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Tecnologia 17 a 19/12/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
como temproario

Como estabelecer hábitos mais positivos para um negócio online

O empreendedor digital mostra que os hábitos das pessoas são formados pelo ciclo “Três Rs”: raiz, resposta e recompensa

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Pessoas que almejam começar um negócio online muitas vezes se deparam com sua própria falta de disciplina para levar a empreitada adiante. Não é fácil modificar hábitos antigos, que cultivam a procrastinação, e criar hábitos novos, producentes ao empreendimento. Pensando nisso, o empreendedor digital e idealizador dos sites Empreendedor Digital e Férias Sem Fim, Bruno Picinini, indica alguns passos, que se seguidos à risca, aumentam as chances de o empresário criar e conservar hábitos positivos ao seu negócio online.

As dicas sugeridas por Picinini têm como base o livro O Poder do Hábito, de Charles Duhigg. Na obra, o autor mostra que os hábitos das pessoas são formados pelo ciclo “Três Rs”, que são: Raiz, Resposta e Recompensa. Para ilustrar como funciona esse ciclo na criação do hábito humano, Picinini cita o exemplo do desenvolvimento de hábitos nocivos às pessoas, como fumar cigarros. Conforme o empreendedor, pessoas com este tipo de vício desejam cortá-lo, haja visto que ele faz mal a saúde, mas apresentam dificuldade porque vão direto à parte final do processo, esquecendo do motivo que as levaram iniciar esta rotina. “Existe uma raiz do porquê você se comporta de alguma forma. Para essa raiz, há uma resposta. Dessa resposta vem uma recompensa”, explica.

No caso do hábito de fumar, a raiz, na maioria das vezes, é de fundo emocional. A pessoa está ansiosa por diversos motivos: dívidas, negócios, a situação política e econômica do país, etc. Diante dessa raiz, vem como resposta o ato de fumar, com o objetivo de mitigar a ansiedade. “Ninguém fuma porque é horrível, a pessoa que fuma gosta, ela sente uma sensação de tranquilidade, calma. São vários os benefícios”, diz. Estes benefícios são a recompensa. Nesse sentindo, para que se elimine o hábito ruim, a pessoa precisa primeiramente encontrar a raiz dele e mudar a resposta, já que é muito difícil eliminar um hábito.

Voltando para o assunto da criação de um negócio online, o futuro empreendedor quer fazer com que sua empresa digital dê certo, mas encontra dificuldades para dedicar-se com disciplina, em casa, após estafantes horas de trabalho no seu emprego convencional. “A pessoa quer ter a disciplina para chegar do trabalho e se dedicar 1 ou 2 horas em seu negócio online. Quer que isso se desenvolva para que possa largar o emprego e se dedicar somente a isso”, relata Picinini. Primeiramente, a pessoa precisa detectar o que leva a chegar em casa e deitar no sofá, ao invés de ocupar-se com o empreendimento. Provavelmente é o cansaço. O empreendedor digital sugere, que, ante essa raiz, se crie-se uma nova resposta. Assim, ao chegar em casa, a pessoa poderia se alimentar, tomar água e já sentar-se à frente do computador para trabalhar. A nova resposta trará uma nova recompensa, condizente com o desejo inicial. “Fazendo isso dia após dia, eventualmente, se chegará aos objetivos, sem pular diretamente para lá, pois isso não é possível”, afirma.

Ao criar novos hábitos, é preciso ter em mente, segundo Picinini, um conceito denominado “velocidade de escape”. Conforme este conceito, a força e energia dispendidas para colocar algo em movimento é muito maior do que a força e a energia necessárias para mantê-lo assim. Com o hábito, o processo funcionaria da mesma forma, sendo necessário muito mais força e energia para cria-lo do que para mantê-lo. “É muito difícil chegar do trabalho, ter que calçar os tênis e sair correndo. Que cansaço! Depois que isso virar um hábito, você não vai nem pensar mais” exemplifica o idealizador dos sites Empreendedor Digital e Férias Sem Fim.

Picinini sugere também que, após a criação da nova resposta, a pessoa dê um prazo de 30 a 60 dias para que se forme uma rotina “Eu considero que 30 dias é um bom período de teste para você dar a chance de ver se aquilo se tornará um hábito”, diz. Segundo o empreendedor digital, a pessoa não deve fazer por uma semana e desistir, caso crie resistência, mas sim, manter o hábito por pelo menos durante o tempo citado, “para ver se o hábito continua tão difícil como no começo ou se ele se torna agradável, gerando bons resultados”, explica.

Por fim, o empreendedor digital aconselha que, no momento de criar um novo hábito, a pessoa escolha as tarefas que pretende fazer e divida-as de uma maneira que inicie pela mais fácil. Este passo inicial (mais simples) é que vai fazê-lo avançar na direção do seu objetivo principal. Em relação a um negócio online, muitas coisas não podem ser controladas, mas muitas sim, como quantos artigos são escritos por semana, quantos e-mails são disparados, quantas campanhas criadas e o quanto se estuda. “Fazendo isso todos os dias, com consistência, disciplina e hábitos, você conseguirá conquistar seus objetivos e resultados”, assegura Picinini.

Aparelho auditivo conectado à internet

Esta semana acontece no Brasil o lançamento do primeiro aparelho auditivo do mundo conectado à Internet. Com tecnologia totalmente inovadora, o Opn™ oferece uma gama de recursos capazes de proporcionar às pessoas com perda auditiva experiências sonoras nunca antes experimentadas, incluindo a capacidade de se conectar de forma integrada a computadores, smartphones, TVs e outros equipamentos eletrônicos, via internet ou por meio de bluetooth. Além disso, graças à solução BrainHearing ™, desenvolvida pela dinamarquesa Oticon, a nova tecnologia permite uma audição completa, acabando com as limitações de direcionalidade do som presente nas próteses atuais –problema relatado por muitas pessoas. Com isso, o usuário consegue ouvir com clareza a fala de diversos interlocutores e diversos sons, em ambientes ruidosos.
Comercializado até o momento apenas nos Estados Unidos, Espanha, Itália e Dinamarca, o Opn™ já chega ao mercado brasileiro colecionando conquistas. O aparelho ganhou prêmios em duas categorias na prestigiada CES 2017 Innovation Awards, o programa norte-americano de prêmios internacionais que reconhece projetos inovadores e serviços de tecnologia de ponta em todo o mundo.

A Cibersegurança está redefinindo o mercado de videovigilância

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Estamos entrando em uma Era em que milhões de dispositivos serão capazes de armazenar e transmitir dados através da internet. Recentemente, a Consultoria Gartner, em um prognóstico, afirma que até o final do ano haverá 6,4 milhões de ‘coisas’ conectadas globalmente e, com a crescente quantidade de dados gerados, compartilhados e guardados através do modelo de computação em nuvem, é fundamental proteger-se contra possíveis vulnerabilidades de soluções conectadas à rede – incluindo o acesso não autorizado às imagens de câmeras de videovigilância em instalações importantes por parte de grupos de hackers independentes ou supostamente atendendo ao interesse de governantes.
Além de crescente, a preocupação com a cibersegurança de câmeras é tecnicamente fundamentada porque, de maneira geral, qualquer dispositivo conectado à rede é passível de ser explorado por pessoas não-autorizadas. No entanto, isso não quer dizer que qualquer câmara de qualquer fabricante está igualmente sujeita a potenciais ataques – existem dispositivos bastante vulneráveis e outros muitos menos vulneráveis. Além disso, há uma série de medidas preventivas que fabricante e usuários podem tomar.
Na realidade, possuir uma proteção mais alta contra ameaças cibernéticas depende da política de TI de cada empresa ou organização governamental, combinada com uma análise de risco. É possível criar sistemas mais seguros ao reduzir áreas expostas e mitigar riscos, incluindo considerações sobre o compromisso do fabricante com o tema, e a importância dada à proteção da privacidade e ao respeito à inacessibilidade das imagens das câmeras por agentes externos mal-intencionados.
Dado que os sistemas de videovigilância estarão cada vez mais conectados devido aos inúmeros benefícios da tecnologia IP, como o acesso remoto ou a integração, é importante realizar uma avaliação de riscos e implementar políticas de segurança no desenvolvimento e implantação de um sistema de vídeo IP. As avaliações de risco têm sido uma prática comum no planejamento de sistemas de videovigilância e configuração de dispositivos de vídeo em rede.
Como medida de proteção, é de suma importância reduzir a área de exposição a estes riscos e diminuir a níveis mínimos a superfície de ataque. Se estes dispositivos, serviços e aplicativos não precisam estar interconectados, o usuário deverá limitar a conectividade entre eles. Além disso, segmentar o sistema de vídeo do núcleo minimiza os riscos de adversidades entre os equipamentos.
O reforço à segurança de um sistema ainda deve incluir uma estratégia de configuração adaptada às necessidades específicas do usuário para enfrentar o panorama volúvel de ameaças. O primeiro passo é compreender o uso de protocolos de segurança propostos pela indústria, incluindo a autenticação/autorização de usuário multinível por contrassenha, criptografia SSL/TS, 802.1X, filtragem de IP e gestão de certificados.
Por fim, é fundamental que o fabricante de câmeras inteligentes atualize continuamente o firmware com novas características, correções de erros e patches de segurança. Para combater a maior variedade de ameaças, os usuários têm que estar alertas às atualizações de seus provedores e prestar especial atenção às melhores práticas para a prevenção de ataques através dos sistemas de câmeras em rede. A tranquilidade no futuro depende das escolhas realizadas no presente e, se não é possível blindar-se 100% contra ataques, é certo que o mercado apresenta caminhos mais vulneráveis e outros menos.

(Fonte: Sergio Fukushima, gerente técnico da Axis Communications)

Como o analytics pode ajudar a alavancar o Big Data?

Flavio Bolieiro (*)

Combinado às mídias sociais, cloud e mobilidade, o tema Big Data tem sido objeto de grande discussão no mundo da tecnologia. É comum, por exemplo, quando se trabalha neste segmento, ouvir perguntas como: Você sabe fazer ou faz Big Data?

Desde o seu surgimento em 2011, muito se fala sobre essa tecnologia, caracterizada pelo grande volume, variedade e velocidade de dados, porém ainda se faz necessário uma compreensão real de como utilizá-la. Rapidamente o Big Data foi ganhando notoriedade no mercado porém, em um par de anos, em 2013 mais precisamente, o interesse em torno desta nova tecnologia começou a enfrentar uma curva descendente. Tanto que em 2016, de acordo com o Gartner, os investimentos em Big Data diminuíram cerca de 25% em relação ao no anterior. Isso ocorreu e vem ocorrendo por que muitas empresas não conseguem enxergar o ROI desta solução. Mas, o que deu errado? Porque o Big Data não decolou como o esperado? Será que essa tecnologia por si só se basta?
Outro dia mesmo, lendo um artigo em uma revista especializada, vi uma informação que me chamou muito a atenção. Um executivo que acabava de assumir posição de destaque em uma grande empresa, quando questionado a respeito de seus planos, respondeu que sua estratégia seria investir em Big Data. Fique intrigado com o que ele quis dizer com isso. E, também, pude perceber que a maioria das pessoas tem a crença de que o Big Data é, na verdade, a solução de todos os seus problemas. E não é bem assim.
Estou há mais de 20 anos no mercado de BI e tenho percebido uma forte tendência em cometermos sempre os mesmos erros do passado. Em minha visão, o que acontece com o Big Data hoje é algo semelhante ao que ocorreu com seu primo mais distante, o Data warehouse (DW). Que embora esteja aquém do Big Data do ponto de vista tecnológico e de performance, também visa a construção de uma base de dados com informações detalhadas. Se voltarmos lá atrás, quando se começou a falar de DW, ele também era considerado o salvador, mas cinco anos depois de seu surgimento, já havia se transformado em uma palavra proibida, pois muito se investiu e poucos resultados foram vistos. Isso tudo tem explicação no fato de que a tecnologia não existe por si só e não pode ser responsabilizada pela resolução ou não de todos os problemas.
E é para evitar que a história se repita que devemos voltar à atenção ao que foi dito pelo Gartner: o Big Data precisa ter aplicação no dia a dia e de maneira nenhuma pode ser pensado como um esforço exclusivo. Não estamos falando da estratégia em si, mas sim da ferramenta para ajudar a traçar o plano de negócios.
Em resumo, não basta investir em Big Data, é preciso ter um propósito e uma estratégia de negócios bem definidos. A informação por si só não é válida, se não for possível acessá-la de maneira aderente à sua necessidade e extraindo o real valor que ela traz para o negócio. E é aí que entra a plataforma analítica, que viabiliza o acesso ao Big Data e coloca inteligência nesse processo, em tempo real, permitindo ao usuário tirar o máximo proveito desses dados. Graças a sua habilidade de utilizar os dados, análises e raciocínio sistemático, o analytics conduz a uma tomada de decisão mais eficiente e inteligente. Independente do segmento, transformar dados em informações valiosas é parte crucial do processo de gestão. Sem dúvida nenhuma essa combinação ajuda a tornar os investimentos muito mais assertivos e a alavancar todo o potencial desse gigantesco volume de informações.

(*) É Vice Presidente América Latina da MicroStrategy, empresa líder mundial no fornecimento de plataformas de software empresarial, que atende com sua solução inovadora MicroStrategy 10 Secure Enterprise tanto as necessidades de implementações departamentais self-service como de âmbito corporativo.