Três dicas para aproveitar melhor a Internet das CoisasSão muitas as possibilidades que a IoT traz para o mundo com inovações que podem acontecer a partir dela no dia a dia e no mundo corporativo Foto: Reprodução Quando falamos em futuro parece algo distante, mas quando o associamos à tecnologia já não parece tão distante assim, isso porque a cada minuto algo novo é projetado, lançado e aquilo que parecia que aconteceria somente anos à frente, de repente, já está na palma das nossas mãos. Para quem é dos anos 80 e assistia Os Jetsons não imaginava que toda a tecnologia apresentada no desenho fosse um dia se tornar realidade. Mas o que era apenas fruto de uma fértil imaginação que virou desenho, agora é uma realidade para quem pensa e cria tecnologias. Um dos mais recentes e, pelo visto, permanente avanço da tecnologia chama-se “Internet de todas as coisas”, do termo americano Internet of Things – IoT. Fora da ficção a Internet das Coisas conhecida como IoT está começando a ser cada vez mais uma realidade no mundo. O termo é usado para especificar qualquer aparelho ou dispositivo que podem receber conexão a partir de algum desenvolvedor. Uma mente criativa pode pensar em uma ideia mirabolante para que, por exemplo, uma geladeira seja usada da forma mais interativa possível, como informando cada item que tem dentro de si sem precisar que ninguém vá até, por meio de mensagem enviada para celular, quais itens estariam faltando prevendo, assim, a necessidade dos donos da casa. O conceito consiste em promover conexão de objetos, eletrodomésticos e qualquer tipo de produto com a internet, ou seja, tornar possível que itens como uma lâmpada, um aspirador de pó, uma batedeira, entre outras milhares de coisas possam realizar ações que, normalmente, não fariam sem que um ser humano interagisse fisicamente. O desempenho de novas funções é controlado apenas por um celular ou tablet que esteja conectado a internet móvel ou rede Wi-fi. Digamos que você saia de casa e com a correria do dia a dia esquece as janelas abertas, com a internet e um aplicativo poderá confirmar se está tudo bem na casa e, ainda, fechá-las à distância. Sylvia Bellio, fundadora da IT Line Technology – maior canal de vendas da Dell EMC no Brasil – escreveu o livro “Simplificando TI” e nele fala sobre IoT. “Essa tecnologia é algo incrível e só mostra o quanto os avanços nunca vão parar, além de estarem surgindo com cada vez mais velocidade. Como consumidora sei que isso facilitará muito nossas vidas”, declara Sylvia. A empresária ainda explica que a IoT não serve só para coisas do dia a dia e de dentro de casa, “Não vai ter como fugir dessa evolução e todas as organizações terão que investir em IoT ou vão correr o risco de ficarem para trás”, explica. Segundo ela, para que a tecnologia seja algo efetivo e seguro para as empresas, alguns pontos precisam ser observados: aumento na capacidade de processamento de dados, investir em segurança digital e mudar a própria cultura da companhia. 1 – Aumento da capacidade do processamento de dados Para que uma empresa consiga usufruir dos benefícios da IoT uma das dicas é investir em uma estrutura capaz de processar e armazenar qualquer dado que circule em sua plataforma. A aquisição de novos equipamentos para a transmissão, provavelmente, será necessária. 2 – Investir em segurança digital Uma das preocupações é a invasão de hackers nos sistemas e, consequentemente, nos aparelhos. Há relatos de pessoas que tiveram sua vida particular observada por meio da conexão dos aparelhos. Com isso, Sylvia diz que a segurança digital é algo que precisa de cuidados. Garantir a segurança dos dados tem que ser primordial. Uma das dicas é se precaver para que apenas pessoas autorizadas sejam responsáveis por utilizar, alterar e programar os sistemas para que dados de produtos ou informações sigilosas dos clientes não estejam em risco. 3 – Mudança na cultura da empresa Gestores e funcionários terão que abrir a mente para entender que o avanço é necessário. Com o conceito IoT muito do que entendemos como forma de trabalho hoje vai mudar, um exemplo disso é que muitas empresas estão aderindo ao home-office, sistema de trabalho em que a pessoa faz todas suas tarefas de casa mantendo-se conectada o tempo todo. A internet das coisas vai permitir medir, por exemplo, a produtividade de quem atua no mercado nesse formato, além de ser uma importante economia para a empresas em relação a locação de espaços e despesas com transporte. Isso tudo vai cooperar para a qualidade de vida do funcionário, o que impacta diretamente no seu desempenho e nos resultados. Muito desse processo de aumento no volume de ideias como essa vem do fato de que o número de pessoas com acesso à internet não para de crescer. Em 2016, pelo menos, 116 milhões de brasileiros se conectaram à internet. Isso quer dizer que 64,7% dessas pessoas tem dez anos em diante, de acordo com o IBGE. Em 2015 esse número estava em 102, 1 milhões, o que representa 57,5% da população. “Esse progresso não vai parar nunca e nós temos que aceitar isso e incorporar à tecnologia como parte das nossas vidas, seja dentro das nossas casas ou de maneira corporativa. O importante é perceber que o avanço já está acontecendo e entender que ele está a nosso favor”, diz Sylvia. Projeto para integrar o tráfego aéreo com aeronaves tripuladasa Indra apresentou recentemente uma proposta em um simpósio realizado na China e o projeto foi escolhido pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) como uma das iniciativas com maior capacidade de responder a este problema a partir de uma ótica “não convencional”. A base do projeto da companhia é que o crescente número de drones com usos profissionais ou recreativos fará com que, a curto prazo, seja imprescindível contar com sistemas de controle específicos para gerenciar o tráfego de drones, sistemas que, no setor, são conhecidos sob o nome de Unmanned Traffic Management (UTM). Em seguida à instalação desses sistemas, será necessário integrar os sistemas UTM com os atualmente empregados para a gestão do tráfego aéreo convencional (sistemas ATM ou Air Traffic Management). Ainda que, em uma primeira fase, ambos os sistemas se desenvolvam de forma independente, logo será necessário aumentar de forma gradual a troca de informação entre eles, até alcançar a integração completa. Conforme a Indra, este será um processo dividido em quatro fases, que concluirá quando ambos os tipos de aeronaves operam sem restrições. | Grupo Bitcoin Banco inaugura agência física para negócios com criptomoedas em São PauloFoto: Reprodução O Grupo Bitcoin Banco abriu nesta semana a primeira agência física para atendimento ao público na cidade de São Paulo. A equipe tem cinco consultores, dois administradores e um gerente dedicados a oferecer negócios em criptomoedas. No dia 3 de outubro, um evento fechado para convidados marcará a inauguração oficial do espaço. A loja física do Bitcoin Banco – localizada na Rua Joaquim Floriano, 960, 2º andar, no bairro Itaim Bibi – é destinada a quem procura por um investimento mais especializado. Os consultores oferecem orientação e verificar qual produto é mais adequado às necessidades e perfil de cada cliente. A primeira loja física do grupo foi aberta em Curitiba no final do ano passado. Ampliada recentemente, mantém oito consultores especializados. Segundo o diretor comercial do Grupo Bitcoin Banco, Jaime Schier, o lançamento de uma sede física em São Paulo é estratégico para a empresa. “Não podemos pensar em expansão sem estar na maior cidade e centro financeiro do país. Há inúmeras possibilidades de negócios com criptomoedas e um público potencial para esse tipo de investimento”, explica ele, acenando com a abertura de uma rede de agências em várias cidades no futuro. Segundo Schier, a loja física “alia a modernidade do mercado das criptomoedas à confiança de uma equipe de consultores experientes, em um ambiente estruturado e construído para receber bem nosso cliente”. O espaço possui 200m² e foi projetado com design moderno contendo ambientes de open space, área de convívio com jardins além de ser pet friendly. O Bitcoin Banco oferece quatro tipos de negócios: empréstimo por 90 ou 180 dias, com ou sem possibilidade de trade. Em todos eles o cliente “empresta” seus bitcoins para a empresa, que oferece uma compensação de 1% ao mês com base no valor investido. Um novo produto está sendo lançado, por meio da plataforma La Rêve (o sonho, em francês), desenvolvida pelo grupo. O investidor escolhe um objeto de seu desejo e deposita o valor necessário em bitcoins por 12 meses. Ao fim desse período, ele recupera suas criptomoedas com a cotação atualizada, caso ela tenha se valorizado. O valor não sofrerá qualquer desconto, nem de eventual variação negativa da criptomoeda, nem do objeto recebido como forma de antecipação da compensação. Evento aberto ao público Hoje, a partir das 19 horas, no Hotel Clarion Faria Lima (R. Jerônimo da Veiga, 248 – Itaim Bibi), será realizada a primeira edição do Mundo Bitcoin, evento aberto ao público destinado a tirar dúvidas, explicar o que são as criptomoedas e seu papel na economia. Os participantes serão recebidos com coffee break, seguindo-se as palestras dos especialistas do Grupo Bitcoin Banco. A capacidade do auditório é para 100 pessoas e as inscrições devem ser feitas pelo link: https://goo.gl/VnwZaX. Os super aplicativos e como eles mudam a experiência do usuárioVitor Giacometti (*) Quando o mundo dos smartphones começou, os primeiros aplicativos surgiram como um grande canivete suíço da era moderna, com diversas utilidades, fornecendo um acesso rápido e direcionado para funções específicas – grandes ideias foram elaboradas para uma nova era que se iniciava naquele momento Com a alta velocidade da inovação, o comportamento de uso dos consumidores deixará de ser guiado por diferentes aplicativos para diferentes funções. A era de usar um app para pedir comida, outro app para se comunicar com os amigos e outro para pagar contas está deixando de ser novidade. A tendência é que empresas de tecnologia avancem aos poucos para aplicativos que unifiquem diversas funções dentro de si, os chamados super aplicativos. O chinês WeChat é o exemplo mais famoso e pioneiro do modelo de super app. O que começou como um aplicativo de mensagens similar ao WhatsApp é hoje uma plataforma onde é possível comprar passagens de trem, pedir comida, reservar a estadia em um hotel, pagar contas, alugar uma bicicleta, ler notícias, jogar e até marcar uma consulta no médico. Sem contar as funções de enviar e receber mensagens dos amigos, claro. O mercado chinês é adepto a serviços mobile do tipo, justamente por suas particularidades. A maioria da população chinesa começou a usar a internet pelos smartphones, eles não passaram do computador para o smartphone como em outros países. Além disso, questões políticas e culturais favoreceram o desenvolvimento de super apps por lá. Outros exemplos de super aplicativos são o Line no Japão, um app de mensagens e jogos que também quer se posicionar como meio de pagamento, e o Paytm na Índia, uma carteira digital que tem um sistema de cashback para compras feitas no aplicativo. Além desses, podemos pensar no futuro do Facebook, que aos poucos tem implementado e planeja diferentes funções além do que era seu core business no início. Essa nova geração foi apontada pelo Gartner como a era pós-aplicativo, e a firma de pesquisas previu em 2017 que apps de mensagens irão tomar o espaço de outras aplicações. Segundo a empresa, o modelo do WeChat pode ser replicado no ocidente, mas com uma velocidade diferente. No Brasil, uma das características que favorece o surgimento de super apps é o fato de smartphones com mais espaço de memória custarem mais caro, não sendo acessíveis para a maioria da população. Muitas vezes, as pessoas precisam deletar aplicativos para liberarem espaço em seus celulares. Pesquisas de comportamento de uso também apontam que os usuários já não têm mais tanto interesse em baixar diferentes apps como quando a App Store surgiu e, portanto, mantêm apenas os aplicativos que são úteis para sua rotina. Hoje, as tecnologias existentes facilitam a integração de diversos serviços. Em um mundo da economia compartilhada, vender apenas uma das etapas do serviço prestado é comum e favorece o crescimento dos recursos que são disponibilizados para os usuários. Dessa forma, é fundamental que aplicações que desejam seguir o caminho dos super apps tenham uma arquitetura robusta, capaz de comportar seu crescimento, e sempre com foco na fluidez para os usuários. O objetivo, afinal, é ser um agregador ao dia a dia das pessoas e uma ferramenta transparente a elas. (*) É Arquiteto de Sistemas da ART IT |