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Tecnologia 09/08/2016

em Tecnologia
segunda-feira, 08 de agosto de 2016

Cinco aplicações de IoT para ganhar competitividade no varejo

No sentido mais básico, a Internet das Coisas (IoT) é uma rede de objetos físicos conectados e embutidos de sensores. A tecnologia permite usar todos esses dispositivos para comunicar, analisar e compartilhar dados com o mundo físico ao nosso entorno, por meio de redes e plataformas de softwares baseadas em nuvem

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Rafael Paes (*)

No caso do varejo, essas ‘coisas’ incluem tags RFID (Radio-Frequency IDentification) para rastreamento de inventário, contadores de fluxo e outras aplicações inteligentes nas lojas. Vamos focar, particularmente, em cinco áreas que estão trazendo competitividade para as varejistas:

1 – A manutenção preditiva de equipamentos é utilizada para gerenciar o uso de energia, prever falhas nos equipamentos e detectar outras questões. Por exemplo, toda mercearia possui uma série de equipamentos complexos, como as unidades de refrigeração e, quando estão embutidos de sensores, é possível prever problemas de manutenção que afetam o consumo de energia, além de identificar as flutuações de temperatura e garantir a integridade dos alimentos.

2 – Um dos objetivos da logística inteligente no varejo é transportar a mercadoria de forma mais eficiente, e a IoT pode desempenhar importante papel na manutenção dos meios de transporte, monitoramento e otimização de rotas. Sabemos que, nos últimos anos, muitos varejistas têm utilizado tecnologias de GPS para rastrear e direcionar a frota de caminhões.

3 – Quando falamos de inteligência de demanda, estamos tratando de estoques dotados de automação e robótica, com controle de demanda para atender canais tradicionais e online. A Internet das Coisas nos permite monitorar oportunidades de vendas em tempo real e rastrear as vendas perdidas nas lojas. Atualmente, os tradicionais armazéns e centros de distribuição são organizados por corredores e prateleiras com base em uma esquematização predeterminada. Já os armazéns do futuro serão espaços abertos, com pallets automatizados e auto-organizáveis, direcionados pela demanda em tempo real.

4 – O consumidor conectado está impactando cada vez mais as lojas físicas e os varejistas entendem que clientes podem verificar preços e inventários das lojas pelos smartphones, à distância. Então, imagine oferecer promoções customizadas e serviços baseados na localização dos clientes dentro das lojas? E se fosse possível identificar os clientes mais leais e oferecer serviços de concierge? Antes, era comum promover campanhas de marketing de massa, com a expectativa de atingir um percentual aceitável com as ofertas. Com a IoT, compreendemos o contexto e identificamos onde e quando o cliente precisa de ajuda, agindo proativamente e com uma taxa de sucesso muito mais alta.

5– Em uma loja inteligente todo o fluxo de compras em shopping centers pode ser analisado pelos varejistas, a fim de entender a jornada de compras dos possíveis clientes. Isso significa substituir pesquisas caras e programas de treinamento de equipes pela inteligência analítica. Com isso, podemos identificar padrões de comportamento dos clientes dentro dos espaços das lojas e atuar em tempo real, direcionando um funcionário para ajudá-los ou analisar as informações para ajustar layouts de lojas, por exemplo. Adicionalmente, permite personalizar a experiência de compra, proporcionando diferentes oportunidades de marketing digital nas lojas, anunciando as ofertas via os dispositivos móveis.

E com o rápido crescimento do e-commerce, varejistas estão interessados em trazer a experiência dos clientes no ambiente digital às lojas. Eles querem ter acesso ao mesmo repertório rico de dados para analytics e alto desempenho no direcionamento das jornadas de compras, oferecendo novas experiências e coletando valiosos dados para prever como consumidores farão suas compras.

A diferenciação virá da habilidade dos varejistas em sentir, entender e agir com inteligência analítica em cima dos dados de IoT. Para tirar o máximo de vantagem dessa nova área promissora, varejistas precisarão focar nas aplicações que mais gerem valor e atendam às necessidades dos clientes.

(*) É Consultor do SAS Brasil

Guia da Seekr aborda a importância do monitoramento de mídias sociais para a elaboração de relatórios eficientes

A Seekr – empresa brasileira de Tecnologia da Informação que provém soluções em multicanalidade – acaba de lançar o guia Monitoramento: 3 passos para criar um relatório eficiente. O documento tem o objetivo de orientar as marcas sobre como o monitoramento de mídias sociais pode ser um diferencial no conhecimento dos clientes e posterior elaboração de relatórios.
Disponível para download gratuito no blog da Seekr, o guia faz parte de uma série de arquivos elaborados para auxiliar no relacionamento entre marcas e consumidores. Os tópicos discutidos neste documento são: a importância do monitoramento adequado, por que ter clareza de objetivos e como usar as métricas certas para obter análises corretas (http://conteudo.seekr.com.br/3-passos-para-criar-um-relatorio-eficiente).

App gratuito para quem quer contratar serviços de confiança

Encanador, babá, eletricista, faxineira. Bastou a necessidade de se contratar qualquer tipo de serviço que surge também uma dificuldade: como encontrar um profissional de confiança e bem recomendado? É justamente para atender a essa demanda que surgiu o Hire, app gratuito lançado nesta semana.
Compatível com Android e iOS, a plataforma cria uma rede social que indica profissionais, de acordo com recomendações da agenda de contatos do usuário e de seus amigos. O Hire também pode ser utilizado pelos profissionais que desejam anunciar seus trabalhos. Eles podem ser recomendados por clientes que já contrataram seus serviços.
Além da busca e contratação, o aplicativo também permite a realização do pagamento e recebimento do serviço, por meio de cartão de débito e crédito. Para isso, o usuário irá utilizar a plataforma de pagamento online PagueVeloz (hireapp.com.br).

Jogos de realidade aumentada já estão disponíveis

Recentemente foi lançado no Brasil o Pokémon Go, jogo de realidade aumentada que permite que o jogador saia pelas ruas à caça de monstrinhos com seu smartphone. Embora seja um jogo viciante e divertido, no mundo virtual os jogadores também encontrarão situações de risco do mundo real, como acidentes, roubos e outras infrações.

A tendência é que nos próximos anos muitos outros jogos sejam lançados usando a realidade aumentada. A Intel Security alerta os usuários para os cuidados que devem ser tomados para aproveitar com segurança esse novo fenômeno do mundo virtual:

• Atenção a golpes e assaltos
No Pokemon Go, os usuários têm a possibilidade de soltar iscas para atrair mais monstrinhos e consequentemente mais jogadores a um local determinado. Ladrões e ou pessoas mal intencionadas podem usar essa prática para atrair as vítimas a locais para realizar crimes. “Nunca vá sozinho a locais que você não iria normalmente”, comenta José Matias Neto, diretor de suporte técnico da Intel Security.

• Atenção ao que acontece a sua volta
É comum pessoas ignorarem o ambiente onde estão para prestar atenção nos celulares. É muito importante que todos estejam atentos aos arredores para evitar acidentes como quedas, colisões, atropelamentos e outros incidentes graves.

• Respeite o ambiente
Os Pokemóns estão espalhados por todos os lugares, inclusive em cemitérios, hospitais, igrejas e órgãos públicos. A medida em que o jogador acumula os monstrinhos a empolgação aumenta, por isso a orientação é para que se mantenha o respeito nesses lugares e jamais entre em algum local sem autorização.

• Tenha prudência no trânsito
Jamais jogue se estiver dirigindo, pedalando, andando de skate, patins ou patinetes, já aconteceram sérios acidentes em outros países por falta de atenção.

• Fique atento às crianças
A recomendação é para que os pais redobrem a atenção com as crianças para que elas aproveitem o jogo com moderação e não deixem de fazer suas atividades escolares, por exemplo. Também é preciso monitorá-las de perto para que não saiam de casa sozinhas para jogar.

• Muito cuidado em jogos noturnos e viagens
Existem personagens noturnos e também os que estão em maior quantidade em outras cidades ou estados. A indicação é para que os jogadores se reúnam em grupos para ir à caça desses monstros, além de mais divertidos também é mais seguro.

• Tenha um software de proteção instalados ao seu dispositivo
É sempre recomendável ter um bom antivírus instalado nos smartphones e afins, pois protege o dispositivo em caso de roubo ou perda e evita que informações privadas sejam roubadas.


Tendências que transformarão a gestão de riscos das Instituições Financeiras

Carlos Eduardo Vasques de Souza (*)

Diante de um cenário de competitividade acirrada, turbulências econômicas e mudanças constantes, as instituições financeiras devem ficar atentas à sua capacidade de antecipação e resposta a eventos que possam interromper suas atividades

O objetivo é reduzir os prejuízos à organização e aos públicos com quem se relaciona (acionistas, clientes e colaboradores). Sendo assim, o ideal é sempre mapear as possíveis adversidades, que podem ser eventos externos, alterações regulatórias, problemas com a tecnologia, pessoal, desastres naturais, entre outros.
É importante ter em mente que, por mais imprevisível que pareça qualquer situação que ponha em risco a funcionalidade de um banco, há diversas formas de evitá-los. O primeiro passo é identificar esses possíveis eventos. A precaução auxilia a companhia a evitar perda de equipe, ativos, reputação, indisponibilidade de fornecedores, rompimento de infraestrutura, além de mitigar os riscos de pressões governamentais desnecessárias.
Para que uma organização sobreviva, conquiste valor no mercado e aumente seu marketshare, é necessário que os bancos invistam cada vez mais em transformação digital associada a um programa de gestão de riscos eficiente. Para isso, os bancos estão investimento cada vez mais em tecnologia. Foram 13% dos investimentos feitos em tecnologia da informação no ano passado, atrás apenas do governo, cuja participação foi de 14%, de um total de US$ 51 bilhões registrados em 2015, de acordo com levantamento da consultoria Gartner.
Destaco seis tendências estruturais que irão transformar a gestão de riscos no setor bancário nos próximos anos. São elas:

1- Requerimentos regulatórios cada vez mais exigentes
A tolerância dos governos para falências de bancos diminuiu desde a crise financeira global de 2008, e o apetite por intervenções que utilizam o dinheiro dos contribuintes para salvar bancos foi reduzido. Desta forma, as autoridades estão monitorando com maior vigor comportamentos suspeitos. Há, ainda, mais rigidez no cumprimento local e global de normas. Neste contexto, a busca é por “bons bancos” e não “boa prática bancária dentro de suas fronteiras”.

2-Alteração nas expectativas dos clientes
Mudanças nas expectativas dos clientes são esperadas e irão causar alterações radicais no perfil do setor bancário. O uso da tecnologia de maneira generalizada será a norma para os clientes na interação com seu banco. A atual geração de jovens da era digital será o maior contribuinte das receitas para os bancos aos 40 anos de idade. Os atuais clientes, mais conservadores de tecnologia, também irão migrar para os bancos digitais.

3-Tecnologia e gestão analítica aceleram a gestão do risco
A tecnologia irá permitir, ainda, novas técnicas de gestão de risco, muitas vezes associadas a análises avançadas. A proliferação de novas tecnologias fornece processamento e armazenamento mais rápido e econômico, o que permite melhor apoio na tomada de risco e na integração de processos. Atualmente, já experimentamos os efeitos de tecnologias cujas implicações são importantes para a gestão de risco, como o big data e a inteligência artificial.

4- Ataques cibernéticos
A prevenção contra ataques cibernéticos já é prioridade estratégica para a maioria dos bancos. Isso acontece porque a ameaça concentra-se, principalmente, nas operações e nos dados confidenciais de clientes. Na próxima década, a preocupação com cybersecurity irá aumentar ainda mais. Os bancos irão requerer maior mobilização de recursos, competência interna para gerir este tipo de risco, além de colaboração de governo e mercado de maneira unificada.

5- Melhores decisões de risco por meio da eliminação de preconceitos
Mesmo quando as pessoas tentam abordar um problema de forma racional, suas decisões são, muitas vezes, abaixo do ideal, devido a vários preconceitos conscientes e inconscientes. Calcular os impactos financeiros em processos de negócios em cenários de crises será um caminho vital para elaboração de estratégias de gestão de riscos mais eficientes.

6-Necessidade constante na redução de custos
O sistema bancário tem sofrido com lento, porém constante declínio da margem na maioria das categorias de produtos e geografias. Desta forma, os bancos têm adotado técnicas avançadas de eficiência operacional para compensar esses declínios. Futuramente, os bancos terão de repensar seus custos operacionais para viabilizar entrega de mais valor a um custo menor. A simplificação, padronização e digitalização deverão ser as únicas avenidas viáveis para economias substanciais de custos.

(*) É head de Risk&Compliance da Atos América do Sul. Possui 18 anos de experiência em gestão de risco operacional e de segurança da informação.