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Reforma tributária: como a tecnologia é aliada na gestão fiscal?

em Tecnologia
sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Alex Silva (*), Cássio Menezes (**) e Izac Mendes (***)

Reforma tributária. Toda vez que esse assunto é mencionado, medos e incertezas tomam conta de boa parte do empresariado. Com a aprovação da PEC n° 45/2019, uma coisa é certa: caberá às organizações implementarem diversas mudanças em seus modelos de gestão para operar de acordo com o novo sistema que entrará em vigor.

Na teoria, a reforma tributária visa simplificar e tornar a arrecadação de impostos mais equilibrada e transparente. A emenda prevê consolidar os tributos estaduais, federais e municipais em um único imposto, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), extinguindo cinco tributos e criando dois: o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS, COFINS e IPI, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que substituirá ICMS e ISS.

Mundialmente, o Brasil é conhecido como um dos países com o sistema tributário complexo. Além disso, segundo estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), a carga tributária brasileira corresponde a 32,39% do PIB, sendo a 24ª maior entre os países analisados.
Por isso, considerando que a reforma tributária entra em vigor a partir de 2026, é essencial que as organizações comecem desde já a se preparar para as mudanças.

E, embora não seja uma tarefa simples, o uso da tecnologia pode facilitar esse processo. Afinal, diferente do que muitos pensam, o investimento em recursos tecnológicos não só garante eficiência, mas também é um aliado fundamental para manter a operação em conformidade com a legislação e atender às regras fiscais em diferentes territórios do país.

Essa aplicação pode se dar através de soluções robustas, como por exemplo, um ERP (Enterprise Resource Planning). Entretanto, com tantas opções no mercado, é crucial que a empresa escolha cuidadosamente o sistema, pois de nada adianta ter um software de gestão que não tenha capacidade de adaptação e integração.

Desta forma, é fundamental optar por um software que integre tecnologias de automação e otimização de processos e que seja ágil em se adaptar às constantes mudanças em tempo real, garantindo fluidez nos processos e conformidade com as normas de forma prática e intuitiva.

Outro ponto importante é que, para as organizações que ainda têm dúvidas em como iniciar a preparação para a Reforma Tributária ou a como ocorre a implementação de um software, contar com o apoio de consultorias especializadas é uma estratégia essencial, visto que por meio da ajuda de especialistas, é possível identificar gargalos e aplicar melhorias que facilitarão a transição.

Ainda há muitas incertezas sobre a reforma tributária, principalmente, entre aquilo que é dito e precisa ser feito. Quanto a isso, a melhor maneira de enfrentar esse desafio é incentivando as organizações começarem o quanto antes analisar, organizar e armazenar dados de forma eficiente. Deixar para a última hora esses passos pode ser arriscado e impactar diretamente a competitividade do negócio.

Não devemos temer a nova Emenda, mas é preciso cautela e atenção às mudanças que virão. No fim, o que diferenciará uma empresa da outra será o quão bem-preparada ela estará. Quanto a isso, a tecnologia é um recurso disponível para aqueles que a buscam e pode impulsionar a gestão daqueles que a utilizam de forma estratégica e eficiente.

(*) – É CEO da Levare; (**) – É Sales Manager na H&CO Brasil (***) – É CEO do Grupo IMendes.