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Tecnologia 10/06/2016

em Tecnologia
quinta-feira, 09 de junho de 2016

Quanto Custa um Data Center Parado?

Nos últimos anos, a demanda por armazenamento de dados vem crescendo significativamente

imagem datacenter disaster00 temproario

Adiel Machado (*)

Por trás desta tendência está o aumento da geração de conteúdo através de mídias sociais, uso de marketing digital e até mesmo de cursos online. O resultado desta realidade é o crescente investimento em data centers. O data center é o coração da computação em nuvem e, em plena era da digitalização de serviços, está fadado a seguir crescendo em tamanho, capacidade e sofisticação. Existem empresas de serviços que cinco anos atrás não eram nem imaginadas e hoje operam 100% através de plataformas online. O business dessas empresas acontece por meio de operações bancárias na internet, o que aumenta ainda mais a demanda dos data centers. Chega a assustar saber que 24 horas em tempo de gravações de vídeos são enviadas para o Youtube a cada minuto (mais de 34.560 horas em vídeos por dia!). Isso geraria o equivalente a 5 milhões de terabytes de dados.

Este quadro nos leva a crer que o crescimento da demanda por serviços de data center aumenta proporcionalmente também os riscos e os custos de downtime da operação. Qualquer um de nós fica decepcionado ao não conseguir enviar uma mensagem via Whatsapp, consultar um extrato bancário. Em um mundo totalmente conectado, não aceitamos não conseguir efetivar uma compra na internet. Falhas ou atrasos em qualquer uma dessas operações significa muitas vezes a perda de uma venda ou de uma oportunidade. Problemas na infraestrutura digital podem, portanto, representar prejuízos para a operação de negócios.

Essa realidade demanda a utilização de produtos e equipamentos que possam assegurar que os servidores, dispositivos de armazenamentos e periféricos de segurança estejam operando em condições adequadas e permaneçam funcionando sempre, mesmo com falta de energia e outros fatores não controláveis. Essa é uma condição sine qua non para a economia digital.

Além de contar com as melhores soluções de TI e de Telecomunicações no data center que atua na retaguarda do negócio digital, é imprescindível aderir às melhores práticas de gestão deste universo:

Manutenção preventiva
Todo investimento inicial em equipamentos de infraestrutura para manter o data center funcionando deve ser otimizado para atingir o tempo de vida útil estimado dos equipamentos em uma operação saudável. Em alguns casos, é possível estender um pouco este tempo de operação. Para que possa correr tudo como esperado, porém, é necessário programar revisões e manutenções preventivas em todos os equipamentos de climatização de precisão, UPS, réguas de energia, cabos e conexões, baterias e outros periféricos. As recomendações de manutenção preventiva periódica dos fabricantes devem ser observadas. Obviamente, os próprios fabricantes serão a melhor opção para realizar a manutenção de seus equipamentos, seja pela disponibilidade de peças ou pela responsabilidade da marca com sua plataforma. Uma boa prática é também identificar onde estão os maiores drenos de energia ou eficiência de seu data center, isso pode estar inclusive nos servidores. Leia mais sobre isso no sumário executivo sobre maiores drenos de recursos em TI clicando aqui.

Monitoramento de baterias dos UPS
Mesmo com a alta confiabilidade oferecida por equipamentos como UPS, baterias e painéis de distribuição de energia, é recomendável monitorar a atividade dessa infraestrutura e as condições de operação. No caso das baterias, por exemplo, recomenda-se a utilização de monitoramento em cada ponto de contato das baterias para estimar o tempo de vida útil, níveis de carga e conexão. Uma única bateria com qualquer tipo de defeito pode comprometer a empresa toda de operar e isso pode prejudicar sua instalação quando houver uma queda de energia.

Acesso e Monitoramento Remoto de infraestrutura
É recomendado monitorar, também, todo o estado do data center, desde entrada de energia e operações do grupo gerador, qualidade da energia de entrada da concessionária, frequência e estado de operação dos UPS, baterias, sensores de temperatura, necessidades de umidificar ou desumidificar o ambiente, além de outros periféricos. Isso vale também para os servidores, switches KVM e rede. Será possível ter uma bola de cristal para prever o que está acontecendo dentro do data center? É possível sim “cultivar uma bola de cristal” sobre esse espaço missão crítica por natureza. Saiba mais através de nosso playbook para mudanças, clique aqui. A melhor prática é manter uma monitoração em tempo real e de forma remota sobre todo esse ambiente.

Otimização do consumo de energia
Além de monitorar como está o consumo de cada ativo e equipamento de infraestrutura do data center, há boas práticas que podem aumentar o aproveitamento de energia e temperatura dos UPS e os próprios equipamentos de ar condicionado de precisão. Essas práticas incluem, por exemplo, igualar o fluxo de ar e a capacidade de refrigeração de cada uma das máquinas evaporadoras de acordo com a necessidade do site. Isso pode ser feito através de tecnologias de controladores inteligentes que possam comunicar-se entre as máquinas. Para saber mais sobre este tipo de tecnologia, acesse o portal sobre free-cooling clicando aqui. Já no caso de UPS, é recomendável buscar UPS com fator de potência de saída unitários ou o mais próximo disso.

Conclusão
A definição de quanto custa um data center parado depende da importância deste ambiente para a continuidade dos negócios da empresa. Imagine, por exemplo, uma empresa que vende a hospedagem de outros softwares online, websites e banco de dados. Seus clientes estão conectados ao menos 12 horas por dia trocando informações de maneira segura e criptografada. Se este data center está off-line por alguma razão, até mesmo os clientes dos clientes deste data center podem ser afetados. Isso inclui pessoas comuns (nós), que ficaremos frustrados e descontentes com a indisponibilidade de serviços.

Todos esses fatores devem ser levados em consideração ao se mensurar o valor de um data center parado. O valor de um data center parado está diretamente relacionado a quanto o negócio da empresa depende da tecnologia, da mão de obra e da aderência às melhores práticas da gestão deste ambiente. A visibilidade sobre o que se passa no data center precisa ser traduzida em valores tangíveis para o negócio. É a área de TI e Telecom falando a linguagem do negócio para enfatizar de forma clara a grande verdade de uma economia digitalizada: sem o data center, o dinheiro não entra, o dinheiro não sai.

(*) Lidera o marketing na Emerson Network Power no Brasil.

Startup atrai investidores internacionais com proposta de devolver, ao consumidor, parte do valor gasto

Você já imaginou pagar por um produto ou serviço e receber parte do seu dinheiro de volta, no mesmo instante? Pois essa é a proposta do Beblue, startup com sede em Ribeirão Preto (SP), que está usando tecnologia para estimular vendas e fidelizar clientes de lojas e prestadores de serviços parceiros.
O sistema funciona de uma forma simples. O usuário baixa o aplicativo Beblue e cria uma conta cadastrando o número do CPF. Cada vez que utilizar o cartão de crédito ou de débito (MasterCard ou Visa), nos estabelecimentos da rede credenciada, ele receberá imediatamente o cashback (retorno de um percentual do valor pago) que será depositado automaticamente na sua conta Beblue. O valor é cumulativo, não expira e pode ser usado para novas compras dentro da própria rede credenciada.

Buracos Negros na Jornada do Cliente

Glenn Johnson (*)

Muitas empresas têm o objetivo de obter uma visão de 360 graus de suas interações com os clientes. No entanto, os usuários de ERP com dados de CRM integrados que possibilitam uma visão abrangente, pensam ter alcançado o cume, apenas para descobrir que ainda há mais montanhas para escalar

As interações com o cliente são definidas com base em mais do que o sistema de CRM apenas. As transações são às vezes processadas nos sistemas de e-commerce, ponto-de-venda e até mesmo por meio de aplicativos móveis de entrada de pedidos. Os pedidos de trabalho podem ser tratados pelo serviço de campo, PLM (gestão de ciclo de vida de produto) e outros sistemas. As entregas para os clientes são rastreadas com sistemas de gestão de armazéns, gestão de transportes e de logística. Não faltam aplicações de negócios, serviços em nuvem e sites de mídia social para contato com seus clientes.
Então como você realmente obtém uma solução de 360 graus para o cliente? Em primeiro lugar é importante esclarecer por que você deseja uma visão completa do cliente. Não se trata apenas de obter uma visão de 360 graus dos dados, mas também de capturar uma visão de 360 graus de toda a experiência do cliente. O objetivo é utilizar todos os dados integrados para cercar os clientes com uma experiência de qualidade que os satisfaça e os atraia de modo a se tornarem fãs altamente entusiasmados.

Não integre dados do cliente, otimize a experiência do cliente
Concentrar-se apenas na integração de dados pode dizer o que aconteceu, geralmente apenas um dia depois. Como resultado, suas equipes de vendas, marketing e serviços podem tomar decisões incorretas com base no lote de informações do dia anterior. É provável que seus clientes não fiquem impressionados se, ao servi-los, você tenha informações vencidas ou incompletas. Certificar-se de haver informações atualizadas próximas ao tempo real e que sejam relevantes para cada etapa da jornada do cliente é essencial para a integração do sistema com sucesso.
A McKinsey & Company, assim como outros pesquisadores líderes, sugerem que as empresas precisam incorporar as jornadas dos clientes em seus modelos operacionais de quatro maneiras: (1) devem identificar as jornadas onde precisam superar expectativas, (2) compreender como estão atualmente atuando em cada uma dessas jornadas, (3) construir processos multifuncionais para reprojetar e apoiar essas jornadas e (4) instituir a mudança cultural e de melhoria contínua para sustentar as iniciativas em escala.
Enquanto você procura identificar as peças-chave da jornada, as áreas que estão se destacando acima da concorrência que farão com que a sua empresa prospere, você precisa olhar para todos os processos, bem como os vários sistemas que interagem com eles, e analisar as melhorias que podem ser feitas.
Os diversos sistemas que gerenciam os diferentes aspectos dos processos funcionais não precisam mudar radicalmente. No entanto, o que realmente precisa mudar é a sua habilidade de analisar dados entre os diferentes sistemas, e, o mais importante, desencadear processos entre os sistemas. O desenvolvimento de uma arquitetura de cliente em tempo real para apoiar as experiências dos clientes significa abranger vários sistemas com gatilhos, alertas, alarmes e escalações. Isto significa que você precisa de uma solução de integração de sistemas que faça mais do que apenas a integração dos dados, será necessária uma solução capaz de orquestrar os processos de negócios em tempo real.

Mantenha o foco no cliente em todas as etapas
Um esforço de integração deve ser feito para melhorar a eficiência global da organização e preencher a lacuna entre os sistemas, com o objetivo de otimizar cada parada ao longo de cada jornada do cliente. Além de criar um trabalho desnecessário, as lacunas de processos causam riscos tangíveis ao negócio. O sofrimento com essas lacunas faz com que as organizações sejam suscetíveis a erros humanos; tenham tempos de resposta mais lentos; sustentem o aumento dos custos do processo; e sofram a deterioração da satisfação do funcionário.
Integrar sistemas ERP e CRM não é apenas coletar todos os dados, mas também racionalizar o atendimento ao cliente, o processamento de pedidos e a administração de vendas. Para evitar buracos negros na jornada do cliente, todos os diversos sistemas de TI relacionados a todas as etapas ao longo da jornada do cliente – selação de produtos, compra, entrega e atendimento ao cliente – devem estar conectadas. Em vez de simplesmente integrar dados de CRM e ERP, a automação dos processos relacionados aos clientes nos sistemas de TI é a melhor maneira de melhorar e otimizar a experiência do cliente.

(*) Vice Presidente Senior da Magic Software Enterprises Americas.