Sete desafios para empreendedores digitaisLargar um emprego estável para criar um novo negócio digital é uma decisão corajosa, que exige reflexão e seriedade Cristiano Kanashiro (*) Ser um empreendedor é um sonho profissional de muitas pessoas, mas para chegar ao sucesso vários desafios precisam ser superados. A partir de experiências próprias, reuni algumas dicas para orientar aqueles que estão criando agora o seu próprio negócio e enfrentam os primeiros obstáculos: 1) Saiba qual é seu investimento A primeira vez que planejei investir em uma startup mobile em 2007 eu acreditava tanto que larguei o meu emprego pois tinha certeza de que o sucesso viria rápido. Um grande erro na época, mas um enorme aprendizado. Antes de decidir abrir um negócio na área digital, é importante saber o quanto você pretende investir e como irá investir. O ideal é iniciar a concepção da ideia e execução atuando em uma empresa e após o expediente fique focado no novo negócio. Não aconselho sair de um emprego estável para iniciar um projeto, a não ser que você possua recursos ou investidor para sustentá-lo por um bom tempo. Outra boa opção é iniciar os investimentos com pessoas do mercado que acreditam no seu projeto e serão seus futuros sócios. 2) Prepare-se para enfrentar o novo e aprender Pelo menos no início, você vai se deparar com tarefas que não gosta ou não está acostumado a fazer. Isso vai desde gerenciar uma página no Facebook, planilhas até emitir nota fiscal, fazer cobranças e ser o CEO da empresa. Da mais simples a mais complexa, cada tarefa será uma excelente fonte de aprendizado. Mas é preciso ser flexível e paciente para cumprir bem as novas atribuições. 3) Cuidado com os conselhos As pessoas possuem perfis e valores diferentes. Geralmente, os empreendedores são desbravadores e dispostos a correr riscos. Por outro lado, é natural que familiares e amigos se preocupem com sua estabilidade e segurança, o que pode gerar um conflito de interesses. Procure conversar com outros empreendedores que já passaram por essa fase inicial. Justamente por terem vivenciado essa experiência, eles poderão dar os melhores conselhos. 4) Errar faz parte do processo Não se alcança o sucesso sem antes conhecer o fracasso. Todos nós vamos errar em algum momento, não há como fugir disso. No entanto, é preciso entender que o erro é uma peça fundamental para atingir o sucesso. Para isso, é preciso identificar e admitir a falha, tirar aprendizados com o erro e se fortalecer para enfrentar as próximas etapas. 5) Pessoas são a chave do negócio Mais do que ideias, tecnologias, ferramentas e métodos, a base de todo negócio são as pessoas. Procure profissionais competentes e mantenha sua equipe sempre motivada. Esteja atento também para recrutar pessoas que agreguem e tenham conhecimentos complementares. Se você é um bom técnico, provavelmente precisará de um profissional com foco em negócios, por exemplo. 6) Valorize seu trabalho Para entrar no mercado e conquistar os primeiros cases, alguns empreendedores realizam projetos sem custos, ou vendem seus produtos a um valor muito inferior aos concorrentes. Evite seguir esse caminho, ainda mais no início do negócio. Quando iniciei fiz alguns projetos acreditando em uma grande parceira, já fazem 6 anos e continuo aguardando. O seu trabalho tem valor, se você não cobrar o que merece será difícil aumentar o preço depois. É claro que, em alguns casos, é possível fazer um “piloto”, mas sempre defina regras e metas a serem atingidas. 7) O mundo mudou A forma de consumir mudou, hoje os clientes não procuram somente produto ou serviço pela internet, mas sim novas experiências. É importante oferecer outros diferenciais para aqueles que não estão acostumados a consumir no mundo digital. Procure entender o que o seu cliente valoriza e mostre a ele as vantagens e facilidades que você pode garantir. (*) É CEO e fundador da Kanamobi, empresa especializada em negócios mobile. Formado em publicidade e com mais de 17 anos de experiência no mercado de publicidade e mobilidade, Kanashiro já conquistou renomados clientes, como Pernambucanas, Hypermarcas e Ajinomoto do Brasil, para a Kanamobi.
| Horário de verão exige atenção para garantir segurança dos aparelhos eletrônicosO horário de verão começa no próximo domingo, 18, e além dos ajustes para não perder a hora, é preciso estar atento à dessincronização dos relógios dos aparelhos eletrônicos. Porta de entrada para cibercrimes, a mudança provocada pelo ajuste de horários pode trazer riscos a usuários e organizações no momento de rastrear ou identificar eventuais falhas de segurança. Para garantir a confiabilidade nas cada vez mais usadas transações eletrônicas, especialistas recomendam que organizações estejam atentas para a precisão dos horários dos sistemas, que são atualizados, em grande parte, por servidores NTP. O serviço NTP, falando de forma simplista, informa o horário correto para os equipamentos ou dispositivos de rede que sincronizam com ele impedindo que tais dispositivos, tipicamente ligados à internet, adiantem ou se atrasem, mesmo que acidentalmente. De acordo com o analista de segurança da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Alan Santos, essa precisão da timeline é peça-chave tanto para garantir o funcionamento dos sistemas quanto para apontar a hora exata de erros ou mesmo crimes cometidos por meio da rede. Segundo Santos, manter os dispositivos nas redes e na Internet com a hora certa ainda é importante para uma melhor administração, manutenção e monitoramento dos equipamentos, e isso vale para servidores, roteadores, notebooks e desktops. “O horário é a semente para utilizar aplicativos que têm o tempo como referência ou mesmo efetuar acessos a sistemas de internet banking,que usam de tokens, dispositivos eletrônicos de segurança que garantem proteção extra às transações financeiras”, esclarece. Segundo o especialista, a sincronização dos relógios com o horário de verão ainda é importante para manter a consistência dos registros (logs), além de ser imprescindível nas investigações e identificações de responsáveis por incidentes mais graves, como crimes cibernéticos. “A partir dos acessos feitos ao sistema, é possível rastrear os usuários que tiveram acesso às máquinas a partir do registro dos horários e fundamental para refazer a cronologia dos fatos, tal como acontece na ciência forense”, diz. Recomendações de segurança para o horário de verão O horário de verão tem relação com o fuso horário (timezone) configurado no sistema. Ao alterar o timezone, altera-se o parâmetro do sistema que determina a diferença em horas entre o horário absoluto (UTC / GMT 0) e o horário local. No período compreendido no horário de verão, que vai até o dia 21 de fevereiro de 2016, mudanças nos relógios dos sistemas serão consequência de configurações do fuso e não provenientes dos servidores NTP, que não sofrem quaisquer modificações. “A referência não muda. Os servidores NTP vão passar a hora exata, independente do horário local”, esclarece Alan Santos. “Ou seja, haverá alteração nos sistemas onde existe horário de verão, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e não no Norte e no Nordeste”. O Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança (CAIS) da RNP recomenda, para evitar ataques envolvendo abuso de servidores NTP, a atualização para uma versão mais recente do serviço e que os servidores sejam configurados de forma a não permitir a execução de consultas através do comando “monlist”, comando da antiga versão do NTP que envia uma lista dos últimos 600 que se conectaram àquele servidor, para fins de monitoramento. Os administradores de sistemas e redes podem consultar se seus servidores estão listados em ataques de negação de serviço a partir do siteOpenNTPProject.org. Acesse um guia de configuração segura de servidores NTP no Secure NTP Template. A evolução do mercado de desenvolvimento de softwareRichard Natal (*) De acordo com o estudo da Associação Brasileira de Empresas de Softwares (ABES) com o IDC, somente no setor de Software e Serviços de TI, sem exportações, gerou o montante de US$ US$ 11,2 bilhões no ano passado Essas aquecidas cifras mostram que o mercado de desenvolvimento de software sempre está em constante movimentação e o anseio é transformar a necessidade de um determinado grupo ou de uma economia em sistemas computacionais. Mas você está pronto para surfar nesta onda que é o mercado de desenvolvimento de softwares? Por tratar-se de uma ciência relativamente nova e em expansão, a informática passa por diversas transformações. E são nestas transformações que moram o sucesso de qualquer projeto. Considero que as principais quatro grandes fases do ponto de vista de desenvolvimento de software são: 1-) Mainframe – O sistema rodava em um grande computador central e era acessado através de terminais “burros”. A linguagem de desenvolvimento do software era majoritariamente o Cobol por ser simples e focada no preenchimento de formulários eletrônicos, mas ela era limitada e, pela arquitetura de hardware, só tinha acesso aos recursos disponíveis no mainframe, que naquela época era basicamente a leitura e escrita de arquivos em disco. 2-) Baixa plataforma – O software operava localmente e, por meio de cópias dos dados e de processos integradores, os dados eram integrados e consolidados. Uma das linguagens largamente utilizadas com esta estrutura foi o Clipper. Com todos os recursos disponíveis da máquina local para o seu processamento, a facilidade de se fazer os programas e testar sem comprometer o sistema “de produção” e com o custo dos computadores pessoais muito menores do que o custo de horas de processamento de um mainframe, esta foi uma fase de popularização do desenvolvimento de software. 3-) Client Server – Neste modelo, o sistema rodava numa parte localmente e na outra num servidor de banco de dados. Delphi, VB e Forms entre outros foram as tecnologias que consolidaram e ainda consolidam esta fase. Aqui o desenvolvimento ficou mais estruturado por vezes com clientes gordos (Fat Clients), que faziam todo o processamento e organização das informações, além de utilizarem repositórios de dados centralizados para consolidá-las. Outras vezes com clientes magros (Thin Clients), que apenas exibiam as informações processadas pelo servidor central que também era responsável pelo seu armazenamento, ou ainda na versão Smart Client, a qual parte do processamento era feito no cliente (validações de campo, filtros de dados, organização da informação) e o processamento grosso era feito pelo servidor, que normalmente era também um RDBMS, como o Oracle por exemplo. 4-) 3 (ou N) camadas – Os dados são armazenados em um banco centralizado e a apresentação roda localmente no cliente, normalmente em um browser. Foi nesta fase que os sistemas começaram a migrar para a WEB, tendo no middleware processadores de páginas como o ASP, PHP, ColdFusion e etc. É importante ressaltar que estas fases não foram ou são estáticas, elas vão evoluindo até que chegamos ao ponto de trocar de um tipo de arquitetura para outro. Esta troca se dá por fatores como custo, mão de obra, necessidades de negócio ou pressão do mercado. Já há algum tempo que estamos transitando para uma nova fase, um novo desafio. Hoje, o personal computer (PC) não é mais uma máquina de escrivaninha. Ele é o celular. As pessoas já se incomodam de ter que parar e sentar à frente de um computador para poder fazer alguma operação que elas poderiam fazer pelo celular. O Whatsapp estava roubando muitos dos usuários do Facebook e, não por coincidência, a rede social o comprou e também criou uma interface para os celulares. Empresas que em alguma parte do seu processo se relacionam com o público não podem ignorar esta tendência e, se quiserem manter ou conquistar mercado, precisarão investir para ter seu sistema, ou parte dele, disponível nos celulares. (*) É diretor da fábrica de software da Sonda Utilities, divisão de soluções para os setores de energia, saneamento e gás da Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação. |