal do conceito Omnichannel, as promoções podem entrar simultaneamente em todos os meios, seja físico ou on-line.

Para incorporar velocidade no processo de princing da loja física, as etiquetas eletrônicas permitem, com um único clique, trocar os preços das gôndolas no mesmo timing do on-line, possibilitando a programação de promoções mais assertivas.

As etiquetas eletrônicas também garantem ganhos operacionais para a empresa. Na média, uma grande rede varejista desperdiça cerca de R$ 20 mil com descontos por causa da divergência de preços entre prateleira e caixa. Com a precificação automática, esse custo é eliminado. Além da economia com o fim da divergência de preços, os colaboradores que eram responsáveis pela troca das etiquetas de papel são realocados para outras atividades de maior relevância da operação, como abastecimento de loja. Para o consumidor, trata-se de facilidades de compra e acesso, já para o varejista, as vantagens são redução de perdas e aumento de vendas.

(*) É Gerente de Marketing da Seal Sistemas.


Otimize sua frota: quais erros que você deve evitar

Não importa se sua transportadora é grande ou pequena, se o objetivo é atender carga ou passageiros, a manutenção e gestão da frota é essencial para garantir a qualidade no atendimento dos usuários e evitar multas de órgãos fiscalizadores. Existem erros que podem comprometer – e muito! – a otimização dessas atividades, que vão desde atenção a componentes do veículo até um monitoramento preciso de gastos.
No topo da lista, o gasto com os pneus dispara como um dos itens mais caros quando falamos de manutenção da frota. Além do custo, os pneus impactam diretamente na segurança da operação, sem contar que a calibragem incorreta pode influenciar em um aumento de até 20% no consumo de combustível. Outros fatores podem afetar esse gasto como a falta de conserto adequado, idade do automóvel e o comportamento do motorista. É importante saber qual o custo médio de cada modelo para determinar qual ação imediata o gestor irá tomar. Uma saída é agrupar os carros por marca, ano de fabricação e os problemas comuns que cada um apresenta. Dessa forma, é possível tomar decisões assertivas, como a realização de manutenções preventivas ou até a venda.
As rotas também precisam ser consideradas, pois quando não se sabe qual o caminho percorrido por sua frota podem existir problemas na previsão e acompanhamento da quilometragem, no consumo de combustível, desgaste de peças e pneus, ou seja, informações cruciais para a preservação dos carros. Já existem tecnologias no mercado que realizam o rastreio e monitoramento de cada componente da frota, complementando a gestão com ainda mais informações.
Menos erros, menos gastos e maior controle
Não ter um controle adequado dos gastos pode resultar em surpresas na hora do fechamento. Esse tipo de situação acontece quando há falta de controle dos custos da manutenção da frota. Para ter eficiência nesse gerenciamento, é preciso estar com informações corretas em mãos de tudo o que acontece com os veículos, podendo prever o momento de ajustes e trocas de peças e estruturando um planejamento que diminua surpresas orçamentárias.
Com o histórico da frota em mãos é possível verificar os consertos feitos, os custos que cada automóvel gerou para a empresa e outros indicadores essenciais para avaliar se o acompanhamento é eficiente, evitando aborrecimentos futuros.
São diversos pontos de atenção que devem ser levados em conta para otimizar a gestão e conservação da frota. Muitas vezes, na correria das atividades rotineiras você pode deixar passar detalhes importantes que afetam seus resultados. Um grande aliado dos gestores de transportadoras são as diferentes tecnologias e ferramentas digitais que automatizam funções e consolidam relatórios, auxiliando os executivos a visualizarem o que devem priorizar em seus planejamentos.

(Fonte: Valmir Colodrão é diretor e sócio-fundador da BgmRodotec, empresa do segmento de software de gestão para empresas de transporte.
www.bgmrodotec.com.br).

Tenho que destinar o lixo eletrônico? O que eu ganho com isso?

Alex Pereira (*)

Utilizando-se da linguagem popular do futebol, podemos dizer que: “A essa altura do campeonato não é mais possível dizer que desconhecemos a PNRS”

A Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e entre os princípios por ela apresentados, destacamos aqui a já tão abordada e comentada responsabilidade compartilhada, e entre os seus instrumentos, destacamos a também já tão falada e comentada logística reversa para produtos eletroeletrônicos. Com apenas dois pontos destacados da PNRS, já temos a impossibilidade de qualquer um dizer que não tem nada a ver com isso.
Na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em seu artigo 3º institui que: “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. Portanto, ninguém pode alegar desconhecimento da lei para justificar o seu descumprimento.
Como aqui estamos abordando a destinação dos Resíduos de Equipamentos Elétricos Eletrônicos – REEE, popularmente conhecido como lixo eletrônico, fica claro neste ponto que todos sem exceção têm responsabilidade no descarte ambientalmente adequado do lixo eletrônico. A resposta para a primeira pergunta do título é “sim”. Resposta curta e direta, você tem que destinar corretamente o lixo eletrônico, e caso não o faça, incorrerá em infração. A resposta para a segunda pergunta não é simples e nem curta. Dificilmente será esgotada em poucas linhas.
É inegável que a indústria eletrônica revolucionou o mundo com seus equipamentos, proporcionando tantos avanços para nossa sociedade, que nos parece impossível ter qualidade de vida sem a tecnologia. Estes equipamentos eletrônicos que consideramos tão essenciais para nossa vida, são compostos por elementos, em muitos casos, tóxicos. Mas, que podem voltar para o processo produtivo. Estes elementos que compõe os equipamentos eletrônicos tem sua origem nos recursos naturais, que em análise nos apresenta dois aspectos importantes: devastamos a natureza para fabricar nossos equipamentos e aumentamos a devastação quando os descartamos incorretamente.
Ao destinar o lixo eletrônico para reciclagem, obtemos o ganho de manter em uso os recursos naturais já extraídos, de forma economicamente mais vantajosa se comparada à nova extração de mais elementos da natureza. Para todos, e conforme apresentado no início, o cumprimento da legislação vigente com certeza pode ser considerado como ganho.
Outro ganho, mais exclusivo à indústria, está na obtenção de matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos com menor custo.
Para empresas em geral, podemos citar a baixa de bens do ativo com a consequente destinação para reciclagem.
Até aqui, passamos por algumas questões legais, ambientais e tributárias. Não suficientes para abordar o assunto com profundidade, mas suficientes para que cada um possa ter um ponto de partida para continuar suas pesquisas.
Portanto, para encerrar essas breves linhas, respondo de forma pessoal a questão sobre o que ganho com isso: A vida. A preservação da nossa espécie humana! Muita Paz a todos!

(*) É presidente da Coopermiti.