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Tecnologia 11 a 13/06/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 10 de junho de 2016

O papel do executivo na disputa Sorte X Plano

A malemolência dos brasileiros e nosso característico charme e jeitinho nos brindam com uma flexibilidade invejada na arena internacional do mundo dos negócios

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Eduardo Borba (*)

Parece que nossa herança genética brinda um DNA que nos beneficia com a audácia necessária para correr riscos e resolver os mais intrincados problemas na base do improviso e heroísmo. Que atire a primeira pedra o brasileiro que nunca respondeu – sequer em pensamento – “deixa que amanhã eu dou um jeitinho”, para complexas situações de seu cotidiano, sem ter a menor ideia de como resolver o problema na manhã seguinte.

Contudo, dar um jeitinho significa não ter um plano. Indica que não há previsibilidade de solução, muito menos da forma como será resolvida. É como se fosse dito aos stakeholders: confie em mim, eu acharei uma solução! Apesar de aparentemente gloriosa, a frase não serve como base sustentável de credibilidade. Pelo contrário. Explicita a falta de controle sobre as variáveis da dinâmica dos negócios e classifica as ações como sorte de um jogador.

Quão seguro você se sentiria ao investir seu capital numa roleta do cassino? Um apostador gosta do risco por esporte. Parte do prazer do jogo está em aguardar a resolução do imprevisível, temperado pela possibilidade de perder. Contudo, se serve para jogadores, está longe de satisfazer os investidores. Esse segundo grupo precisa entender os planos e vislumbrar o sucesso através das ações delineadas pelos executivos. Não há espaço para o inusitado, sendo que a sorte figura apenas como um suplemento às ações detalhadamente planejadas e perfeitamente executadas.

Quem quiser conquistar investidores deve priorizar o planejamento e a previsibilidade. Mostrar que a dinâmica do mercado está mapeada e que as ações da empresa estão coerentes com a demanda é no mínimo sinal de que o gestor está preparado para ocupar a cadeira de comando. Trata-se de oferecer a correta satisfação aos acionistas e, ou conselho de administração, evidenciando que a lição de casa foi feita. Dessa forma se garante o mínimo de sucesso.

Parece básico? Sim, é muito básico, mas, nós, brasileiros, temos a infeliz mania de achar que estamos acima do trivial – só que não! De nada adianta nossa flexibilidade e rapidez de adaptação se não formos capazes de entregar os itens básicos da expectativa do comprador ou acionista. O básico da relação empresarial é a fundação sobre a qual se constrói uma relação duradoura. Somente sobre a estabilidade do cumprimento das necessidades básicas se pode dar oportunidade ao improviso e ao inusitado para maximizar os resultados.

Fica fácil notar que a emoção da aposta, idealmente, deveria estar restrita aos cassinos e aos apostadores. No mundo dos negócios, a preparação e planejamento ocupam lugar de destaque, seguidos por eximia execução.

(*) É presidente da Sonda IT, maior integradora
latino-americana de Tecnologia da Informação.

Fujitsu lança inovações tecnológicas

A filial europeia do Fujitsu Laboratories, centro de pesquisa subsidiário da Fujitsu, anuncia a quarta edição do evento anual Fujitsu Innovation Gathering, que acontecerá no dia 09 de junho. Realizado em Paris durante o Fujitsu World Tour na França, o evento reúne as inovações mais modernas desenvolvida pelo laboratório. Nessa edição, as novidades incluem soluções para o tranporte, indústria, saúde, finanças e varejo.
Cerca das dezesseis inovações em exposição são inéditas na Europa, como um novo estereoscópio 3D – que permite revisões de projetos virtuais em real dimensão para aplicações de design e fabricação inteligentes. Outro segmento de destaque no evento é o transporte, que contará com uma nova solução focada em direção segura por meio de monitoramento das condições do motorista e seu comportamento utilizando análise de dados avançadas, além de uma nova tecnologia de detecção de objetos para melhorar a seguranç a rodoviária. No campo de segurança cibernética, o Fujitsu Laboratories apresenta seus últimos avanços na detecção e recuperação de ataques na rede em tempo real. Adicionalmente, uma novidade em Internet das Coisas inclui uma solução de monitoramento de ciclo de vida do produto por meio de uma tag inteligente de baixo custo que pode ser utilizada para detectar condições do ambiente de transporte e armazenamento para lotes de vacinas ou medicamentos (www.fujitsu.com.br).


Inglês: A chance de alavancar os negócios e a carreira

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De acordo com o último relatório da EF – Education First – empresa de educação internacional – sobre o Índice de Proficiência em Inglês (EPI), realizado em 70 países e em territórios com base em dados de testes de mais de 910.000 adultos, o Brasil está na 41ª posição no ranking; lugar ainda mais baixo se comparado aos dos últimos dois anos. Claramente que esse é um resultado não muito favorável para a nós brasileiros, e para quem pensa que esse é um simples problema de estudo de idiomas, fique sabendo que essa lacuna impacta diretamente nos negócios e no desenvolvimento do país.
Em uma era de comunicação sem fronteiras, dominar um segundo idioma ultrapassa o nível do mandatório nas empresas, e o inglês, como principal língua estrangeira, ganha destaque. É esse o atributo valioso que vai garantir jogo de cintura e conhecimento para liderar uma conferência, sair de situações delicadas durante um almoço de negócios e, o mais importante, pode até alavancar a receita da companhia.
Segundo o estudo The English Margin, também realizado pelo EF, a língua inglesa impulsiona a receita de vendas, dos 510 diretores e gerentes entrevistados, 88% estaria disposto a pagar mais por um produto proveniente de fornecedores com maiores níveis de proficiência no inglês. Eles considerariam pagar até 16% a mais por tais produtos ou serviços.

Consequências para o Mercado de Trabalho em TI
Em especial no mercado de tecnologia, onde é comum que uma empresa, por exemplo, tenha serviços feitos na índia, Europa, Estados Unidos e o restante fica no Brasil, o profissional terá de lidar com pessoas de variados lugares e até diferentes sotaques de inglês. Como ‘sobreviver’ a isso sem ter fluência?
Outro problema bastante enfrentado por aqui, é a valorização das informações no currículo, o que muitas vezes é vendido como ‘inglês avançado’, passa para o nível intermediário na hora da entrevista. A consequência? As empresas demoram mais para encontrar o candidato ideal; talvez a oportunidade permanecerá aberta por mais tempo, ou a companhia vai optar ainda por contratar pessoas com um nível técnico inferior ao esperado para assegurar que a posição em aberto seja atendida por um profissional fluente em inglês.
Para se ter uma ideia de como a situação pode afetar os negócios, basta saber que 81% das empresas entrevistadas no The English Margin, considerariam descartar um fornecedor com baixos níveis de proficiência na língua inglesa. E ainda mais impressionante do que esse número, está o fato de que um funcionário com nível profissional pleno de inglês poderia contribuir com pelo menos 128 mil dólares a mais para a empresa por ano.

Atitude é mandatória
As pessoas continuam buscando o estudo na língua inglesa, mas ainda assim a carência na comunicação existe. O problema? A falta de exposição ao idioma e atitude.
É possível notar que os profissionais que estão ‘no fogo cruzado’, que são mais expostos a situações em inglês, adquirem mais facilmente a fluência que o mercado pede. Claro que ainda assim, aprender um novo idioma, com suas regras e vocabulário vasto, é difícil, mas saiba que ninguém estuda por ninguém, a vontade de aprender e colocar em prática vai partir de cada um, e nesse sentido, com a internet e a globalização, mais do que nunca a oportunidade bate à porta. Aplicativos como o Duolingo, canais do YouTube como o Inglês na Ponta da Língua, o site English In Brazil e até o portal de notícias da BBC são ferramentas valiosíssimas na hora de estudar, e o melhor, são gratuitas, além de auxiliar o estudante a incluir o inglês em sua rotina.
Outra alternativa interessante é o intercâmbio, viajar a outro país para estudar é a melhor imersão possível, o dia a dia em uma nova cultura vai instigar a curiosidade e a vontade de se comunicar; a tarefa posterior será a de manter tal interesse.
Algumas empresas oferecem auxílio a seus funcionários para o estudo do inglês, outras cedem seu espaço para aulas em grupo semanais, o que claro, facilita o acesso ao idioma. De qualquer forma a busca e a manutenção dessa língua fica a cargo do profissional. A atitude sempre vai contar pontos. E então, let’s do it?

(Fonte: Marcelo Vianna é sócio-diretor da Conquest One, empresa especializada em contratação de profissionais especializados
em TI, e responsável pela área de Pessoas e Processos).

A era do crowdsensing: o que falta para a sensorização decolar de verdade

Paulo Henrique Pichini (*)

Desde os tempos das cavernas que a humanidade entende e valoriza conteúdo ou, simplesmente, a INFORMAÇÃO

É ela a responsável pela descoberta de caminhos e atalhos que aumentem a eficiência e reduzam os desperdícios. Neste contexto, a tecnologia vem evoluindo a passos largos, disponibilizando cada vez mais informações centralizadas em locais de fácil e comum acesso por múltiplos dispositivos.
Esta onda aponta, agora, para a era do crowdsensing, resultado direto da disseminação dos dispositivos IoT (Internet of Things – Internet das Coisas). Formado por um ecossistema baseado em sensores de diversos formatos e diferentes engenharias, o IoT vale sobretudo pelo conjunto de informações que ele gera. As informações criadas pelos sensores IoT são essenciais para os mecanismos de tomada de decisão e melhoria de eficiência de processos que as empresas estão preocupadas em implementar. Essa é uma forma de explorar ainda melhor os investimentos feitos na infraestrutura IoT.
As “coisas” estão ficando smart ou inteligentes. Neste novo mundo do IoT, porém, mais do que espetar um sensor, ou sinalizar algo, da disponibilidade da garrafa de vinho na prateleira à temperatura de uma turbina hidrelétrica, o foco deve ser como explorar a informação gerada pelo dispositivo IoT.
O IoT transforma o mundo em um gigantesco sistema nervoso digital, com localização via GPS, olhos e ouvidos via imagem (câmeras de vídeo e microfones) e sensores capazes de medir pressão, temperatura, utilização e muito mais.
Para dar conectividade aos elementos deste sistema, temos as redes de longa distância (WAN), as metropolitanas (MAN), a local (LAN) e a novíssima rede pessoal (PAN), que tem sido responsável por grande parte da geração de dados na atualidade.
Este é um mercado que, segundo o Gartner, vai gerar 6.4 bilhões de dispositivos conectados à rede mundial em 2016. O Gartner estima que, a cada segundo, 63 novos dispositivos IoT são conectados à Internet.
Diante deste quadro, o que temos visto é uma reinvenção radical dos mercados verticais, mesmo os mais tradicionais. Seja na área pública com cidades inteligentes, ou nas áreas de Indústria, Energia Elétrica, Saúde, etc., os investimentos em inteligência (IoT e os dados gerados pelos dispositivos IoT) para melhoria na eficiência têm sido uma constante. Isso é verdade especialmente nos países de primeiro mundo, mas algumas ações já estão acontecendo também aqui no Brasil. Afinal, inovação é sempre um bom caminho para driblar a crise e buscar novas oportunidades.
No Brasil, a maturidade dos ambientes de cloud tem alavancado projetos de IoT em diferentes mercados verticais – isso mostra que a sensorização é um processo sem retorno.
Além da nuvem, os dispositivos móveis são o assistente fundamental para uso e recepção das informações sensoriais. Note que o smartphone tem olhos (câmera), ouvidos (áudio), localização (GPS), acelerômetro (velocidade), movimento (giroscópio), bússola (direção), luz, etc. Neste momento, em cidades preparadas, cada cidadão com seu dispositivo móvel torna-se um provedor de informações relevantes para melhorar a administração pública.
Os provedores de serviços e solução começam a desenhar novos modelos de negócios que consideram o cenário de elementos smart ou inteligentes (com sensor embutido).
A partir daí, esses provedores estão lançando o que chamam de “sensing as a service”.
Na verdade, este serviço traz todo o agregado de inteligência e análise de dados, seja de cidade inteligente ou de frota de transportes/logística. No futuro veremos o agregado de inteligência e análise de dados de coisas atuando também dentro de casa (geladeiras e utensílios domésticos). Em todos os casos, a meta é devolver ao usuário final dashboards e recomendações que otimizem processos, promovam a economia de recursos, etc.
Resultados como estes sinalizam a era do crowdsensing, onde os sensores, independentemente de tecnologia (NFC, RFID, Beacon, QR code, Wifi e o novíssimo vídeo como sensor de ambientes), estão a todo tempo sinalizando e disponibilizando online informações altamente qualificadas.
O que chama atenção é que as tecnologias de sensores e a evolução de modelos de implementação de IoT estão bastante acelerados. Os mecanismos de armazenagem em cloud, por outro lado, estão maduros. Os dispositivos de acesso, prontos.
Falta, apenas, a utilização de mecanismos de analytics que permitam os ganhos de eficiência vindos da depuração das informações geradas pela era do crowdsensing. Aí moram os investimentos dos gigantes do mercado. Aí temos percebido grupos de chamados cientistas de dados se empenharem duramente para lançar soluções de fácil utilização.
É esta sincronia entre as diferentes tecnologias e mundos IoT que torna a era do crowdsensing atraente e que dá destaque aos responsáveis por sua integração e transformação em solução. Estou falando de consultorias especializadas em projetar e mapear todo o universo IoT, coletar dados e, a partir daí, tornar o crowdsensing real. O IoT vai definitivamente alavancar o processo de sensorização das coisas e o mundo estará cada vez mais aceso (com comunicação) e disponível para seu acesso.
Esse quadro só é possível com a utilização das ferramentas de analytics. A soma da tecnologia de analytics com os serviços de empresas especializadas em projetos de crowsensing é o que torna o “sensing as a service” real, e muda o mundo.

(*) É CEO & President da Go2neXt Cloud Computing Builder & Integrator.