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Tecnologia 10/01/2017

em Tecnologia
segunda-feira, 09 de janeiro de 2017
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Confira 3 áreas que ganharam destaque na CES 2017

Teve fim neste domingo, dia 8, a Consumer Eletronic Show de 2017 (CES 2017), a maior feira de tecnologia e inovações que acontece todos os anos em Las Vegas, nos Estados Unidos

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Nos quatro dias de evento, foram centenas de estandes com produtos de vertentes completamente diferentes, de babás inteligentes até a realidade virtual destinada ao “entretenimento adulto”. Por isso, confira 3 áreas nas quais a CES 2017 trouxe grandes inovações.

Robôs
O ano de 2017 certamente será o dos robôs. Ou pelo menos é isso que a feira de tecnologia quis fazer acreditar. Foram dezenas de estandes que mostraram robôs com as mais variadas funções. Uma das principais tendências do evento nesse sentido foi a de robôs voltados a crianças.

O primeiro deles é o Kuri, robô da Mayfield Robotics que pode ler, tocar música, caminhar pela casa evitando obstáculos, além de observar a casa, e as crianças, com uma câmera, se for desejado. O robô tem as cores branco e preto, formas arredondadas, dois olhos arregalados e parece que saiu de um desenho animado. Mesmo não sendo especificamente criado para crianças, seu design “fofo” permite que ele seja uma ótima companhia para os pequenos.

Outro robô promete proteger bebês e crianças pequenas e avisar quando algo está errado para seus pais ou responsáveis. A câmara-babá Envirocam, da OneLink, conta com “multisensores” que monitoram os batimentos cardíacos do pequeno e avisam os pais através de uma mensagem de celular, se por acaso a respiração parar ou se a criança acordar.

O robô também conta com sensores de umidade do ar, temperatura e monóxido de carbono. Além deles, outros robôs que também fizeram sucesso no evento, foram o assistente pessoal Hub Robot, da LG, e o “elfo de cozinha” Mykie, da Bosch.

Realidade virtual

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Outra área que teve destaque na CES deste ano foi a realidade virtual. Mesmo que ainda em desenvolvimento, a ideia de poder se isolar da realidade com uma tecnologia potente e ter a sensação de estar em um universo paralelo continua forte, tanto que modelos como o Oculus Rift, da Oculus, e o HTC Vive, da HTC, que foram apresentados na edição anterior da feira, ainda foram muitos visitados nos estandes das companhias neste ano.

Além deles, outros novos modelos foram apresentados. Os principais foram os óculos de realidade virtual ODG R-8 e R-9, da ODG, e os protótipos dos modelos da Lenovo e da Intel, que devem fazer mais sucesso nos próximos anos.

A realidade virtual também chegou neste ano ao “entretenimento adulto”. No estande discreto, mas sempre cheio, da Naughty America, companhia de filmes eróticos, a empresa divulgou a criação de material pornográfico feito em formato específico para a tecnologia, com todas as cenas em 360 graus. A companhia quer conquistar um público que gostaria de gastar por um conteúdo único e cada vez mais real.

Casa e objetos inteligentes

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Por fim, outra tendência que ficou bem clara na CES 2017 foi a “casa inteligente” e os “objetos inteligentes”. Nesse sentido, um bom exemplo é o Sky, o mordomo virtual da Vivint. Por meio de algorítimos, o sistema de inteligência artificial analisa a rotina da casa e, através disso, automatiza as tarefas domésticas, podendo saber o momento ideal para apagar ou acender a luz, ligar aparelhos eletrônicos, monitorar a temperatura e até ativar a limpeza. O “mordomo” também pode responder e obedecer aos comandos dos donos da casa.

Outro sistema de inteligência virtual que fez sucesso no evento, e que o faz desde 2014, é o Alexa, o assistente pessoal da Amazon. O Alexa conta com 33 mil tarefas, entre comandos simples e mais específicos, como pesquisar informações, descobrir a música e ler as notícias.

No entanto, o real objetivo do assistente pessoal, que o faz ser muito mais complexo e evoluído que outros, como a Siri da Apple, é que, a partir de objetos inteligentes compatíveis ao sistema na casa, como geladeiras, robôs, fornos, sistemas de iluminação e televisão, será possível, por exemplo, regular a temperatura da casa, trancar as janelas e portas, mudar o canal da TV e ajustar as luzes; tudo isso apenas com comandos de voz.

Outro objeto inteligente que foge das já comuns pulseiras que monitoram os batimentos cardíacos ou até o consumo de álcool no sangue, como a Proof, da Milo Sensors, é a Sleep Number 360, da Sleep Number, a cama inteligente. O produto tem como objetivo ajudar na noite de sono do usuário.

Para isso, ela ajusta a elevação do colchão calculando os movimentos da pessoa durante a noite e até registra o ronco do usuário, ajustando a cama para que a respiração da pessoa se estabilize e ela possa assim parar de roncar. Além disso, a cama ainda vem com um aquecedor de pés e um alarme (ANSA).

A era digital dos bancos

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A Bain & Company entrevistou mais de 50 profissionais (banqueiros, fundos de capital, especialistas em TI, executivos de associações internacionais de meios de pagamento e CEOs de startups) para entender quais as implicações da tecnologia distributed ledgers para os bancos. Baseada nas respostas foi possível concluir que as instituições financeiras ainda não possuem a capacitação necessária para a utilização desse recurso – também conhecido como moeda digital – nos meios de pagamento internacionais (cujo valor atual gira em torno de US$ 150 a US$ 200 bilhões).
O estudo da consultoria mostrou que, em tese, os bancos conseguem lidar com as mudanças geradas pelo surgimento dos distributed ledgers, mas, na prática, o cenário é mais desafiador. Isso porque, devido às regulamentações do setor e demais barreiras, as startups de moedas digitais não conseguiram competir com as instituições financeiras e acabaram se associando a elas. Porém, a maioria das instituições financeiras optou por não desenvolver essa ferramenta, devido à volatilidade, governança e exigência de escalabilidade da tecnologia, além da necessidade de lidar com questões de privacidade relacionadas à difusão de informações dos fluxos monetários.
Além disso, a falta de clareza em relação ao “caminho” das moedas digitais representa um problema para os pagamentos internacionais e financiamentos em que a tecnologia dos distributed ledgers apresenta o maior desempenho.
A análise da Bain & Company ressalta que os bancos reconhecem o potencial desse recurso para aperfeiçoar a transparência, velocidade e eficiência dos pagamentos, mas como a estrutura atual oferece estabilidade de realizar anualmente transações que totalizam US$ 300 trilhões em receitas, as instituições preferem não arriscar.
Mas a consultoria ressalta que, apesar da resistência dos bancos, há evidências de que as empresas estão superando desafios técnicos para acompanhar o mercado. A onda de investimentos em moedas digitais dá sinais claros de que os canais de pagamento estão atraindo interesse, e novos competidores mudaram as expectativas dos clientes. Portanto, é o momento certo para que todos os bancos adotem essa nova ferramenta digital.

Por trás da tecnologia distributed ledgers
As soluções da tecnologia distributed ledgers dispensam intermediários, possibilitam transações diretas entre os bancos internacionais e aceleram o tempo em que são realizadas. Além disso, permitem que cada instituição financeira envolvida tenha uma visão geral das contas e dos balanços de seus clientes, um elemento-chave do rastreamento dos pagamentos automáticos e ferramentas de notificação. Sem contar que também reduzem significativamente os custos provenientes das taxas de erros e dos demais valores das redes bancárias correspondentes.
Outra operação que também se beneficia desse recurso é o financiamento, que, embora represente uma porcentagem menor na receita (de aproximadamente US$ 23 bilhões) das redes bancárias internacionais correspondentes, serve de apoio às transações de relacionamento amplas. Por meio da tecnologia dos distributed ledgers, é possível alcançar a melhoria das ofertas comerciais de capitalizações desse serviço mesmo em estágios adiantados.

Transformação tecnológica inova na gestão do setor de food service

Gabriel Germinara (*)

Quando tratamos de food service, estamos falando de negócios complexos, que envolvem uma série de departamentos, funcionários, prestadores, fornecedores e toda uma logística de compras e estoque. Gerenciar tudo isso exige uma visão 360º do negócio – e muitas vezes o problema pode estar naquele único grau perdido do campo de visão

Pequenos desperdícios e disparidades no controle de estoque, erros de atendimento e irregularidades de caixa podem somar a milhares e até milhões de reais ao ano, dependendo do tamanho do negócio. Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), do ano passado, apontou que 34% das empresas do segmento estavam operando no vermelho – mais do que o dobro em relação ao mesmo período do ano anterior – e o prejuízo acumulado é a principal razão.
A boa notícia é que isso causou, nos últimos anos, uma mudança significativa na cultura operacional dos restaurantes em busca por novas tecnologias para diminuir as dificuldades de gestão e maximizar o aproveitamento dos recursos. Isso não significa modificar toda a estrutura de um restaurante e transformá-lo em um ambiente puramente high-tech, e sim criar uma cultura de gestão apoiada em softwares e dispositivos que vão impactar diretamente a eficiência do negócio.
Com as tecnologias da chamada terceira plataforma – como computação na nuvem e big data -, o setor de food service evoluiu exponencialmente. O processamento de dados na nuvem, por exemplo, tornou possível integrar milhares de dados estruturados de diferentes atividades, departamentos e franquias em uma única plataforma, acessadas a qualquer momento e de qualquer lugar. Combinadas com as novas ferramentas de gestão de food service, as antigas planilhas de excel, muitas vezes preenchidas manualmente, ficaram obsoletas diante da atual dinâmica de negócios.
Além disso, a disponibilização desses recursos na nuvem possibilitou a negócios menores investirem em ferramentas de gestão, sem depender dos altos gastos em hardware, atualização de softwares e contratação de profissionais capacitados para o gerenciamento de servidores.
Em questão de mobilidade e conectividade, o avanço tecnológico também possibilitou o gerenciamento de milhares de pedidos simultâneos com a implementação de comandas eletrônicas, tecnologia trazida ao Brasil e patenteada pela Cheff Solutions. Foi uma transformação significativa para substituir o papel e caneta nos estabelecimentos, o que podia resultar em pedidos desorganizados e demorados. E o uso cada vez mais frequente de dispositivos móveis, como celulares e tablets, proporcionou maior mobilidade e qualidade no atendimento.
Já as tecnologias de big data, conceito que engloba a captura e o processamento de grandes volumes de dados, oferecem a oportunidade de utilizar todas as informações geradas no restaurante e nas interações com os clientes. Com esses dados, gestores podem criar relatórios e obter insights valiosos sobre os clientes e o próprio negócio. Com as informações certas, eles podem, por exemplo, trabalhar em ações de marketing personalizadas.
Como é possível ver, o setor está embarcado em um movimento de avanço tecnológico na gestão dos negócios, empregando recursos de formas cada vez mais acessíveis e presentes no dia a dia operacional e do relacionamento com os clientes. São novas oportunidades para gestores conhecerem e participarem ainda mais da operação, eliminando pontos de prejuízo, maximizando a eficiência de trabalho e aproximando o setor da transformação digital.

(*) É sócio-fundador da Cheff Solutions.