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Lazer e Cultura 16/10/2015

em Lazer e Cultura
quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Criaturas

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A exposição “ComCiência”, na qual a artista australiana Patricia Piccinin apresenta suas criações derivadas de pesquisas de biotecnologia e engenharia genética: seres desconhecidos que podem ser repulsivos e sedutores

São cerca de 25 dessas criaturas nunca vistas que prometem encantar o público não só pelo virtuosismo técnico, mas sobretudo por despertar uma série de indagações acerca do mundo contemporâneo, dos efeitos da ciência e dos limites morais e éticos do ser humano. Essas figuras feitas de silicone, fibra de vidro e outros materiais que se assemelham aos usados nos efeitos especiais do cinema, foram concebidas pela artista em seu estúdio em Melbourne. A primeira exposição individual da artista no Brasil ocupa todos os andares e cantos do espaço, reunindo também vídeos, fotografias, pinturas e desenhos que, assim como as esculturas, se situam entre o hiper e o surrealismo.

Serviço: CCBB, Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, R. Álvares Penteado, 112, Centro, tel. 3113-3651. De quarta a sexta e domingo das 9h às 21h. Entrada franca. Até 04/01.

REFLEXÃO

DINHEIRO E ATITUDE.

“Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. – Paulo. (I Timóteo, 6:10.)  Não encarceres o dinheiro para que o dinheiro não te encarcere. Bênção da vida que o Senhor permite circule na organização da comunidade, qual sangue no corpo, converte-se em perigoso tirano de quem o escraviza. Deforma, por isso mesmo, os corações que o segregam no vício, como se faz verdugo implacável do avarento que o trancafia nos cofres da usura. Algemado à inteligência perversa, transforma-se em arma destruidora, e extorquido às lágrimas de viúvas e órfãos, vinga-se daqueles que o recolhem, instilando-lhes enfermidades e cegueira de espírito. Libertado, porém, no campo do progresso e da bondade, converte-se em oculto libertador daqueles que o libertam. É por essa razão que se faz alegria na colher de leite à criança desamparada ou no leito simples que agasalha o doente sem teto, voltando em forma de paz àqueles que o distribuem. Orientado na direção dos que sofrem é prece de gratidão em louvor dos braços que o movimentam e conduzido aos círculos de aflição é cântico inarticulado de amor para as almas que o semeiam na gleba castigada do sofrimento. Não é a moeda que envilece o homem e sim o homem que a envilece, no desvario das paixões que o degradam. Deixa, pois, que o dinheiro de passagem por tuas mãos se faça bênção de trabalho e educação, caridade e socorro, à feição do ar que respiras sem furta-lo aos pulmões dos outros, e perceberás que o dinheiro, na origem, é propriedade simples de Deus.  Livro Palavras de Vida Eterna – F.C. Xavier.

Uma Noite Sem o Aspirador de Pó

Donizeti Mazonas e Suzan Damasceno

A quinta peça da autora carioca Priscila Gontijo “Uma Noite Sem o Aspirador de Pó” fala sobre dois interioranos “invisíveis” na metrópole: uma acumuladora carente e um escritor medíocre. Eles são vizinhos num prédio com baixa vedação acústica. Por isso, ela consegue escutá-lo muitas vezes e acaba se apaixonando por ele, estabelecendo uma relação obsessiva e paranoica. Em clima de realismo fantástico, a história se passa no apartamento da Áurea. Composta por materiais descartáveis, pilhas de eletrodomésticos em desuso, a estrutura de ferro guarda ainda uma bateria. A cenografia de Andre´ Cortez é uma instalação que remete às obras do artista contemporâneo suíço Thomas Hirschhorn e ficará aberta à visitação na Oswald de Andrade. Concepção e interpretação: Donizeti Mazonas e Suzan Damasceno.Músico: William Costa.

Serviço: Oficina Cultural Oswald de Andrade, R. Três Rios, 363, Bom Retiro, tel. 3222-2662. De quinta a sábado às 20h30. Entrada franca. Até 12/12.

IV Ciclo de Leituras

A Cia Ludens apresentará o seu IV Ciclo de Leituras, dessa vez dedicado ao Teatro Documentário Irlandês, com seis peças escritas nos últimos cinco anos. Programa do ciclo: Diários de Roger Casement (2015) (dia 20), de Domingos Nunez. Com Bruno Perillo, Bruno Fagundes, Chico Cardoso, Eliseu Paranhos, George Passos, Paulo Bordhin e Well Rianc. Mácula (2011) (dia 27), de Hugo Hamilton. Com Helio Cicero, Lilian Blanc, Michel Waisman, Haroldo Ferrari, Ivo Muller e Thaya Perez. Descendo da perna de pau: Yeats e o Abbey Theatre (2013) (3/11). Com, Maria Amélia Farah, Paula Picarelli e Thiago Amaral. Sem saída (2010) (10/11), de Mary Raftery. Com Alexandre Ogata, Daniela Theller, Laerte Mello, Lécio Rabello, Plínio Soares, Renata Aspesi, Roney Facchini, Vinícius Meloni. Garantido! (2013) (dia 17/11), de Colin Murphy. Com Fause Haten, Felipe Hintze, Jonatan Harold, Nilton Bicudo, Raphael Gama, Rubéns Caribé e Tatiana Montagnoli. E, itanic: cenas de um inquérito (2012) (dia 24), de Owen McCafferty. Com Bruno Perillo, Chico Cardoso, Eliseu Paranhos, George Passos, Julio Pompeo e Paulo Bordhin.

Serviço: Teatro Eva Herz, Av. Paulista, 2073, tel. 3070-4059. Terças às 20h. Entrada franca. Até 24/11.

Estreia

Débora Duboc

O espetáculo “Sou toda Coração”, que remete ao clima dos cabarés dos anos 70 e 80, estreia no próximo dia 28. O amor. Da procura à descoberta, passando pela paixão, ciúme, dúvida, desejo, dor, vingança, simpatias e esperança. Essas são algumas facetas do universo amoroso que o público poderá se envolver ao assistir ao espetáculo musical “Sou Toda Coração”, com Débora Duboc dividindo o palco com compositor e músico Jonatan Harold. Em cena, Débora interpreta, unindo a fala e o canto, um “discurso amoroso” (como ela define a obra), roteirizado por Andreato. São 23 canções, com arranjos originais assinados por Jonatan Harold, entremeadas com textos criados a partir de pout pourri de fragmentos de autores como Fernando Pessoa, Willian Shakespeare, Walter Franco, Clarice Lispector, até frases de caminhão de origens desconhecidas.

Serviço: Teatro Itália, Av. Ipiranga, nº 344, República, tel. 3255-1979. Quartas e Quintas às 21h. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). Até 10/12.