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Tecnologia 18/12/2015

em Tecnologia
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Importação versus entrada básica de dados, uma escolha ditada pela razão

A logística atual é baseada em soluções de TI que, em se tratando de processos, costumam ser ajustadas a requisitos específicos dos clientes, focando no suporte aos usuários ao tratar questões complexas de logística

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Jaroslaw Wrona (*)

A integração detalhada e bem analisada de elementos individuais do quebra-cabeça de TI evita a estratificação de dados entre os sistemas e suporta o desenvolvimento de uma política de imagem coerente, relativamente a terceiros.

Dessa forma, faz sentido investir na criação de uma organização eficaz e consistente, baseada na troca rápida e automatizada da informação? Não estaremos, assim, sacrificando a flexibilidade da organização? Dever-se-ia ter em consideração a forma de atuação das organizações logisticamente eficientes. Tendo isso em conta, uma coisa é certa: a dificuldade se esconde nos detalhes e vale a pena analisá-los tão cedo quanto na fase de planejamento de implantação do processo.

Este aspecto se refere a empresas que operam em qualquer setor da economia: desde empresas de produção, passando por operadores logísticos e empresas de distribuição. Atualmente, a falta de informação entregue a tempo e ao destinatário correto resulta numa baixa qualidade do processamento do pedido, fazendo aumentar o número de erros e interrupções e prolongando o tempo necessário para a realização das tarefas individuais, além de aumentar o número de rejeições, havendo a necessidade de dedicar muito tempo para a correção dos erros.

Um bom exemplo são as empresas de produção, cujo problema não é apenas a falta de informações detalhadas relativas às matérias primas ou materiais em estoque, mas também a falta de informação, ou a incorreção da mesma, nos sistemas individuais relativamente aos lotes, estruturas de embalagem, status de qualidade ou datas de validade.

Por sua vez, os operadores logísticos são forçados repetidamente a aceitar abastecimentos de novos produtos que deveriam estar registrados nos sistemas do cliente e do operador. Tais necessidades são supridas pela tecnologia, que possibilita a eliminação de um número de erros num estado recente de planejamento ou reorganização de processos logísticos de uma determinada empresa. Portanto, é importante prestar atenção a três elementos básicos na hora da escolha do software correto: o conjunto de dados que existem atualmente na empresa e que poderão ser utilizados no novo software, as opções de integração tecnológica e a experiência da empresa na hora de desenvolver a interface e, por fim, o conjunto de soluções oferecidas por um fornecedor específico como parte de um sistema integrado.

A utilização de dados existentes torna possível a criação de uma solução. Contudo, o fato é se seremos capazes de exportar do sistema existente os dados na forma de estrutura de produtos (na maioria dos casos, isto significa milhares de unidades logísticas), contrapartidas, datas de validades individuais e ordens feitas pelos clientes ou pelos fornecedores. Tudo isso deverá ter uma influência substancial na possibilidade de adequar o desenho do processo numa aplicação logística, o qual deverá resultar numa melhoria da eficiência das operações com estes produtos (lançar as quantidades corretas de produtos, com a data de validade certa e com o trajeto de picking otimizado, etc).

Mas será que prestamos atenção suficiente às capacidades tecnológicas e à experiência da empresa responsável pela implementação do software? Isso significa muitas vezes que, no momento de se avançar para os detalhes, o fornecedor do software não é capaz de apresentar uma solução adequada, como por exemplo, na questão da comunicação entre sistemas e a forma de como os dados são trocados. Um fator importante é se a solução escolhida já tem mecanismos integrados de interface como padrão, que facilitem uma ligação rápida com o ambiente externo.

Contudo, uma pessoa não deve focar apenas na situação atual. A velocidade do desenvolvimento das organizações requer que os gestores olhem para o futuro. Desta forma, é bom ter em consideração o fato de, apesar de no momento da implementação apenas poder ser necessário um sistema de controle e monitoramento da produção (MES – Manufacture Execution System), dentro de alguns meses poderemos ser obrigados, pelo nosso próprio crescimento, implementar na nossa empresa também um sistema de planejamento de rotas para administrar uma estrutura de armazéns descentralizada.

Um problema típico que acontece frequentemente quando se implementa uma solução de logística é a ênfase colocada na data de entrega e finalização do projeto. A opção de se utilizarem interfaces standard poderá ser o elemento chave, mas deve-se sempre ter atenção nos requisitos de terceiros, que muita vezes enfatizam a ligação dos sistemas de acordo com os seus requisitos. E é neste ponto que a experiência adquirida em interfaces aparece.

Tal expertise é baseada em tecnologias específicas e situações semelhantes. É assim que um sistema integrado e eficiente emerge. Pois, neste caso, seria simplesmente impossível copiar os dados de um sistema para o outro manualmente tratando-se de pequenas e médias empresas que começaram agora a melhoria de seus processos logísticos.

Uma troca suave de dados básicos entre sistemas numa determinada empresa reflete-se claramente na maneira que esta é percebida por seus clientes. Um ambiente bem desenvolvido, no qual é possível modelar processos individuais com a utilização de dados comuns, juntamente com o apoio das pessoas que já conhecem uma organização específica e as suas especificidades, constitui alicerces sólidos para uma evolução uniforme.

(*) É especialista em logística da Divisão de Aplicativos da Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação.

Comprei um produto pela internet e me arrependi: o que eu faço?

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Com a facilidade e a comodidade que as compras online fornecem às pessoas, muitas delas estão deixando de se deslocar até o estabelecimento comercial para adquirir um produto, e passam a adquiri-lo pelas lojas virtuais. Ora, para que ir pessoalmente até uma determinada loja, se é possível adquirir o mesmo produto sem ter que sair de casa e perder tempo e dinheiro com deslocamento?
É pensando desta forma que as compras pela internet vêm se tornando mais comum a cada dia. Entretanto, adquirir produtos desta maneira é uma via de mão dupla. Ao passo que há grandes benefícios, ocorre muitas vezes que ao receber o produto em sua residência, o consumidor se depara com um produto que muitas vezes não atende suas expectativas ou então não condiz com aquilo que estava sendo anunciado. Frente a uma situação dessas, de que forma o consumidor deve proceder, há algo que pode fazer ou então tem que se contentar com o produto?
Para a sorte do adquirente, o Código de Defesa do Consumidor ampara tal situação. De acordo com o artigo 49 da legislação consumerista, “o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio”.
Desta forma, o consumidor que se ver lesado por uma compra fora do estabelecimento comercial, pode requerer o ressarcimento do valor pago, com a devida atualização monetária, mediante a devolução do produto adquirido, no prazo de 7 dias contados do recebimento do produto, ou então da assinatura, caso houver.
Todavia, vale ressaltar que o arrependimento só vale nos casos que o consumidor não adquire o produto diretamente na loja física, como nos casos de compra por telefone, internet, ou o vendedor vai até sua residência e oferece o produto, tendo em vista que, caso o consumidor vá até o estabelecimento comercial e vê o produto, não há como arguir que o produto não superou suas expectativas ou não era o que ele esperava, pois viu o produto pessoalmente.

(Fonte: Paulo Henrique Pelegrim Bussolo é assessor jurídico e colaborador do escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados Associados).

Empoderamento é determinante na retenção de profissionais de TI

Eric de Carvalho (*)

Dar autonomia e ouvir considerações de profissionais que atuam na área técnica pode levar a empresa a tomar decisões mais assertivas, além de motivar a equipe

A retenção é um problema comum nas empresas do mercado de tecnologia da informação, pois como a maioria dos profissionais está à procura de empregos que possibilitam desafios constantes, inovação e bons salários, a rotatividade é comum no setor. Além disso, a área é uma das que mais demandam profissionais no País. Segundo estimativa da Brasscom, haverá aumento de 30% nas contratações em 2016, cenário que leva gestores a buscar pessoas qualificadas que, consequentemente, querem grandes oportunidades para se destacar na carreira.
E, para evitar perder os bons profissionais, uma saída encontrada por muitas empresas é o empoderamento. Ao dar autonomia para os colaboradores na tomada de decisões podem surgir novas ideias, processos importantes para o desenvolvimento da área e do negócio, além de descentralizar as decisões dos líderes. Algumas vantagens competitivas desse modelo de gestão são a motivação, comprometimento com a entrega e com os resultados, e um ambiente de trabalho mais agradável. Esses fatores são importantes para a retenção, e podem levar os colaboradores a recusar uma oferta maior de salário em outra empresa.
O empoderamento é um conceito de gestão e tem origem no ‘Management 3.0’, termo estudado pelo Holandês Jurgen Appelo no livro Management 3.0 – Agile Developers, Developing Agile Leaders. Nele, as empresas se tornam menos hierárquicas, mais flats, não há tantos níveis e andares de decisão, pois a decisão se torna mais distribuída. Mas essa política não é restrita apenas a área de TI – embora se aplique bem aos profissionais dessa área, inclusive os desenvolvedores de software –, pois há casos de empresas de outras áreas como de Call Center, que permitem aos atendentes tomar algumas decisões, como a de oferecer um desconto ou mencionar um concorrente que pratique um preço melhor, a fim de ganhar a confiança do consumidor e dar ao atendente a autonomia de oferecer um produto ou serviço para reter o consumidor.
Para a área de TI, a política se torna estratégica porque os profissionais trabalham com o intelecto. Nesse sentido, as decisões relacionadas aos projetos podem evitar problemas e riscos maiores, como a indisponibilidade ou mau funcionamento de uma solução. Por isso, a autonomia pode mudar o rumo de processos e negócios. Também é preciso lembrar que a motivação que surge com o empoderamento gera participação efetiva, pois o colaborador se sente dono do seu projeto. Muitas empresas perceberam que é importante ouvir considerações de quem atua do lado técnico ou operacional de um projeto, porque eles têm muito a contribuir com a resolução de problemas.
Então, se você é um líder em busca de uma gestão inovadora, e/ou pretende contribuir para o sucesso da sua companhia, considere o empoderamento como um programa de motivação e retenção de funcionários que pode gerar bons resultados. Afinal, cada vez mais os profissionais de TI estão assumindo uma posição de parceiros dos negócios, e isso tem feito equipes se sentirem valorizadas e que são uma parte importante do time.

(*) É especialista em desenvolvimento de Software na Synchro.