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Tecnologia 05/02/2016

em Tecnologia
quinta-feira, 04 de fevereiro de 2016

O Lado Zen do Mobile: dicas para aumentar a vida dos aplicativos

Desenvolver mais e mais aplicativos móveis nem sempre é a melhor resposta para as demandas de mercado e sua evolução. A explosão de aplicativos móveis criou experiências não muito harmoniosas para vários usuários corporativos

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Glenn Johnson (*)

Geralmente, os desenvolvedores mobile criam um app para cada recurso individual em vez de projetá-lo centrado na necessidade do usuário que tornem os processos de trabalho individuais mais eficientes dentro de um contexto móvel específico (geolocalização, movimento, horário e comportamento do usuário).
Ao invés de tentar criar um aplicativo que permita aos representantes de vendas acessarem documentos de trabalho, uma ideia melhor é tentar tornar as vendas mais eficientes por meio da melhoria do processo de vendas.
A integração e orquestração de processos podem eliminar tarefas improdutivas e fornecer informações necessárias e precisas para o usuário, independentemente do sistema de software corporativo onde estiverem armazenadas. Ao equilibrar os objetivos globais com o contexto específico do usuário, aplicativos corporativos são mais úteis, coesos e potentes.
Segue seis tópicos que devem ser considerados para garantir aplicativos móveis harmoniosos que resistam ao teste do tempo:

1. Evite o “Tenho app para tudo”
É importante priorizar aplicativos com base no valor que eles oferecem em vez de lançar um app atrás do outro. Aplicativos em demasia, especialmente quando alguns têm valor limitado, podem resultar em um conjunto desconectado de soluções com custo elevado e difícil de manter, bem como gerar uma experiência de usuário fragmentada e confusa.
As empresas precisam identificar o papel do app em sua estratégia de transformação digital. Todo aplicativo novo deve apoiar esta estratégia com benefícios e valores tangíveis. Evite a criação de aplicativos que sejam demasiadamente expansivos ou de escopo muito limitado. Deve-se encontrar o equilíbrio ideal entre capacidade e usabilidade. Em geral, se duas ações sempre ocorrem no mesmo processo, pelo mesmo usuário e na mesma situação, então elas devem pertencer ao mesmo app.

2. Seja Holístico
Ao transformar um processo de negócios é importante ter uma abordagem multidisciplinar que rompa as divisões hierarquizadas e se concentra em proporcionar processos de ponta-a-ponta dentro de uma organização.
O processo de receber e atender um pedido, por exemplo, pode fluir através de vendas, produção, transporte e administrativo. Certifique-se de que os aplicativos integram dados e processos necessários em todas as etapas de negócios, tanto internos como externos, localmente ou em nuvem. Leve para a mobilidade as funcionalidades específicas que fazem sentido, incorporando até mesmo funcionalidades diferentes para usuários diferentes.

3. Surpreenda seus Usuários
Esteja ciente do dispositivo dos usuários, do contexto e a razão pelo qual o app é utilizado. Inclua ferramentas adicionais de funcionalidade e produtividade que facilitem a vida dos usuários, como integração com o Google Maps, que permite aos funcionários em campo encontrarem a rota mais curta a seus destinos ou visualizarem quais outros clientes estão nas proximidades.
Considere cuidadosamente as diferenças entre uso de smartphones e tablets. Sempre que for possível e pertinente, os gerentes devem poder visualizar painéis gráficos de KPI (Key Performance Indicators) importantes. Sempre que possível, deve-se utilizar o contexto para apresentar, de forma inteligente, opções de tipo de assistente e próximos passos em vez de forçar o usuário a navegar de tela em tela, como acontece em aplicativos tradicionais de desktop.

4. Olhe sob a superfície
A maioria dos recursos importantes do app corporativo estão sob a superfície, incluindo segurança, precisão dos dados, a capacidade de atualizar, transformar e sincronizar dados em diversos sistemas, junto com a capacidade de acionar automaticamente os processos de acordo com alterações, limiares ou ações específicas.
Sua plataforma de integração deve ser capaz de conectar-se aos sistemas desejados de maneira confiável e em tempo real. E seu app móvel e servidor devem ser capazes de trabalhar em modo off-line e de sincronizar quando estiverem on-line novamente.

5. Monitore o uso e o feedback
Sempre que possível, tome decisões com base em dados de utilização e pesquisas de experiência de usuário. Evite fazer suposições sobre o que você acha que funciona melhor. Converse com os usuários. Reúna dados concretos baseados em padrões de uso e comportamento. Comprove a validade do app através do cálculo de horas de trabalho economizadas, ganhos de produtividade e inovação por meio de novas capacidades fornecidas, além da redução de erros e de processos tornados mais rápido. Atualize o aplicativo com base em todas as opiniões e permita que ele se adapte com base em contexto e comportamento.

6. Não tenha receio de abandonar um app
Atue como uma empresa startup ágil e não hesite em mudar o rumo de sua estratégia. Se observar vários meses de resultados com uso baixo/nulo, não tenha receio de abandonar, fundir apps ou separá-los. Invista tempo revisando e realinhando processos de negócios, bem como a interface e experiência de usuário.

Conclusão
Visto que a mobilidade corporativa evolui sob uma transformação digital global mais ampla, existe uma necessidade natural de renovar apps, ou aposentar aqueles que deixaram de ser úteis ou relevantes. Lembre-se de olhar para um cenário mais amplo: apps corporativos móveis não podem continuar como funções isoladas – eles devem ser facilitadores de processos mais abrangentes, de ponta-a-ponta. Com esta visão em mente, é mais fácil escolher as ferramentas e soluções ideais para apoiar as demandas por apps de sua empresa com velocidade, agilidade e confiabilidade.

(*) É Vice Presidente Sênior da Magic Software Americas.

Dicas de segurança no Dia da Internet Segura

Na próxima terça-feira, dia 9, é celebrado o dia da Internet Segura. A data foi criada para alertar os usuários sobre as ameaças virtuais que nos cercam diariamente no mundo virtual. De acordo com o estudo do Norton, 44 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime em 2015.
Ainda de acordo com o estudo da companhia de segurança, 1 entre 3 brasileiros não configuram senhas em seus dispositivos, e quase 20% ainda compartilham dados de acesso de e-mails e de redes sociais com terceiros. Para disfrutar ao máximo dos benefícios da internet com segurança, a Norton orienta os usuários a serem mais cuidadosos com o seu comportamento digital. A Norton sugere as seguintes dicas para evitar armadilhas virtuais:
Tenha cuidado ao receber e-mails não solicitados, inesperados, ou suspeitos;
Use senhas fortes para todas as suas contas e não as compartilhe;
Sempre saia da sua sessão de banco on-line quando terminar;
Somente baixe aplicativos de lojas oficiais como Google Play e App Store;
Instale soluções de segurança, como o Norton Security, e o mantenha atualizado.
(www.norton.com/Brasil).

Como desenvolver uma startup

(*) Pedro Kauffman

Empreender nem sempre é um caminho fácil. As resistências aos desafios e a falta de recursos se tornam obstáculos para a maioria daqueles que sonham em criar o seu próprio negócio

E no meu caso não foi diferente. Trabalhei por oito anos como diretor geral de uma instituição do terceiro setor e, após refletir bastante, no final de 2014 senti que era hora de buscar outro desafio. Gostaria de voltar a empreender, mas não tinha recursos. Saí do meu antigo trabalho abrindo mão de qualquer “direito”, além do meu último salário.
Esse foi o primeiro passo para empreender, pois é importante se desapegar das atividades passadas e focar em uma nova missão. Então, recebi o convite de um amigo para que fizéssemos uma sociedade, onde ele entraria com o capital e eu com o trabalho. Proposta muito interessante e, a partir daí, assumi a tarefa de buscar um “bom negócio”.
Essa tarefa não é fácil. Começar um negócio do zero realmente seria uma missão tortuosa, mas ao mesmo tempo desafiadora. Com essa lição de casa, estudei exaustivamente o mercado fitness e procurei tudo que poderia ter de informações a respeito de tecnologia. A ideia era entender para quem se destinaria meu produto, como era o mercado nos últimos 10 anos. Pensei nos planos A, B e C. O levantamento possibilitou rastrear quais as atualizações que o meu sistema terá e onde “quero” chegar.
Essa pesquisa me fez entender o que fará com que os usuários baixem meu aplicativo e não queiram apagá-lo, devido à falta de espaço em seus aparelhos. Aplicativo é assim, você baixa porque alguém te falou que é legal, mas se não o usa frequentemente, com certeza apagará na hora que precisar de mais espaço para fotos, por exemplo. Enfim, acredito que fiz o levantamento completo e, agora, começo a ver meu sonho se tornando realidade.
Parece fácil, mas encontrei obstáculos e dificuldades. Meu primeiro erro: acreditar cegamente que fazer negócios com amigos baseando-se na amizade é uma boa. Não, não é. Uma das coisas que escutei recentemente, de um advisor que considero muito, é que os melhores contratos devem ser feitos com nossos amigos, pois com quem não conhecemos sempre tomamos cuidado, mas com os amigos acabamos acreditando demais no poder da amizade.
Negócios com amigos podem dar certo sim, mas é impreterível ter as expectativas alinhadas e, principalmente, um bom documento assinado. Falando em assinatura, fiz algumas parcerias que achei serem estratégicas e, graças ao aprendizado de bons documentos assinados, consegui sair de algumas armadilhas. É normal encontrar pessoas no meio do caminho que tentem “pegar carona” em nosso possível sucesso! É importante ter muito cuidado nessa hora também.
Voltando ao meu novo momento societário, já deu para perceber que o mesmo não deu certo, mas curiosamente a dificuldade me fez mais forte e determinado, mas não ainda mais esperto, e decidi continuar. Achei outros amigos que queriam investir em minha ideia e pude dar continuidade ao sonho. Como tudo foi rápido demais, novamente errei em acreditar que por serem amigos, poderia confiar na palavra acima dos papéis. Sem grandes papéis e muita inexperiência, vi esses amigos mudarem algumas vezes nossos combinados, até o ponto em que tive que ter a coragem de bater o pé e dizer que ou continuávamos conforme o acordado, ou que eles poderiam sair do negócio, e obviamente o resultado foi a saída deles. Tudo isso durou quatro meses apenas.
Foi quando parei e pensei bem: achar um investidor não é necessariamente a coisa mais difícil. O desafio é achar o investidor certo! Aquele que aporta mais do que somente o dinheiro. Novamente busquei forças na adversidade e, enfim, consegui o investidor que procurava. Busquei por alguém com experiência, estrutura, e “cabeça de investidor”. É muito mais fácil dar certo quando se tem alguém somando ao seu lado! Mais uma vez chamei um amigo, mas dessa vez aprendi com meus erros e fizemos tudo corretamente!
Outro fator que considero muito importante é buscar apoio e debater a ideia, seja com a família, amigos, advisor ou profissionais da área e de sucesso. É muito comum ter um preciosismo por nossas ideias e acreditar que todas as pessoas desejarão “roubar” nossa ideia. Sinceramente? Acredito que é um risco que devemos assumir. Falar com pessoas que “deram certo”, em sua área e em outras, é extremamente enriquecedor. Temos que aprender a entender as críticas também.
Um empreendedor também passará muitas noites acordado “viajando” em suas novas ideias. A hora do banho torna-se um momento inspirador. Acordar durante a noite e ter uma nova ideia também é absolutamente normal.
Provavelmente, nesta etapa você já estará procurando uma empresa ou um profissional para desenvolver seu aplicativo. Saiba que nessa hora você deve ter calma e deverá procurar pensar em absolutamente tudo e mesmo tendo certeza de que fez tudo certo, novas ideias e “correções” serão necessárias. Muita calma nessa hora! Não faça nada sob pressão, pois isso te custará muito mais em breve. Seja tecnicamente, tendo que alterar algo em seu projeto, psicologicamente, lidando com alguma incerteza ou dependendo dos outros, ou até financeiramente, tendo que pagar os ajustes necessários. A falta de experiência e de capital nessas horas será certamente um problema num futuro muito próximo! As palavras principais para essa hora são: calma, pense e repense. Este é o momento de errar o menos possível!
Quando se inicia uma startup, deixamos o sonho falar alto. Acredito que este é o combustível necessário para que nossa ideia seja mais do que apenas uma ideia. Percalços sempre existirão e é relevante saber que só você pode fazer seu sonho dar certo. Diariamente milhares de ideias tentam se tornar realidade, e pouquíssimas têm êxito. Eu acredito que existe um motivo determinante para isso. Sua startup dará certo não porque você é melhor do que alguém, ou por que sua ideia é a mais inovadora. Não pense também que muito dinheiro ou pouco dinheiro podem determinar 100% do que vai acontecer. O principal motivo que fará sua empresa dar certo é a sua força de vontade, a sua determinação e principalmente o quanto você realmente acredita em seu sonho e em você.
O meu sonho está apenas começando e sei que tenho ainda muito pela frente. Não posso falar ainda sobre os segredos de como fazer sua startup virar um facebook, um uber ou um airbnb. Sei que é um sonho extremamente alto, mas sei que só chegarei lá se acreditar. Neste momento posso falar dos desafios de fazer com que seu sonho se torne mais do que apenas uma ideia e alguns desafios que enfrentei.

(*) É CEO da startup Fit Anywhere (www.fitanyw.com.br).