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Tecnologia 09 a 11/01/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 08 de janeiro de 2016

A digitalização do mundo

Quem acredita que a digitalização é uma tendência passageira está completamente enganado. A digitalização não vai parar, não agora, e certamente não no futuro.  É melhor fazer parte do que se esconder e esperar a onda passar

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Wolfram Jost (*)

A mensagem é a seguinte: Saia da rotina do padrão de TI e vá para uma programação descentralizada, flexível, ágil e colaborativa com os clientes. Essa é a única maneira de obter sucesso para a transformação dos negócios digitais.
De onde todas essas informações surgem?
A Internet das Coisas tem encontrado um caminho promissor neste novo mundo. Hoje em dia, os objetos podem se comunicar de uma maneira que até há pouco tempo estava além da nossa imaginação. Carros autodirigíeis e casas que falam são os menos desconcertantes exemplos desse fenômeno. Os pesquisadores preveem que no futuro a inteligência artificial tomará o lugar na gestão das empresas e do governo. Supercomputadores como Watson – que ficou famoso em um programa de televisão – serão capazes de olhar com mais profundidade o comportamento das pessoas levando em consideração os seus tweets e não gostaríamos de saber tudo que pode ser feito com drones inteligentes.
Uma das consequências menos agradáveis da digitalização é que as mudanças não são mais tão previsíveis. O futuro é incerto e as previsões já se tornam obsoletas a partir do momento em que são anunciadas. Temos que encarar os fatos: não podemos mais ter uma visão precisa de como o mundo dos negócios estará em poucos anos.
Dado que o futuro é tão incerto, fornecedores de software não podem mais ditar o que é uma inovação e quais processos são necessários para seus clientes. Você não pode mais comprar um negócio digital de prateleira. Existe somente uma solução: a inovação deve ser trazida de volta às empresas.
Não é uma questão de simplesmente digitalizar o que já existe. É o meio para atingir um fim, sendo ele o processo de inovação e, portanto, a criação de uma nova fonte de receita. Não se trata mais apenas da competitividade, e sim da capacidade de sobreviver. As empresas precisam desenvolver processos inteiramente novos baseados em modernas arquiteturas de software, a fim de competir no mundo digital. Tradicionais modelos de softwares não ajudam aqui. Sua lentidão faz com que sejam mais um obstáculo, pois mantêm os processos existentes do mesmo jeito por anos, até décadas.
O que precisamos é do poder de inovação das mentes inteligentes nas organizações. O que os fornecedores podem fazer para contribuir é uma plataforma de software, que convertem as ideias em lógica de negócios.

Coinovação
No passado separar TI de Negócios era lógico. Certamente havia tentativas de tempos em tempos para harmonizar estas abordagens muito diferentes, mas vamos ser honestos: nunca obtivemos muito sucesso. Mas agora a direção do vento mudou completamente: TI é o negócio. Sem software, sem negócios: um mantra simples que cada CEO e CIO precisam ter em mente quando for planejar ações futuras. E esta etapa será bem-sucedida quando se trabalha em conjunto, porque o know-how de especialistas em TI combinados com o know-how de especialistas em negócios trazem melhores decisões.
Em um tempo onde os sistemas ERP estão atingindo seus limites só há um caminho a seguir: ERP já cumpriu com o seu dever e pode desfrutar uma vida pacífica em sua aposentadoria. Esses sistemas certamente não vão desaparecer. Pelo o contrário, as empresas ainda vão usá-los por muitos anos. E por uma boa razão: eles são a base para muitos processos. Mas, hoje em dia, eles funcionam mais como o “centro de gravidade”, e são pesados demais para a transformação digital. O poder de inovação digital requer um tipo diferente de software.
O futuro do negócio digital não é mais baseado em produtos, mas sim em plataformas que permitem uma abordagem coinovadora para modelos de negócios que são flexíveis o suficiente para mapear novos processos digitais e apoiar ideias inovadoras. Empresas como o Alibaba, Airbnb, e Uber já provaram como bons negócios podem ser criados com a ajuda de plataformas digitais. Não é mágica, mas exige decisões corajosas na direção correta ao longo da jornada para uma empresa completamente digital.

A digitalização nunca para
Os casos de uso digitais são tão diversos que não podem ser predefinidos. É por isso que não há soluções prontas, disponíveis para compra. Nenhuma empresa sabe quais processos e dados que serão necessários no futuro. Somente plataformas podem suportar com sucesso o caminho para a digitalização. Qualquer que seja o caso, as funções básicas da plataforma de negócios digitais serão sempre necessárias, independentemente de quais processos e dados serão utilizados no futuro. Em tempos de incerteza, onde cenários de aplicações futuras não são previsíveis, as plataformas representam uma melhor abordagem quando comparadas a produtos finalizados. A coinovação entre as empresas e os fornecedores de softwares é a única maneira de dominar os desafios aqui apresentados.
TI é o negócio; Software está ganhando o mundo; Plataforma é melhor que produto. Estes são os três elementos-chave da transformação digital que cada gerente, seja em TI ou em negócios, precisa repetir mais e mais para garantir seu lugar ao sol no mundo digital.

(*) É Diretor de Tecnologia da Software AG.


Negociações salariais para o setor de TI

O Sindpd e o Seprosp deram início à primeira rodada de negociação salarial dos trabalhadores de Tecnologia da Informação de São Paulo, que foi marcada pela tentativa do patronal de reduzir salários e cortar direitos já conquistados pela categoria. Os empresários negaram o avanço de mais de 90% da pauta da reivindicação aprovada, por unanimidade, pela categoria nas 14 assembleias de pauta realizadas em todo o Estado. A proposta fez com que o Sindpd continuasse com a pauta inalterada e propusesse nova rodada de negociação.
Utilizando o argumento da instabilidade econômica do país, o patronal sugeriu a adoção do reajuste salarial escalonado, oferecendo aumento de 8% para trabalhadores que recebam até R$2 mil; de 5,5% para os que recebam de R$2 a R$5 mil mais R$50 de aumento na parcela; e de 4% para aqueles com remuneração acima de R$5 mil, com um acréscimo de R$125 na parcela. O Seprosp ainda propôs que o pagamento seja realizado em duas vezes, sendo o primeiro em janeiro e o segundo no mês de julho. Para o Sindpd, a não reposição das perdas inflacionárias representa redução dos salariais dos profissionais de TI em todo o Estado.
“A palavra indignação é forte demais, mas também não é fraca o suficiente. Não é possível. Primeiro, não está contemplando nem a inflação do período, segundo, parcelando. O que quer mexer, quer mexer para piorar. É preciso manter o que é de direito do trabalhador. Até a Justiça parte do princípio da necessidade de reposição das perdas inflacionárias. Não se pode aceitar a tentativa de retrocesso. Não me sinto contemplado por estas propostas e a categoria também não se sentirá”, afirmou o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Além de não atender a pauta de reivindicação dos trabalhadores, o Seprosp quer que o valor do auxílio-refeição seja estabelecido por região. Ou seja, para a capital, foi indicado o valor de R$ 16,50 e, para as demais localidades do Estado, de R$ 15,70, considerando a jornada de oito horas diárias. “Estou transferindo o sentimento das empresas no momento”, justificou o presidente do Seprosp, Luigi Nese.
Com a recusa de nova redação para 19 cláusulas pelo patronal, o presidente Antonio Neto refutou qualquer tentativa do empresariado em retroceder nas garantias já conquistadas pelos profissionais de TI e afirmou que manterá as reivindicações da pauta inicial.
A segunda rodada de negociação está agendada para a próxima quinta-feira (14), às 16h, na sede do sindicato patronal.


Potencializando as vendas online em 2016

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Quando se fala em aumentar as vendas, logo vem duas estratégias: vender mais para os atuais clientes e conquistar novos. Vamos abordar sobre o segundo item, como vender mais tendo como alvo conquistar novos clientes e também não manter a dependência dos grandes.
Às vezes, temos a ilusão de que o cenário ideal para a empresa é ter poucos, mas grandes clientes. Mas, como frizei, é ilusão. Muitas empresas acabam focando nos grandes porque é bem mais fácil lidar com poucos clientes que gerem maior valor de negócios e ter uma carteira com muitos clientes que fazem pedidos pequenos parece ser um problema sério de custos.
Vender pouco para muita gente gera um alto custo comercial com as equipes de vendas, sejam internas ou representantes, além do custo com processamento de pedidos e logística. Fora o fato de que por estarmos em um País de dimensões continentais, temos um problema ainda mais sério de abrangência geográfica e com isto custos de deslocamento da equipe comercial. Todos estes fatores nos levam para uma situação em que muitos clientes não são economicamente viáveis. O custo da venda não compensa o valor do pedido ou lucro gerado e estes clientes acabam sendo deixados para o plano B.
Porém, o total do volume movimentado por estes pequenos clientes em hipótese alguma pode ser desprezado. Veja o caso do varejo de alimentos. Mais da metade do volume de vendas está concentrado nas grandes redes varejistas, porém, quando olhamos o perfil das empresas cerca de 85% dos varejistas é composto por micro, pequenas e médias empresas.
O grande desafio das empresas que atuam na venda e distribuição dos produtos é chegar nestes clientes. Quanto menor ou mais distante dos grandes centros for a cidade, menor é a penetração de mercado das grandes redes varejistas e maior é o domínio do varejista regional de pequeno porte.
Outro problema que existe nas estratégias de vendas focadas no grande varejo é a dependência deles no volume de vendas e a baixa margem, já que são negociações muito mais agressivas de preços e prazos de pagamento.
Então como uma indústria pode pulverizar sua carteira de clientes, reduzir a dependência dos grandes varejistas e aumentar a margem de lucro em melhores negociações? A resposta está no uso inovador e efetivo de soluções tecnológicas que gerem novos modelos de negócios, novos canais de venda e consigam vender mais para clientes sem um respectivo aumento de custos.
Estamos falando aqui de e-Commerce B2B. Empresas que estão adotando estratégias de venda on-line através de iniciativas de e-Commerce conseguem chegar aos clientes distantes geograficamente, nos clientes que têm baixo retorno no custo benefício e clientes que façam pedidos menores e mais esporádicos. Da mesma forma que o varejo se reinventou com o e-Commerce, agora é a vez da indústria inovar e entrar neste mundo.

(Fonte: Mauricio Di Bonifacio, sócio fundador da Vertis (http://vertisnet.com.br/).

Tecnologia de imagem multiespectral reduz erros de leitura da impressão digital

Kerry Reid (*)

A tecnologia biométrica vem conquistando cada vez mais usuários em todos os segmentos da economia

A expectativa é que esse mercado salte de US$ 2 bilhões em 2015 para quase US$ 15 bilhões em 2024, com receita acumulada de US$ 67,8 bilhões em dez anos. O primeiro setor a fazer uso da identificação biométrica foi o financeiro. No Brasil, hoje em dia, não é necessário mais memorizar senhas ou utilizar pins para ter acesso 90 mil caixas eletrônicos distribuídos em território nacional. Mais do que isso: dois em cada três terminais fazem uso da identificação da impressão digital – comprovando que os clientes bancários preferem tecnologias que ofereçam segurança e praticidade. É justamente nesse ponto que se destaca a tecnologia de imagem multiespectral, já que é capaz de fazer a identificação externa e interna da impressão digital.
O sensor biométrico com imagem multiespectral emprega diversos comprimentos de ondas luminosas em conjunto com modernas técnicas de polarização para obter características singulares da impressão digital, tanto da superfície da pele quanto de uma subcamada que reproduz o mesmo padrão. Afinal, a informação interna da impressão digital é bastante relevante. O padrão da estrutura dos capilares é um espelho da impressão digital. Outra característica importante dessa tecnologia é a capacidade de funcionar normalmente em condições adversas, autenticando de forma confiável até mesmo dedos machucados, molhados, oleosos, sujos ou desgastados pelo tempo. Por isso, também, é tão eficiente no combate às tentativas de fraude.
Ainda no quesito fraude, sabemos que nenhuma empresa está livre de ser vítima de ataques indiscriminados e que os meios de prevenção e combate têm um nível de segurança temporária. Por isso, é cada vez mais importante saber se a pessoa que acessa uma conta bancária, por exemplo, é realmente ‘quem’ diz ser no momento em que está utilizando um sensor biométrico. Até agora, somente a tecnologia de imagem multiespectral classifica corretamente 99,5% das pessoas, impedindo a grande maioria das ações fraudulentas nesse sentido. Vale dizer que não são poucas as tentativas mal-intencionadas que fazem uso de impressões digitais com látex transparente, silicone, gelatina, goma, dedos de borracha, etc. Enfim, são inúmeras as tentativas de fraudar a impressão digital de uma pessoa para uso indevido e são muitos, também, os métodos de identificação baseados em imagens de baixa qualidade. Sendo assim, a superioridade da imagem multiespectral tem se mostrado fundamental para o aumento de segurança.
Outro aspecto ímpar dessa tecnologia é oferecer aos usuários uma autenticação singular ou multifatorial. Isso significa que o cliente também poderá investir na combinação da autenticação biométrica com algum outro tipo de identificação. Dessa forma, provavelmente estaremos ainda mais próximos de 100% de segurança na autenticação de uma pessoa – o que é possível quando não há dependência de um único fator. Como a tecnologia de imagem multiespectral é adaptável, tem se provado confiável e eficiente ao longo do tempo por sua capacidade de modificar, atualizar e responder a novas vulnerabilidades e ameaças. Além disso, está sempre atualizando o nível de segurança e se provando um investimento de longo do prazo.

(*) É vice-presidente global de vendas da HID Biometrics – divisão que faz parte da HID Global, pertencente ao Grupo Assa Abloy.