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Tecnologia 06 a 10/08/2015

em Tecnologia
sexta-feira, 05 de fevereiro de 2016

O que podemos aprender com a desconfiança do consumidor ao fornecer dados mobile?

Nos últimos anos de Consumer Trust Report, estudamos os novos ‘consumidores digitais’, sua responsabilidade ao fornecer dados on-line e questões como segurança e privacidade no ambiente on-line

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Harvey Anderson (*)

Mas nós, como indústria, estamos cumprindo bem a nossa parte do acordo? Um dos fatos mais observados no ultimo levantamento foi o crescimento do número de “compartilhadores relutantes”.

Se por um lado os consumidores reconhecem cada dia mais a importância de se protegerem on-line, eles sentem-se sem saída. Em apenas um ano, 20% mais consumidores disseram compartilhar informações sem desejar fazê-lo, apenas para poder usar aplicativos e serviços. Resignação é realmente o sentimento que queremos no início do nosso relacionamento com nossos clientes? Não podemos fazer melhor?

Ano após ano, essa pesquisa vem mostrando uma queda na confiança do consumidor, e em 2015, 36% disseram que a falta de confiança é a razão número um pela qual decidem usar ou não um aplicativo ou serviço. Será 2016 o ano da virada para os consumidores? Eles trocarão a resignação pela recusa?

E não precisamos ir muito longe para ver como isso pode acontecer. A desconfiança do consumidor, levando à completa intolerância, irrevogavelmente desestruturou o modelo de negócios da publicidade digital, o que criou os ad blockers. Se a controvérsia em torno do fenômeno não é novidade, a decisão recente da Apple de permitir o bloqueio de anúncios em apps tem trazido a questão à tona e forçado toda a indústria a reavaliar sua operação e, mais importante, o benefício que elas oferecem a quem torna tudo possível: seus usuários.

Prevejo que casos de vazamento e hackeamento de dados de perfil, como o caso Ashley Madison, continuaram a dominar a mídia nos próximos anos, levando os usuários a aceitar cada vez menos o uso de seus dados em ‘barganhas’ comerciais. E quem perde com isso? Podemos ter uma ideia disso quando mais da metade dos entrevistados no relatório deste ano disse que estaria disposta a pagar por um app que a garantisse não partilhar quaisquer dados coletados.

Com tudo isso, penso que a verdadeira questão não é se 2016 sinaliza um ponto de inflexão para os consumidores, mas se vai ser o ponto de virada para nós, da indústria.

Precisamos colocar nossos consumidores em primeiro lugar, e ir além ao protegê-los. Transparência e educação precisam ser compromissos de toda a indústria ao definir seus princípios de conduta. Já não é mais suficiente mostrar ao usuário “o que” se está coletando e compartilhando – precisamos explicar a finalidade e o benefício que eles obtém ao compartilhá-lo, sem rodeios e usando termos de entendimento comum.

Em última análise, as pessoas não deveriam ter de trocar sua privacidade e segurança por benefícios de aplicativos. Nossos consumidores estão dizendo isso em alto e bom som. Vamos ouví-los?

(*) É Chief Legal Officer da AVG Technologies.

Startup de agronegócio lança curso online para produtor rural

A Boi Saúde – Nutrição Animal, startup de produtos agropecuários, disponibiliza a partir de fevereiro curso online aos pecuaristas com vídeo dividido em etapas, além de e-book para apoio visual. Com foco no produtor rural, o material instrui o pecuarista com dicas que podem ser implementadas em método operacional, visão estratégica e um quadro de perguntas e respostas com as principais dúvidas dos profissionais que atuam na área, com foco na cria de bezerro de corte.
O curso é elaborado por José Carlos Ribeiro, consultor do setor pecuário com foco em produtividade, com atuação na área de medicamentos agropecuários por 12 anos e foi um dos precursores no incentivo a redução do manejo que causa estresse aos animais no Brasil. “Com as consultorias físicas nas propriedades e também pela interatividade com os pecuaristas e seguidores no canal de dicas da Boi Saúde, disponibilizado no facebook, site e canal do youtube, mensurei que uma das principais dúvidas e dificuldades do pecuarista no Brasil é sobre a cria de bezerro de corte. O curso é uma forma de estender um atendimento físico, porém com disseminação do conhecimento em todos os estados e cidades em que houver um produtor interessado em investir na propriedade e nos negócios de forma acessível”, comenta Ribeiro.
A Boi Saúde foi criada para atuar na área de saúde animal, com o principal intuito de apresentar uma nova proposta mais lucrativa, com baixo custo ao produtor rural, investindo em qualidade, minimizando ao máximo o manejo animal, perpetrando o uso de produtos ecologicamente corretos e biodegradáveis, com o comprometimento de proporcionar o reconhecimento por essa experiência em qualidade de vida. O custo do vídeo com as três etapas e o e-book tem o valor de R$ 199, com pagamento via PagSeguro, no cartão de crédito com parcelamento em até 12 vezes, débito ou boleto bancário e caso o produtor não fique satisfeito, pode solicitar o retorno do investimento. Para obter mais informações, acesse: http://boisaude.com.br/sucesso-na-cria-de-bezerros.
“A Boi Saúde acredita que o conhecimento pode transformar o país e melhorar a pecuária brasileira a partir da disponibilidade de informações simples, mas imprescindíveis, e fomentá-las para que cheguem a todos os públicos que atuam no agronegócio e que podem se aprimorar sem necessidade de se ausentar da propriedade e a baixo custo. Devido a isso, além de produtos de nutrição animal e dicas compartilhadas gratuitamente em nossos canais, elaboramos esse conteúdo digital específico”, explica Eduardo Santos, co-founder da Boi Saúde.


Discussão sobre tendências no mundo hiperconectado

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A agências Minds On realizou na noite desta terça-feira (02) em São Paulo, um grande evento voltado para clientes, veículos e comunicadores. Chamado de “Mon_Talks”, a ação promoveu um debate criativo sobre temas atuais, movimentos comportamentais, a era da hiperconexão e como isso afeta o mercado. Entre os convidados estavam executivos da Claro, Goodyear, Pernod-Ricard, Santander, entre outros.
O evento foi apresentado por Rodrigo Allgayer, diretor de Criação e Estratégia, e Marie Canovezi, responsável pelo planejamento. Entre os principais temas foram destaques a transparência, empoderamento do indivíduo, valorização do tempo, do virtual para o real, ressignificado do consumo, além de discussões sobre co-criação, digital bubbles, inteligência artificial e consumo compartilhado.
“Este foi um momento para pensarmos no nosso business, nossa marca, nosso papel na sociedade e nosso compromisso na construção do futuro. Como agência, criamos uma ótima oportunidade de entender melhor como pensam os clientes, qual seu posicionamento frente ao nosso tempo”, explica Fabi Giralt, sócia diretora da Minds On.
Novos eventos já estão programados para os próximos meses e a ideia é que isso se torne uma referência dentro do mercado publicitário atual.
O evento foi transmitido também pelo Periscope, tendo mais de 240 pessoas acompanhando pela plataforma de streamings ao vivo.

Ataques de integridade devem ganhar força em 2016

Bruno Zani (*)

As ameaças cibernéticas são um perigo para crescimento corporativo

Os executivos estão começando a entender que ataques cibernéticos são um entrave significativo para o sucesso empresarial. Os custos de segurança incluem mais do que apenas produtos, serviços e quadro de funcionários. Os custos dos incidentes, a perda de reputação, a perda de clientes e até roubo de dinheiro da empresa fazem parte do problema e devem ser quantificados no momento da escolha da estratégia corporativa.
Uma constante na área de segurança cibernética é o aumento contínuo de sofisticação e criatividade dos atacantes. Em 2016, vamos ver uma grande expansão das técnicas hackers, incluindo a ascensão de ataques de integridade.
Os ataques de negação de serviço, que causam a indisponibilidade de sites, serviços e recursos, com técnicas para derrubar serviços e apagar arquivos são exemplos de táticas frequentemente usadas pelos cibercriminosos. Essas manobras já são bem compreendidas pelo mercad ;o. Ferramentas e serviços de segurança podem ajudar a mitigar essas ameaças.
As violações de dados recentes que expuseram milhões de registros entram no exemplo de ataques de confidencialidade. Os atacantes tendem a violar a segurança dos sistemas, coletar todos os dados possíveis e explorá-los. A indústria de segurança também está rapidamente ganhando força com ferramentas e práticas para prevenir tais incidentes.
Já os ataques de integridade são algo novo. Eles são mais sofisticados, bem planejados e executados. Este esforço para modificar de forma discreta transações ou dados específicos pode ser muito mais devastador. A escala do impacto é muito diferente. Não se trata de venda de dados de cartão de crédito ou comprometer caixas eletrônicos para roubar algum dinheiro. Em vez disso, ele pode gerar lucros gigantescos para o crime organizado.
No ano passado, pesquisadores detectaram o Carbanak, uma campanha de ataques a bancos que modificava um número relativamente pequeno de operações muito específicas. Este grupo organizado roubou entre US$300 milhões e U$1 bilhão a partir de mais de 100 bancos, apenas alterando algumas transações.
A alteração de comunicações confiáveis também está em ascensão. Mesmo algo tão simples como tomar o controle de sistema de e-mail de uma empresa pode permitir que um invasor realize transações fraudulentas. Incidentes têm surgido em departamentos de contas a pagar com e-mails (phishing) “urgentes” de executivos com solicitações para enviar cheques a fornecedores estrangeiros imediatamente. Comunicações completamente fraudulentas.
O ransomware é outro exemplo de ataque capaz de comprometer a integridade de apenas alguns arquivos que permanecem no sistema da vítima e também está crescendo rapidamente. O ransomware será um dos principais ataques de 2016. O relatório de ameaças do McAfee Labs divulgou que no terceiro trimestre de 2015 a empresa já havia detectado mais de 5 milhões de amostras de ransomware, número 150% maior do que no mesmo período de 2014.
O CryptoWall, um pacote de ransomware popular, conseguiu mais de U$320 milhões no ano passado a partir de vítimas que pagaram a extorsão. Consumidores, empresas e até agências governamentais pagaram para ter seu acesso aos dados restaurado. A escala de ransomware nunca foi tão grande e continua a crescer, alimentada por seu próprio sucesso. Os criminosos se beneficiam das vantagens deste tipo de ataque e seguirão por tanto tempo quanto puderem.
Em 2016, agentes sofisticados irão prosseguir com os ataques de integridade. Esta será uma mudança desafiadora que todos terão de se empenhar para superar.

(*) É gerente de engenharia de sistemas da Intel Security.