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Segurança digital ainda esbarra no comportamento das pessoas

em Tecnologia
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

O ano de 2020 foi marcado não somente pela pandemia, mas também pela aceleração da transformação digital. Com empresas trabalhando em sistema home office, o mundo se tornou ainda mais online. As pessoas pagam contas, transferem dinheiro e contratam empréstimos sem precisar ir ao banco. Estudam e fazem provas sem precisar ir à escola. Se reúnem com parceiros de trabalho e clientes sem precisar sair de casa. Nesse período recente cresceu demais os serviços de entretenimento. As pessoas compram músicas, filmes, palestras e até peças de teatro – tudo online.

Farmácia, supermercado e delivery de comida são campeões nas contas de cartão de crédito. Mas tudo isso tem um preço: segurança. Segundo Adriano Filadoro (*), toda essa conveniência que o mundo digital proporciona tem seus riscos. “Se, por um lado, existem aqueles fanfarrões prontos para capturar e divulgar fotos íntimas de famosos nas redes, por outro lado, existe até mesmo a possibilidade de se contratar serviços que infectam computadores de grandes corporações com o objetivo de enfraquecer a concorrência.

Não se trata mais de ‘se’ os seus dados serão violados, mas de ‘quando’ isso vai acontecer. Mais importante: pessoas e empresas têm de se perguntar quanto de informação estão dispostos a perder”. Filadoro diz que, ainda que a indústria de TI esteja atenta as movimentações fraudulentas, havendo várias soluções de acordo com necessidades específicas, há que se levar em conta que se trata de uma briga de gato e rato. Ou seja, hackers estão sempre tentando invadir sistemas. Quando conseguem, é preciso de um tempo para recuperar as informações perdidas.

“Uma pessoa pode não recuperar fotos ou documentos que não contavam com back-up ou armazenamento na nuvem. Uma empresa pode passar um dia todo off-line até que se possa restaurar o sistema. Mas há negócios que não dispõem sequer de dez minutos fora do ar, caso contrário a perda financeira – bem como reputacional – é imensa. É o status das informações que determina o ponto de recuperação”.

Para o executivo, além de contar com inúmeras soluções de back-up na nuvem e recuperação de desastres, as empresas ainda têm de fazer um trabalho intenso de conscientização junto à sua força de trabalho. “Podemos limitar o acesso dos notebooks de uma empresa a sites de conteúdo adulto ou inapropriados. Podemos, também, monitorar o tráfego de uma empresa para detectar qual máquina é responsável por tornar todos os processos mais lentos. Podemos até mesmo interceptar más condutas individuais.

Mas a mensagem mais importante ainda é: Fique longe do ‘clique aqui’. É nesse segundo antes de a pessoa apertar a tecla que deve falar mais alto o bom senso. Ou seja, ninguém deve ser tão ingênuo a ponto de achar que pode levar vantagem clicando num link enviado por e-mail. Tudo isso pode ser checado nos aplicativos das empresas, sem precisar clicar em links maliciosos. É através do convencimento das pessoas que as ferramentas disponíveis para evitar perdas e danos se tornam fortes aliadas”.

(*) – É diretor-presidente da Online Data Cloud – empresa especializada em nuvem, com 25 anos de atuação (www.onlinedatacloud.com.br).