Realidade Virtual e lentes de contato inteligentes: são coisas do futuro ou já é uma realidade?Se quando você pensa em Realidade Virtual, imagina algo distante no futuro, tenho uma novidade para contar: você está atrasado Luiz Alexandre Castanha (*) A Realidade Virtual e a Aumentada já formam um mercado que movimenta 5,2 bilhões de dólares. Os grandes nomes da tecnologia, como Google e Facebook, já estão aplicando a Realidade Virtual nos seus novos negócios e a expectativa é que, em 2020, essas tecnologias movimentem cerca de 162 bilhões de dólares, segundo dados da consultoria IDC. Felizmente, o mercado brasileiro já mostra sinais de que está atento à nova tendência. Há algumas semanas, tive a oportunidade de participar de um painel sobre o assunto no 16º Tela Viva Móvel, em São Paulo. O evento teve como foco a tecnologia mobile, e a Realidade Virtual foi um dos grandes temas do encontro. Participaram do painel representantes das empresas Samsung, Qualcomm e mobCONTENT e Beenoculus, sendo que todas já estão apostando nessa tecnologia. Dos grandes players, o Google talvez tenha sido um dos mais ousados, arrisco dizer. Todos devem lembrar do Google Glass, óculos de Realidade Aumentada, que apesar de muito interessante, enfrentou uma certa rejeição do público. Na verdade muitas pessoas queriam utilizá-lo e gostaram de como ele funcionava. Mas o gadget causava um certo medo nas pessoas ao redor, que ficavam com medo da possibilidade de estarem sendo gravadas. Apesar de funcionarem bem, a tecnologia da Realidade Virtual já vê os óculos inteligentes como uma etapa passada. Hoje a pesquisa gira em torno das lentes de contato inteligentes. Elas seriam muito mais práticas, discretas e possibilitariam experiências em primeira pessoa muito mais realistas. Quem assistiu a série Black Mirror deve ter se lembrado do episódio “The Entire History of You”, que apresenta uma realidade na qual praticamente todos os seres humanos (inclusive os bebês) possuem um implante atrás da orelha conectado com uma espécie de lente de contato, que grava os acontecimentos da sua vida, ininterruptamente. Nele, o uso da lente é visto como algo tão natural que o único personagem que não tem isso desperta curiosidade (e até mesmo, certa rejeição) nos demais. Ainda não estamos nesse patamar, mas imaginando todas as possibilidades, acredito que podemos chegar a uma realidade semelhante. Nunca a tecnologia evoluiu com tamanha velocidade, por isso devemos ficar atentos a tudo o que está surgindo. E para cada problema, existe alguém com uma solução. No caso das lentes de contato inteligentes, existem vários questionamentos sobre como ela seria carregada, já que é um dispositivo eletrônico que precisa de energia, como todos os outros. Alguns especialistas afirmam que poderiam utilizar a energia motora para carregar uma espécie de “mini bateria”. Em outras palavras, a cada piscada, um pouquinho de energia seria gerado e conseguiríamos manter as lentes em funcionamento sem maiores problemas. Podemos imaginar o dispositivo sendo utilizado para ajustar a visão, reunir informações sobre a saúde do usuário, inserir elementos digitais no nosso campo de visão (no caso da Realidade Aumentada) ou ainda criar uma realidade totalmente virtual e nos permitir interagir com ela. As duas primeiras possibilidades já existem e estão muito próximas da população. Uma empresa já possui lentes de contato multifocais que usam tecnologia similar a de uma câmera fotográfica para ajustar o foco e a recepção de luz nos olhos e ajustar com o cérebro. Outra comercializa lentes inteligentes que são capazes de acertar a visão de pessoas daltônicas, fazendo que elas enxerguem as cores normalmente. Esses dois produtos são alguns exemplos do que já temos acesso. E esse é só o primeiro passo para a Realidade Virtual e Aumentada. Ainda acredito que veremos a utilização das lentes inteligentes como algo natural e o uso da Realidade Aumentada será como uma extensão do nosso próprio corpo. Eu entendo que parece futurista afirmar isso, mas tenho certeza de que essas tecnologias serão consideradas algo comum em muito pouco tempo. Um caminho que considero extremamente positivo é unir essas tecnologias com a educação. Imagine como será muito mais interessante aprender sobre História, Química ou Geografia vivenciando os momentos mais importantes do assunto em questão. Ou como uma empresa poderá realizar treinamentos corporativos muito mais eficazes para seus funcionários. As possibilidades são infinitas. (*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos. Soluções que melhoram a experiência de compra do consumidorVocêQpad O VocêQpad é um aplicativo de autoatendimento que tem como objetivo mudar a experiência dos consumidores nos restaurantes e permite pedir e pagar por refeições fora de casa diretamente de um smartphone. Disponível gratuitamente para sistemas Android e iOS, oapp possui em uma única ferramenta dois diferentes tipos de atendimento, serviço de mesa e balcão (praças de alimentação), além da opção de pagar diretamente na plataforma por meio de Vale Refeição, cartão de crédito ou PayPal. A ferramenta possibilita a visualização completa do cardápio com imagens, acompanhamentos, valor dos pratos e envia as escolhas dos clientes diretamente para a cozinha, proporcionando mais rapidez no atendimento. Tracksale A Tracksale, que se consolida como a principal ferramenta de monitoramento de satisfação de clientes no Brasil, oferece uma solução tecnológica que tem como objetivo melhorar relação de consumo entre as marcas e seus clientes e transformá-los em fãs. A empresa tem como premissa resolver os principais problemas e gargalos dos consumidores, por meio da metodologia de Net Promoter Score (NPS) e outros indicadores que medem a experiência do cliente. A startup disponibiliza mais de 70 relatórios inteligentes que cruzam dados estratégicos e geram insights para tomada de decisão e indicam quais falhas e gargalos foram encontradas em cada empresa. Trustvox Muitos consumidores ainda têm receio de efetuar uma compra por meio das lojas virtuais, pois não sabem se o site é seguro ou não. Por isso, muitas dessas empresas utilizam soluções que proporcionam confiança aos seus consumidores, como a Trustvox, que é a primeira certificadora de reviews no Brasil, que assegura a veracidade dos comentários nas lojas virtuais, e atua com o propósito de tornar a sinceridade padrão de mercado no e-commerce. Com essas funcionalidades, a plataforma melhora a experiência de consumo nas empresas parceiras. Vaniday A Vaniday é uma plataforma de localização e agendamento de serviços de beleza e bem-estar, por meio da geolocalização, os usuários podem encontrar os salões mais próximos e escolher de forma mais otimizada o serviço e o horário que melhor lhe atende. A plataforma possibilita que os seus usuários ganhem tempo, possa ter a opção de escolher o melhor profissional, serviço ou por avaliação de outros usuários e economizar ao comparar preços do serviço desejado. | BITCOINS – A moeda do futuro que tem mobilizado o presenteO surgimento e o rápido crescimento da utilização do Bitcoin nas relações comerciais digitais não permitiram o desenvolvimento de uma regulamentação. Diante deste cenário, alguns países vêm se adaptando a esse novo sistema financeiro digital, criando suas próprias definições para o Bitcoin, de forma a minimizar as incertezas e dúvidas sobre este novo mercado digital. Conceitualmente, o Bitcoin é definido como um tipo criptomoeda, tendo como características principais a ausência de uma autoridade emissora e a descentralização da rede de pagamento, uma vez que o usuário que possui uma carteira pessoal de Bitcoin pode enviar e receber Bitcoin sem necessidade de haver qualquer tipo de intermediação na transação. Sendo assim, para realização das operações através dos Bitcoins há um banco dados para registros. No Brasil, até o presente momento pode-se descartar o seu enquadramento como moeda, já que o BACEN através do Comunicado n. 25.306, datado de 19 de fevereiro de 2014, alertou sobre os riscos existentes em adquirir e transacionar as criptomoedas, pois não são emitidas nem garantidas por uma autoridade monetária e não possuem qualquer garantia de conversão em moeda oficial. Alguns usuários do livre-mercado vêm defendendo a permanência do Bitcoin fora do ordenamento jurídico, e, entendem que uma eventual regulamentação poderia tirar as características principais desta criptomoeda. Por outro lado, deve-se atentar que a inclusão do Bitcoin dentro do ordenamento jurídico trará uma segurança para os usuários e operadores do mercado digital. Atualmente, há o Projeto de Lei n. 2303/2015 (“PL”) que dispõe sobre a inclusão das moedas virtuais na definição de arranjo de pagamento. A proposta da PL de ser o Bitcoin um arranjo de pagamento descaracteriza totalmente o sistema financeiro digital, uma vez que o BACEN define arranjo de pagamento como sendo o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público, aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores (Lei 12.865/2013, art. 6º, I), e instituído por a pessoa jurídica integrante do Sistema de Pagamento Brasileiro. Parece que o melhor enquadramento do Bitcoin no sistema jurídico seria como um título de crédito, tendo em vista que é um mercado financeiro digital em que há negociações com utilização do Bitcoin. (Fonte: Por: Dra. Sylvia Camarinha) DevSecOps: sensibilização é a chave para segurança em aplicações ágeisLeonardo Militelli (*) Ainda há um longo caminho a seguir no desenvolvimento de softwares mais seguros, porém, a ideia de que os desenvolvedores não ligam para a segurança já se foi há algum tempo Tenho visto muitas equipes de desenvolvimento mais conscientes das vulnerabilidades que podem afetar a segurança das aplicações e muitos já sabem o que fazer para evitar os problemas de segurança. Porém, se os desenvolvedores estão se preocupando com a segurança, por que os softwares continuam inseguros? A resposta para isso pode estar na falta de sensibilização e processos estruturados. Para muitos desenvolvedores, o treinamento em boas práticas de segurança de aplicações não fez parte de seu desenvolvimento profissional, dificultando a assimilação das ameaças que podem afetar a aplicação. Para a maioria, o que se observa é a ausência de uma iniciativa clara e definida para a promoção da segurança em aplicações que seja fomentado pela diretoria. Essa falta de priorização tem consequências claras no cenário de segurança. Hoje os ataques à camada de aplicativos estão entre as maiores fontes de ameaças, e são um problema sério para as equipes de desenvolvimento e para as empresas. Os departamentos de TI e de segurança também levam parte da culpa por esse problema por não oferecerem aos desenvolvedores processos e ferramentas que permitam inserir a segurança mais cedo no ciclo de desenvolvimento, sem afetar a produtividade. No fundo, o barco é o mesmo. Todos devem estar dentro dele, remando para a mesma direção. A ascensão do DevOps e do DevSecOps O DevOps, cultura de desenvolvimento que busca integrar o desenvolvimento de sistemas e operações de TI para deixar o processo ágil e enxuto, com a implementação de ciclos mais curtos, testes mais rápidos e um maior nível de automação, tem mudado esse cenário, permitindo a criação de softwares mais seguros. Com o processo de desenvolvimento ágil, foi necessário que os processos de segurança no desenvolvimento também se adaptassem, trazendo a cultura de DevSecOps, que consiste no processo de inserir ações de segurança e pontos de controle em algumas etapas do desenvolvimento de aplicações, seguindo a mesma mentalidade ágil. Os resultados do DevSecOps costumam ser satisfatórios para a empresa, uma vez que a ideia é construir aplicações mais resistentes desde o início do ciclo de desenvolvimento, em vez de adicionar recursos de proteção apenas no final, algo que pode ser extremamente custoso – um bug descoberto no período de desenvolvimento é relativamente baixo, porém, seu valor vai aumentando na medida em que o processo de desenvolvimento vai avançando, pois a mobilização das equipes é maior. Porém, isso não é tarefa fácil, pois envolver as equipes de segurança ao processo de desenvolvimento pode causar atritos e desgastes que podem levar ao insucesso dos projetos. E quem perde é a empresa. Cultura de segurança para sintonizar as equipes Adotar uma cultura de DevOps e DevSecOps no desenvolvimento de aplicações ainda é um desafio, pois transformam o processo de desenvolvimento em algo multidisciplinar. Apesar disso, os desenvolvedores continuam assumindo a responsabilidade por todo o ciclo de desenvolvimento do software, da codificação à produção. Para garantir aplicações mais seguras, portanto, não basta integrar equipes, é preciso que a empresa esteja disposta a investir em uma cultura de segurança, envolvendo as áreas de negócio, desenvolvimento e TI, de forma a instituir a segurança como um requisito do negócio, não apenas um recurso adicional. Sem isso, o atrito entre o time de desenvolvimento e a área de segurança continuará, uma vez que ninguém gosta de ter seu trabalho e intelecto criticado em um relatório colorido de alguma consultoria. Culpar os desenvolvedores pelas falhas de segurança do software não vai ajudar muita coisa. O desenvolvimento da cultura de segurança apoiado pela diretoria, seguido por treinamentos específicos e estruturação de um processo contínuo de verificações reduz o atrito e torna a segurança transparente durante o ciclo de desenvolvimento. (*) É CEO da iBLISS. |