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Tecnologia 08/03/2016

em Tecnologia
segunda-feira, 07 de março de 2016

Tendências para as Telecomunicações em 2016

Finalizado 2015, pude olhar para trás e ver os principais desenvolvimentos do ano. E aqui compartilhar meus conhecimentos para 2016! Acredite, 2016 deve ser um ano memorável para a indústria das telecomunicações

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Sérgio Silvestre (*)

A ascensão do mercado corporativo como um segmento- chave dentro das telecomunicações
Em 2015 percebemos que um dos principais desenvolvimentos da indústria foi a ascensão do mercado corporativo dentro das telecomunicações. Hoje, as operadoras de telecomunicações são muito mais do que apenas empresas de consumo. Com as PMEs e as grandes empresas públicas e privadas enfrentando uma série de necessidades de TIC cada vez mais complexas, estamos vendo agora uma tendência para as operadoras de avançar para o enterprise business, uma vez que que este segmento está crescendo mais rápido e é mais rentável, mais sustentável e muito mais propenso a parcerias de sucesso, onde as operadoras podem ser, e são, o jogador de liderança natural.

O papel social crescente das telcos
Apesar de não ter o dom de prever o futuro, vejo muitas incertezas no campo social, político e econômico da Europa, Oriente Médio, África, Estados Unidos, América Latina e em vários países do Sudeste Asiático por razões muito diversas e que não devem cessar em 2016.
A indústria de telecomunicações tem um papel fundamental nas nossas sociedades e isto representa para as operadoras uma enorme oportunidade de crescimento e (mais importante) para aumentar a sua contribuição no desenvolvimento social, político e econômico. As telecomunicações são o “sangue” da nossa sociedade e, portanto, a indústria precisa abraçar este papel e agir de acordo com a sua responsabilidade. Este é o tipo de desenvolvimento que vejo como o mais importante: as operadoras de telecomunicações estarem no centro da nossa sociedade como uma das principais contribuintes para a estabilidade e desenvolvimento do mundo, ajudando todos a realmente se comunicar melhor.

Além de fusões e aquisições
O número de países onde fusões e aquisições estão ocorrendo é impressionante. Não há um único país que eu tenha visitado em 2015 que não exista rumor sobre algum tipo de fusão e/ou aquisição em atividade. Brasil, China, Egito, México, Espanha, Reino Unido, EUA são uma pequena amostra do que está acontecendo em quase toda parte. E isso não está ajudando a indústria a ser mais inovadora e focada no cliente como deve ser. Muitos CEOs e outros executivos de nível C não estão investindo tanto tempo quanto poderiam para extrair o máximo de suas equipes e recursos de poder criativo para oferecer novas, supreendentes e memoráveis experiências para seus clientes. Isto se deve em grande parte porque alguns estão preocupados que a empresa pode ser adquirida, e porque sabem que eles vão conseguir um bônus maior se finalizarem uma grande aquisição. Em outros casos é porque eles já estão envolvidos em processos fusões e aquisições, com as armadilhas operacionais iniciais associadas. Corte e eficiências de custo, economias de escala e sinergias podem somente te levar para mais longe.

Ênfase em segurança e prevenção de fraudes
Outra questão chave que deve estar na agenda de 2016 é sobre segurança e fraude, e veremos sem dúvida mais desenvolvimentos nessas áreas. Liberdade e segurança é um equilíbrio difícil de alcançar, mas é fato que as tendências acima referidas também criam enormes oportunidades de irregularidades. Podem as operadoras de telecomunicações se tornarem provedores confiáveis nessas áreas também?

Digitalização, Omni-Channel e IoT em todos os setores
Algumas das principais tendências que podem ganhar impulso em 2016 incluem o crescimento da digitalização dentro de todas as indústrias, a experiência do cliente omni-channel e a Internet das Coisas (IoT). O impressionante é que essas tendências tendem alavancar a si próprios e criar mais interesse para os consumidores. O que Salim Ismail e Yuri Van Geest descrevem como “organizações exponenciais” no seu recente livro está quase batendo a nossa porta! Quaisquer empresas que abraçarem essas tendências podem esperar crescer em um ritmo significativo.
No entanto, o importante a entender sobre gestão de uma empresa é que cada grande companhia precisa se comunicar in-store, bem como no telefone, no call center e em todos os canais de mídia social. A comunicação é fundamental, mas certificar-se de que todas estas funcionalidades estejam integradas é um grande desafio para muitas empresas.
Muitos de nós acreditamo que a Internet das Coisas será um tema-chave em 2016, e como a penetração de dispositivos móveis só aumenta, haverá mais pressão sobre as operadoras para competir pela participação no mercado e novos modelos de negócio. A quantidade e a qualidade dos dados a serem gerados, recolhidos e tratados em muitos contextos diferentes pela Internet das Coisas vai perturbar muitos setores e será um divisor de águas.
Nesse ano pode haver também uma grande transformação e perturbação no setor bancário. Na África subsaariana, onde 80% da população não tem acesso a serviços financeiros formais ou semi-formais, o setor de telecomunicações forneceu uma solução inovadora na forma de mobile money para lidar com essa enorme necessidade do mercado. Da mesma forma, eu pessoalmente acho que poderíamos ver o surgimento de um novo tipo de banco para atender às exigências dos mercados financeiramente mais maduros, que não têm fundos suficientes para arriscar comprando ações ou fazer outros investimentos além de uma conta de poupança, mas quem está cansado de manter seu dinheiro em bancos que não confia ou gosta.
Eu sinto que poderia ser uma possibilidade real de que uma proposição fosse criada para atender a essa demanda do consumidor. Vamos então ver as operadoras de telecomunicações inovar mais uma vez, agora em mercados mais maduros financeiramente? Será que vamos ser apresentados a um Telco Bank ou Mobile Bank?

Adotando uma abordagem de Business Assurance
Com estas tendências de negócios disruptivos, combinados com a incerteza no mundo que estamos vivendo, vemos um enorme potencial no que chamamos de Enterprise Business Assurance, que é, para nós da WeDo Technologies, usar todos os dados internos e externos produzidos dentro e fora do negócio para ser capaz de tomar decisões em tempo real que afetam diretamente sua linha de fundo.
Criar disrupções nos negócios, sem prejudicar a atividade comercial, representa enormes oportunidades. Mas se você estiver criando disrupções nos negócios, você também está aumentando as chances de perder algum dinheiro. Ser capaz de manter o controle de seu negócio dividido, em tempo real, é fundamental! E isso é fácil e simples de ser implementado! Se você achar isso interessante, já é uma boa maneira de começar o ano.

Dois desejos pessoais
Uma grande parte do mundo vai se reunir para assistir a dois eventos em 2016: o Campeonato Europeu de Futebol e os Jogos Olímpicos. Mais que previsões, eu só tenho dois desejos: que Portugal ganhe a taça e o Rio de Janeiro mostre ao mundo o quanto é maravilhoso! Eu provavelmente continuarei viajando muito em 2016. Por isso, espero ter a oportunidade de conhecer muitos de vocês pessoalmente. Com o nível de incerteza que o mundo enfrenta, todos estão olhando e se concentrando em duas coisas: experiências significativas e relacionamentos. Nós certamente estamos!

(*) É Vice-presidente de Marketing, Alianças e desenvolvimento da WeDo Technologies.

Impressão 3D: novas perspectivas para o desenvolvimento

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Nos últimos anos, a variedade de soluções desenvolvidas por meio da impressão 3D tem sido aliada ao desenvolvimento de pequenas, médias e grandes empresas. Isso porque diante dos novos desenvolvimentos, tanto na parte física das impressoras quanto nos softwares utilizados, os preços desses equipamentos ficaram mais acessíveis a todos os públicos, com investimentos que variam entre U$$ 2 mil a U$$ 300 mil.
Suas aplicações são diversas. Vai desde a criação de um pequeno molde de ferramentaria, passando por uma peça ortopédica com baixo custo e alto benefício social, até mesmo equipamentos para indústria aeroespacial, automotiva e medicina, entre inúmeros outros segmentos, elementos que comprovam o potencial desta tecnologia.
De acordo com recente sondagem da consultoria Wohlers Associates, o mercado global de manufatura aditiva e impressoras 3D atingiu, em 2015, US$ 5,5 bilhões e para 2016, US$ 7,3 bilhões. Além da questão das patentes, a tendência de crescimento desse setor se dá por conta dos desenvolvimentos de novos materiais que podem ser impressos, como o caso dos plásticos, metais e cerâmicas que é usada na impressão de alguns motores de carros elétricos, e até mesmo materiais biológicos, aplicados na chamada bioimpressão, de pedações de órgãos e de pele. É um mercado nascido há mais de 30 anos, mas que tem se desenvolvido com o vencimento do período de algumas patentes.
Além da questão das patentes, a tendência de crescimento desse setor se dá por conta de novas demandas de mercados diferentes para esse tipo de tecnologia – da área médica, de arquitetura e construção, indústria de máquinas e equipamentos, indústria aeroespacial, brinquedos, agricultura, moda, alimentação, entre tantos outros segmentos. Estima-se que hoje 95% dos objetos fabricados com essa tecnologia envolvam o mercado industrial, mas as demandas por produtos de precisão aumentam consideravelmente, o que gera novas oportunidades de negócio.
O Brasil não está de fora desses desenvolvimentos. Temos no País grandes centros de tecnologia envolvidos com esse tipo de produto em importantes parcerias com a iniciativa privada. E no intuito de discutir e ampliar os conhecimentos desse mercado sobre as tendências mundiais, o Brasil vai sediar, em abril, a Inside 3D Printing, evento já realizado em Cingapura, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul e China e que chega ao País com o que há de mais moderno no setor.
O intuito é reunir empresários, investidores, pesquisadores, engenheiros, arquitetos, projetistas, profissionais e fabricantes para a disseminação de informações técnicas e de mercado, e mostrar que a oportunidade de negócios é acessível para empresários de pequenas, médias e grandes empresas.
As impressoras 3D já são uma realidade no Brasil. Trata-se de uma ferramenta que proporciona o barateamento nos custos de produção e, sobretudo, faz com que a população tenha acesso à tecnologias que antes eram impossíveis de serem consumidas em função dos preços ele, isso sem contar com a geração de renda e emprego.
Estamos falando de um mercado com um potencial de crescimento indiscutível e com um futuro promissor no Brasil. A impressora 3D, em breve, será uma ferramenta poderosa no barateamento dos custos de produção, aumentará o alcance da população a produtos antes inacessíveis em termos financeiros, além de ser um grande aliado na geração de emprego e renda. Quem ganha com isso é a economia brasileira.

(Fonte: Mônica Carpenter é diretora da Aranda Eventos, empresa organizadora da INSIDE 3D PRINTING no Brasil).

Monitoração efetiva ou uma chuva de eventos? O que queremos?

Iara Fernanda da Silva (*)

Quem gostaria de ser acordado às 3h da manhã porque um banco de dados da sua principal aplicação ficou indisponível? Com certeza, ninguém. Afinal esse ambiente é contingenciado. Com tantas tecnologias disponíveis como se adequar à monitoração do seu ambiente para que ela realmente seja efetiva? Esse é mais um dos grandes desafios que as equipes de tecnologia têm para enfrentar, mas não se preocupem porque aqui vão algumas dicas e ideias para ajudar vocês

Monitoração de aplicações com alta disponibilidade: Uma prática bem comum é implementar a monitoração sempre de forma individual das aplicações, isso gera um número desnecessário de incidentes e falta de priorização. Um exemplo clássico é se temos um banco de dados em cluster, no qual um nó é ativo e o outro passivo, normalmente quando o nó primário cai, geramos um incidente com a maior criticidade possível. É importante sabermos quando esse nó primário cai? Sim, porém é mais importante saber quando os dois nós caem. O cenário ideal seria implementar uma monitoração no nó principal com uma severidade media e uma outra observando o estado dos dois nós em conjunto com uma criticidade alta.
Monitoração de dispositivos de rede: De acordo com o estudo Network Barometer Report 2015 da Dimension Data, que traz uma análise nas redes do mundo inteiro, uma monitoração pode reduzir mais de 30% do tempo para resolver problemas e 75% do tempo para fazer “troubleshoot”. Isso mesmo, 75%! É um valor bem alto! E quanto mais efetiva e assertiva nossa monitoração for esse número pode aumentar mais a eficiência e pró-atividade na operação.
Alguns pontos são levados em consideração para poupar esforços quando o assunto é analisar incidentes desnecessários: a maneira como é feita a validação, se um dispositivo está fora, ou o que chamamos comumente de “polling”, o ideal é que esse tenha algumas regras, tais como: checar o estado do dispositivo a cada um minuto por três vezes, ou por três minutos contínuos, claro esse número pode variar, mas a ideia aqui é não gerar o alerta na primeira falta de resposta do equipamento porque para a ferramenta de monitoração chegar até ele existem muitas vezes um longo caminho que pode influenciar e muito na resposta, fazendo com que tenhamos os chamados falsos alertas.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é o “timeout” que já existe na rede para definição dos “thresholds”, pois é comum clientes que tem servidores e equipamentos em diversas localidades e nem sempre o link de acesso tem uma boa velocidade. Portando, nestes casos, devemos aplicar regras mais customizadas de acordo com o comportamento da resposta.
E é claro que temos situações que não podemos esperar por três minutos para gerar um alerta de equipamento. Neste tipo de cenário, o ideal é que um sensor da ferramenta fique no servidor mais próximo dessa infraestrutura para que essa percepção seja afetada da menor forma possível.
E também a distribuição desses sensores, exemplo: clientes que têm várias localidades, quando possível colocar um sensor por região com o objetivo de ter uma percepção mais apurada.
Outra funcionalidade que devemos explorar nas ferramentas de monitoração é a capacidade de “root cause”, ou seja, quando um equipamento principal cair terá apenas um alerta de alta prioridade e não diversos alertas para cada dispositivo na rede afetada. Isso requer trabalho e conhecimento no ambiente para configurar, porém o resultado é muito eficaz e assertivo porque você terá o alerta somente do dispositivo com problema.
Além da correlação dos equipamentos de rede, outra que pode ser aproveitada para servidores é quando houver um alerta de servidor indisponível. Qualquer outro alerta será eliminado ou não disparado, já que o servidor está inacessível e não há possiblidade de tratar nenhum outro problema. Sendo assim, esses outros alertas não fazem nenhum sentido.
Essas ideias citadas acima, se aplicadas, ajudarão a ter uma operação mais eficiente, mais produtiva e assertiva, pois o centro terá uma console mais limpa, apenas com eventos que realmente devem ser tratados. Terão uma priorização mais adequada, fazendo com que todo o processo de comunicação seja mais condizente Em linha gerais, ninguém será acordado de madrugada porque um banco principal caiu, já que a contingência trabalha no que foi proposto.
Todas essas ideias podem ser implementadas através das principais ferramentas de monitoração do mercado. Basta o profissional ter conhecimento e paciência para saber a função de cada uma dessas ferramentas na operação.

(*) É analista de suporte – monitoração da Sonda IT, maior companhia latino-americana de Tecnologia da Informação.