Implementar métodos ágeis não é seguir padrões. Mas criar provocações estratégicasBusiness Agility é o assunto atual no mundo da agilidade. Estamos entrando na terceira década do uso de métodos ágeis nas empresas, ainda que apenas recentemente o tema tenha ganho atenção especial do mercado. Diante deste fato, discutir o que é agilidade e como aplicá-la em situações reais do dia a dia de quem trabalha com tecnologia, tornou-se fator essencial para companhias Enquanto acreditarmos que agilidade somente foca na forma como organizamos nossos times e como priorizamos as demandas dos produtos, dificilmente vamos nos aproximar da realidade de grandes empresas inovadoras. Foto: Blog do Movidesk Victor Hugo Germano (*) Mas até que ponto os times de T.I. estão preparados para um cenário de mudanças de mercado constantes e exigências cada vez maiores de eficácia? Estratégica, governança e execução precisam estar mais do que alinhadas para que as organizações possam tirar proveito desta nova realidade. Afinal, quais são as capacidades que eu preciso adquirir como empresa para atingir novos potenciais? Tratar a estratégia de uma organização de forma ágil é um caminho moderno para o crescimento. Enquanto acreditarmos que agilidade somente foca na forma como organizamos nossos times e como priorizamos as demandas dos produtos, dificilmente vamos nos aproximar da realidade de grandes empresas inovadoras. Este foi um dos pontos de vista que pude debater no último dia 18 de setembro, durante o evento Lead For Tomorrow, realizado na capital paulista. Na ocasião, falávamos sobre o Futuro da Agilidade e como ele tem se apresentado para o mundo dos negócios. A última década de discussão abordou quais métodos utilizar e como atuar com múltiplos times alinhados a um processo de priorização e desenvolvimento de produtos. Ainda que empresas enxerguem com maior facilidade o uso de metodologias pré-determinadas e prescritivas de Agilidade em Escala, existe atualmente pouca evidência a respeito da implantação dessas metodologias e algum ganho real no longo prazo para as organizações. Entretanto, aquelas empresas que buscam o aprendizado constante e a experimentação além das fórmulas prontas, apresentam resultados exponenciais. É necessário buscar os princípios e fundamentos, encaixando seu próprio contexto para resolver os problemas do mundo atual. Discussões sobre métodos ágeis são onipresentes em qualquer empresa moderna, mais ainda esbarram em temas que fogem à realidade de times: orçamentação, governança, portifólio e estratégia são fatores que estão presos por visões lineares e tradicionais de trabalho. Não há como responder rapidamente à mudança de mercado sem que a organização desenvolva modelos modernos de integrar estratégia e execução. Ao pesquisar as empresas mais inovadoras do momento atual, podemos identificar direcionamentos semelhantes, apesar de execuções completamente diferentes. Todas possuem um processo muito claro de experimentação e aprendizado em seus produtos, uma obsessão com a medição dos resultados e uma base tecnológica sólida para permitir a experimentação extrema. Este ciclo rápido é incorporado em toda a estrutura dessas organizações: o processo de orçamentação é transformado para suportar a possibilidade que inúmeras iniciativas sejam conduzidas ao mesmo tempo, com cada iniciativa recebendo mais recursos apenas se conseguir validar demandas reais de mercado. Substituímos o apego exagerado aos produtos e ciclos longos de desenvolvimento, por um mais direto e rápido de Hipótese, Desenvolvimento e Avaliação direta com clientes e usuários reais. O mantra é “experiência do usuário fala mais alto” – caso não existe tração ou interesse do mercado, a iniciativa é eliminada nos primeiros momentos de vida. Desistir rapidamente daquilo que não gerou adesão de clientes é primordial, eliminando o desperdício de investimento futuros. A principal capacidade das organizações atuais é o aprendizado. Experimentação e melhoria contínua ditarão as organizações mais adaptadas. A liderança deve estar preparada para liderar através de novas premissas: descentralizando decisões para a ponta, definindo a intenção e objetivos da organização, trazendo equipes para participação do planejamento. Definir um caminho, avaliar e possivelmente desistir de iniciativas logo no início será determinante para empresas nas próximas décadas. Não há mais como passar anos desenvolvendo um produto para só então apresentar para o mercado. Business agility desafia tudo que aprendemos tradicionalmente sobre estratégia e gestão. Equipes de alto desempenho compartilham uma característica principal: a segurança psicológica para errar e aprender. Uma pesquisa feita com os melhores times do Google por cerca de dois anos encontrou ainda mais características além da segurança psicológica: a percepção das equipes na sua autonomia de trabalho, alta qualidade de execução, estruturas e objetivos claros para todos e o entendimento de impacto positivo do trabalho com os valores e princípios dos times. A liderança pelo medo, os ambientes ultracompetitivos e insalubres existirão apenas em empresas ultrapassadas. Assumir o protagonismo dos times, como forma de dar respostas mais rápidas e ampliar a experimentação de práticas e técnicas, melhorarão nossa qualidade de entrega, potencializando, também, os resultados dos clientes. Responder às mudanças atuais de mercado faz com que não seja mais possível esperar seis meses para entregar software ou lançar novas versões. Deste modo, precisamos estar preparados para estimular modelos de liderança disruptivos, sobretudo para enfrentar os desafios de hoje e amanhã. (*) É CEO da Lambda3, um dos diretores do Board da Agile Alliance Global e conselheiro da Agile Alliance Brazil. | Quando a selfie é mais do que uma simples fotoFoto: Freepik.com Estima-se que 94% das instituições financeiras globais sofreram com alguma fraude virtual, como a tentativa de forjar identidade, conforme estudo da Forrester Consulting do segundo semestre de 2018. Nos Estados Unidos, foram registrados quase 3 milhões de atos relacionados à fraude, à forja de identidade e outras reclamações semelhantes, de acordo com o levantamento “Consumer Sentinel Network”, produzido pela Federal Trade Comission no ano passado. O estudo indica que os consumidores perderam US$ 1.48 bilhão no período, aumento de US$ 406 milhões frente a 2017. Assim como leitura biométrica das digitais e palma da mão podem ser usadas para identificar um usuário nos caixas eletrônicos das instituições financeiras, já existem soluções no mercado que usam a selfie como reconhecimento facial para validar a assinatura digital de contratos, identificar usuários para confirmar transações, entre outras possibilidades. “Embora o meio digital traga a facilidade de não precisar ir a uma agência para assinar um contrato, definir um processo eficaz o cadastro dos clientes e agregar o uso de tecnologia para reconhecimento facial com prova de vida mitiga os riscos e diminui a chance de fraudes, especialmente para os bancos digitais”, explica o gerente de Engenharia de Produtos da Tecnobank, Isaac Ferreira. No mundo físico, um estelionatário pode usar um documento oficial com dados falsos para abrir e movimentar uma conta corrente, contratar um empréstimo e até mesmo solicitar um cartão de crédito. Com o mecanismo de validação da imagem, a Tecnobank é capaz de indicar a existência de riscos em uma tentativa de forjar documentos e garantir a confiabilidade das operações realizadas. “Nós não usamos a foto para validar os contratos. Utilizamos um algoritmo biométrico extraído da foto capturada no onboarding (processo de cadastro, formalização e aprovação digital do cliente) para comparar com uma nova selfie capturada no momento da assinatura de algum documento ou realização de transação”, explica Ferreira. O processo leva menos de 10 segundos, ao todo. |
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